OBSERVAÇÃO DE AVES
Estuário do Cávado
E voltamos novamente a duas famílias de aves de hábitos relacionados com o meio aquático, mas que predominam em águas mais paradas como charcos ou lagos, portanto, menos frequentes nos habitats que se desenvolvem no nosso estuário.
Ordem Gruiformes
Família Rallidae
(três espécies)
Rallus aquaticus (Frango-d’água)
1 – (Estatuto de conservação) Pouco preocupante;
2 – (Quando observar) Apesar da espécie ser considerada residente em território nacional, os poucos registos de observação neste estuário ocorreram sempre entre Outubro e Fevereiro;
3 – (Abundância) Raro, embora haja a possibilidade da escassez de observações se dever aos seus hábitos discretos e crepusculares;
4 – (Espécies parecidas) O facto de apenas se deixarem observar por instantes não ajuda à sua identificação, mas se lhes conseguirmos vislumbrar o bico vermelho comprido, logo se dissiparão todas as dúvidas pois é a única espécie do género ou de silhueta semelhante que possui aquela característica;
5 – (Habitat e circunstâncias em que se observam) Em todos os episódios por mim registados, as aves foram sempre observadas a “saltarem” para um curto voo por entre pequenas manchas de Triângulo (Bolboschoenus maritimus), vegetação densa típica dos lodaçais ou zonas inundáveis e que pontuam um pouco por todo o estuário;
6 – (Tolerância à nossa presença) Altamente reservada e prudente;
7 – (Outros dados de interesse) Toda a literatura consultada se refere à singularidade de alguns dos chamamentos destas aves serem comparáveis aos do ronco dos porcos, o que poderá ser muito útil para detectarmos a sua presença quando teimam em manter-se escondidas do nosso olhar.
Gallinula chloropus (Galinha-d’água)
Estuário do Cávado
E voltamos novamente a duas famílias de aves de hábitos relacionados com o meio aquático, mas que predominam em águas mais paradas como charcos ou lagos, portanto, menos frequentes nos habitats que se desenvolvem no nosso estuário.
Ordem Gruiformes
Família Rallidae
(três espécies)
Rallus aquaticus (Frango-d’água)
1 – (Estatuto de conservação) Pouco preocupante;
2 – (Quando observar) Apesar da espécie ser considerada residente em território nacional, os poucos registos de observação neste estuário ocorreram sempre entre Outubro e Fevereiro;
3 – (Abundância) Raro, embora haja a possibilidade da escassez de observações se dever aos seus hábitos discretos e crepusculares;
4 – (Espécies parecidas) O facto de apenas se deixarem observar por instantes não ajuda à sua identificação, mas se lhes conseguirmos vislumbrar o bico vermelho comprido, logo se dissiparão todas as dúvidas pois é a única espécie do género ou de silhueta semelhante que possui aquela característica;
5 – (Habitat e circunstâncias em que se observam) Em todos os episódios por mim registados, as aves foram sempre observadas a “saltarem” para um curto voo por entre pequenas manchas de Triângulo (Bolboschoenus maritimus), vegetação densa típica dos lodaçais ou zonas inundáveis e que pontuam um pouco por todo o estuário;
6 – (Tolerância à nossa presença) Altamente reservada e prudente;
7 – (Outros dados de interesse) Toda a literatura consultada se refere à singularidade de alguns dos chamamentos destas aves serem comparáveis aos do ronco dos porcos, o que poderá ser muito útil para detectarmos a sua presença quando teimam em manter-se escondidas do nosso olhar.
Gallinula chloropus (Galinha-d’água)
1 – Pouco preocupante; também é uma espécie cinegética e o último período venatório prolongou-se desde 15 de Agosto até 25 de Janeiro;
2 – Residente;
3 – Pouco comum (ver, contudo, o ponto 5);
4 – A Galinha-d’água tem o bico colorido de vermelho e amarelo, distinguindo-se assim do Galeirão que o apresenta completamente branco e com escudo que se prolonga pela fronte; este também não apresenta aquela linha branca tão particular nas laterais e as duas manchas da mesma cor nas subcaudais, sempre bem visíveis quando se afasta;
5 – No estuário do Cávado é observada ocasionalmente sempre na proximidade da vegetação mais densa e alta dos lodaçais e nunca em águas mais abertas como o fazia num charco temporário (agora residual) que resultou do abaixamento de um terreno até ao nível freático no seio do pinhal entre Fão e Apúlia, onde nidificava (até 2001); pode ser encontrada com maior frequência noutros cursos de água de menores dimensões, nomeadamente nas ribeiras costeiras das Marinhas e da Apúlia ou no Rio Neiva numa zona perto da foz onde se desenvolve vegetação paludosa; também já vi alguns indivíduos a atravessarem a estrada em passo acelerado e a percorrerem os caminhos na veiga agrícola de Fão que se prolonga ao longo a EN 13 até à Apúlia; também frequenta um pequeno caniçal envolvido por vegetação arbórea ripícola localizado muito próximo da zona urbana de Fão e, sendo assim, presumo que também o faça no grande caniçal denominado de «Lagoa da Apúlia»;
6 – Tímidas (apesar do que está mencionado no ponto seguinte); quando percebem a nossa presença, têm o hábito de se ocultarem rapidamente na vegetação densa que está quase sempre muito próxima; uma vez embrenhadas nesse meio, devem encetar a fuga caminhando, pois nunca são encontradas no último local em que as vejo a desaparecerem;
7 – Visita ou coloniza com naturalidade e frequentemente os lagos em parques urbanos.
