quinta-feira, 24 de novembro de 2011

(Capítulo IV - Ammophila arenaria) FLORA DOS SISTEMAS DUNARES DO LITORAL NORTE

Estorno
Ammophila arenaria subsp. australis (L.) Link

 
FAMÍLIA: Gramineae











 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características:

Vivaz ou perene (ciclo de vida longo), de porte herbáceo, ultrapassando o metro de altura e com rizomas muito extensos e cruzados. Os colmos são robustos e flexíveis de forma a suportarem a agitação provocada pelos fortes ventos. As folhas enrolam-se para evitarem perdas de água que é captada através de um sistema de raízes profundas. Depende de um fornecimento constante de areia para crescer com vigor.

 
Habitat:

Forma cristas no topo da duna frontal. Contribui em larga medida para a retenção das areias e provocam um efeito de uma “cortina” que impede o avanço das areias para interior, permitindo assim que outras plantas se instalem nas dunas. Não suporta as sombras nem solos muito férteis. São as principais responsáveis pela formação das «Dunas móveis do cordão dunar» (ou dunas brancas).

 
Floração:

De Abril a Junho.

 
Distribuição e estado de conservação:

Ocupa toda a costa europeia, sobretudo no sul e está bem distribuída em Portugal.

 
Ameaças:

Avanço do mar, redução do fornecimento de sedimentos, sobreutilização das praias afectadas pelo acesso pedonal.


 
Referências bibliográficas e outras (aqui)


domingo, 20 de novembro de 2011

OBSERVAÇÃO DE AVES (OUTUBRO 2011) (Anexo)

Confirmação da ocorrência de nova espécie de CHARADRIIFORMES

 
Família Stercorariidae
 
Relativamente à família dos Moleiros (Stercorariidae), na Parte III do estudo sobre a avifauna do estuário do Cávado e habitats envolventes que aqui apresentei em 2009, apenas identifiquei o Alcaide ou Moleiro-grande (Stercorarius skua) como presente nesta região. Teria sido conveniente, porém, acrescentar que ainda surgem regularmente na costa nacional, e necessariamente ao largo de Esposende, mais três destas espécies pelágicas (de alto-mar). Além do migrador de passagem pouco comum a comum (*) Moleiro-pomarino ou M-do-árctico (Stercorarius pomarinus) e do migrador de passagem raro (*) Moleiro-rabilongo ou M-de-cauda-comprida (Stercorarius longicaudus), ambos pouco esperados nas proximidades das praias, ainda há a considerar o migrador de passagem comum e invernante pouco comum (*) Moleiro-pequeno ou M.-parasita (Stercorarius parasiticus), acerca do qual se encontram várias referências à possibilidade de surgir em frente à foz dos nossos rios. Por tal, já há alguns anos e sobretudo a partir de Setembro reservo parte do tempo dedicado à observação de aves a tentar registar a presença nesta região de espécies de hábitos marinhos, designadamente esta última.
 
Este ano apenas detectei na manhã do primeiro dia de Outubro um moleiro em fase escura (para complicar), de tamanho ligeiramente menor do que a Gaivota-de-asa-escura que perseguia insistentemente no extremo da restinga e apresentando uma pequena mas bem visível mancha alar na parte superior, o que me fez concluir tratar-se do “pomarino” ou do “pequeno” (fiquei inclinado para este). Mas como a identificação in loco dos moleiros não é tarefa para os meus inexperientes olhos, procurei socorrer-me da fotografia para uma análise mais cuidada dos registos. Nesta primeira experiência do ano apenas acertei o foco nas nuvens. No dia seguinte, novamente a partir da restinga a meio caminho entre a foz e o esporão norte de Ofir passou outro moleiro, afortunadamente em fase clara e a cerca de 30 metros da praia. As fotos obtidas foram submetidas à apreciação no FórumAves.





 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Embora estes “supercropes” não pareçam elucidativos, notem as análises que me chegaram de dois ilustres amigos:
 
- «Pela asa estreita, comprida e "pontiaguda", pela transição bem definida entre a axila escura e o abdómen claro. O aparente colar escuro é interrompido... eu diria Stercorarius parasiticus (Moleiro pequeno/parasitico).»
 