Fulica atra (Galeirão)
2 – Residente;
3 – Pouco comum (ver, contudo, o ponto 5);
4 – A Galinha-d’água tem o bico colorido de vermelho e amarelo, distinguindo-se assim do Galeirão que o apresenta completamente branco e com escudo que se prolonga pela fronte; este também não apresenta aquela linha branca tão particular nas laterais e as duas manchas da mesma cor nas subcaudais, sempre bem visíveis quando se afasta;
5 – No estuário do Cávado é observada ocasionalmente sempre na proximidade da vegetação mais densa e alta dos lodaçais e nunca em águas mais abertas como o fazia num charco temporário (agora residual) que resultou do abaixamento de um terreno até ao nível freático no seio do pinhal entre Fão e Apúlia, onde nidificava (até 2001); pode ser encontrada com maior frequência noutros cursos de água de menores dimensões, nomeadamente nas ribeiras costeiras das Marinhas e da Apúlia ou no Rio Neiva numa zona perto da foz onde se desenvolve vegetação paludosa; também já vi alguns indivíduos a atravessarem a estrada em passo acelerado e a percorrerem os caminhos na veiga agrícola de Fão que se prolonga ao longo a EN 13 até à Apúlia; também frequenta um pequeno caniçal envolvido por vegetação arbórea ripícola localizado muito próximo da zona urbana de Fão e, sendo assim, presumo que também o faça no grande caniçal denominado de «Lagoa da Apúlia»;
6 – Tímidas (apesar do que está mencionado no ponto seguinte); quando percebem a nossa presença, têm o hábito de se ocultarem rapidamente na vegetação densa que está quase sempre muito próxima; uma vez embrenhadas nesse meio, devem encetar a fuga caminhando, pois nunca são encontradas no último local em que as vejo a desaparecerem;
7 – Visita ou coloniza com naturalidade e frequentemente os lagos em parques urbanos.
Fulica atra (Galeirão)
1 – Pouco preocupante; também é uma espécie cinegética e o último período venatório prolongou-se desde 15 de Agosto até 25 de Janeiro;
2 – Surge neste estuário principalmente durante os meses de Outono, coincidindo o aumento de ocorrências com as “invasões” de Jacintos-de-água (Eichhornia crassipes); nos últimos anos, durante os meses estivais, também tem sido visto pelo menos um indivíduo a frequentar uma área muito restrita da margem direita do Cávado;
3 – Raro ou acidental ao longo de quase todo o ano, pode ser numeroso na estação outonal (em Novembro de 2007, a partir da marginal em Fão, foram contados mais de 30 indivíduos a alimentarem-se por entre os “tapetes” de Jacintos-de-água, praga que aparentemente favorece esta espécie de aves);
4 – Conforme o já exposto, há a remota possibilidade de ser confundido com a Galinha-d’água;
5 – Estas aves são sempre vistas a alimentarem-se por entre a vegetação aquática abundante, caracterizam-se ainda por mergulharem demoradamente e, se nos aproximamos de barco, por exemplo, fogem “correndo” à superfície evitando levantar voo;
6 – Tolerantes, mas a(s) ave(s) que ocorre(m) no Verão são manifestamente mais tímidas;
7 – Nada a acrescentar.
Família Gruidae
(uma espécie)
Antropoides virgo = Grus virgo (Grou-pequeno)
2 – Surge neste estuário principalmente durante os meses de Outono, coincidindo o aumento de ocorrências com as “invasões” de Jacintos-de-água (Eichhornia crassipes); nos últimos anos, durante os meses estivais, também tem sido visto pelo menos um indivíduo a frequentar uma área muito restrita da margem direita do Cávado;
3 – Raro ou acidental ao longo de quase todo o ano, pode ser numeroso na estação outonal (em Novembro de 2007, a partir da marginal em Fão, foram contados mais de 30 indivíduos a alimentarem-se por entre os “tapetes” de Jacintos-de-água, praga que aparentemente favorece esta espécie de aves);
4 – Conforme o já exposto, há a remota possibilidade de ser confundido com a Galinha-d’água;
5 – Estas aves são sempre vistas a alimentarem-se por entre a vegetação aquática abundante, caracterizam-se ainda por mergulharem demoradamente e, se nos aproximamos de barco, por exemplo, fogem “correndo” à superfície evitando levantar voo;
6 – Tolerantes, mas a(s) ave(s) que ocorre(m) no Verão são manifestamente mais tímidas;
7 – Nada a acrescentar.
Família Gruidae
(uma espécie)
Antropoides virgo = Grus virgo (Grou-pequeno)
No meio natural estas aves distribuem-se amplamente pela Ásia e Norte de África e a genuinidade das suas ocorrências em território nacional encontram-se sujeitas a homologação do Comité Português de Raridades (CPR). Sabe-se também que é criada em cativeiro para fins ornamentais um pouco por toda a Europa.
Em 21 de Outubro de 2004 surgiu um indivíduo desta espécie na ínsua sob a ponte metálica de Fão, o qual, julga-se, terá simplesmente escapado de um qualquer parque onde tenha sido introduzido em semi-liberdade.
A espécie está assinalada no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (LVVP) como Regionalmente extinta.
Em 21 de Outubro de 2004 surgiu um indivíduo desta espécie na ínsua sob a ponte metálica de Fão, o qual, julga-se, terá simplesmente escapado de um qualquer parque onde tenha sido introduzido em semi-liberdade.
A espécie está assinalada no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (LVVP) como Regionalmente extinta.