(Hélder Vieira)

 
- «… a primeira coisa a notar é que é um adulto, mas nota a cauda com as duas penas centrais compridas mas sem espátulas e não excessivamente compridas, nota que tem flash branco na parte inferior das asas o que elimina rabilongo, mas que o flash na parte superior é pouco extenso o que elimina pomarino, nota a barriga clara, com castanho só na parte terminal o que elimina rabilongo, que de resto seria cinzento e não castanho, outra coisa util é usar as gaivotas para tentar obter referencias de tamanho, o pomarino é mais ou menos do tamanho de uma fuscus, mas o parasiticus é mais pequeno mais do tamanho de uma gaivota-de-cabeça-preta, um pouco maior, mas atenção que há sobreposição de tamanhos.
A chave para se ser feliz com os moleiros é assumir que não se consegue nunca fazer a identificação de todos os adultos e que se só se consegue fazer identificação dos juvenis que estejam a uma distancia razoável e mesmo assim... portanto não se deve perder tempo e saúde a tentar fazer a identificação de aves distantes.
Com aves a uma distancia razoável a 1º coisa a fazer é determinar a idade, em adultos a escolha na pratica é entre o parasitico e o pomarino já que o rabilongo não oferece grande dificuldade se as características chave forem bem vistas, agora para fazer a separação de pomarinos de parasiticos, a coisa pode ser muito fácil ou nem por isso, se for um pomarino com as colheres bem visíveis o problema esta resolvido, o problema é se as colheres estiverem partidas o formato da cauda à distancia pode parecer igual à do parasiticos, para separar os adultos sem a cauda um conjunto de características deve ser avaliado, mas principalmente o tamanho, se a ave passar por gaivotas e for muito mais pequeno não é um pomarino, se não for muito mais pequeno pode ser pomarino, mas é preciso muito cuidado com a avaliação do tamanho é preciso ter a certeza que as aves que estão a ser usadas para comparação estão muito próximas do moleiro. O flash na parte de cima da asa do pomarino adulto é consistentemente maior que no pequeno mas é preciso alguma experiência para ver isso à distancia, as características da plumagem podem ser difíceis de avaliar numa ave em voo especialmente se a distancia for a normal.
Em suma, aproveitem bem as aves adultas com as caudas inteiras, para fazerem um estudo do tamanho, modo de voo, forma, desenho, etc...»
 
(Pedro Ramalho)

 
PEREMPTÓRIO! Não me restam, assim, quaisquer dúvidas de que devo inscrever o Moleiro-pequeno ou M.-parasita (Stercorarius parasiticus) na listas das aves da minha área de estudo.
 
No Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, apenas podemos encontrar o S. skua, porém a União Internacional para a Conservação da Natureza define o estatuto de conservação a nível global do Moleiro-pequeno de «Pouco Preocupante». Este também não consta na Lista de Aves referenciadas para o Parque Natural Litoral Norte na respectiva caracterização biológica. Também se espera para breve a sua inclusão na “lista de aves do distrito de Braga” do portal Aves de Portugal.


 
(*) Segundo Catry P., Costa H., Elias G. & Matias R. 2010. em AVES DE PORTUGAL – ORNITOLOGIA DO TERRITÓRIO CONTINENTAL. Assírio & Alvim, Lisboa.



domingo, 13 de novembro de 2011

OBSERVAÇÃO DE AVES (OUTUBRO 2011)

Lista anotada e ilustrada das aves observadas no Estuário do Cávado e habitats envolventes

As condições meteorológicas que se verificaram na primeira metade deste mês, caracterizadas por temperaturas amenas e ausência de chuva e de ventos, terão atrasado a passagem de algumas migradoras ou a chegada das primeiras invernantes. Apesar disto, dediquei parte dos primeiros dias do mês a tentar fazer o reconhecimento das aves oceânicas que normalmente se “desviam” até à costa nesta altura do ano. Esta tarefa, para mim bastante difícil de concretizar, traduziu-se, ainda assim, na identificação de uma nova espécie para a foz do Cávado. O acentuado arrefecimento dos dias 17 e 18 e o temporal dos dias 25 e 26 trariam, por fim, algumas aves já esperadas, mas outras continuaram por aparecer até ao final do mês. A lista a seguir apresentada poderia, porventura, ter sido mais extensa caso não se tivessem perdido muitas das imagens que recolhi do mar pejado de aves e dos grandes bandos de gaivotas “estacionados” por todo o estuário.


(as ocorrências mais relevantes serão assinaladas a negrito)
(anotações a azul)
(as ilustrações seguem-se ao nome a que correspondem)
(para ver a foto com um pouco mais de detalhe clique em cima da imagem)


ESPÉCIES COM POPULAÇÕES EM ESTADO SELVAGEM


Ordem Anseriformes

Família Anatidae

Anas strepera (Frisada)a fêmea dos meses anteriores já não foi avistada, mas no dia 30 chegou um macho à marginal de Fão


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anas crecca (Marrequinho)o arrefecimento que se verificou nos dia 17 e 18 trouxe dois casais que se vieram juntar à fêmea chegada em Agosto
 
Anas platyrhynchos (Pato-real) – até ao final do mês não se notou qualquer aumento
 
Aythya ferina (Zarro-comum)observado um casal no dia 11 na margem direita a montante da ponte velha

 
Ordem Pelecaniformes
 
Família Sulidae
 
Morus bassanus (Ganso-patola)as condições marítimas adversas dos dias 17; 18; 25 e 26 “obrigaram” muitos indivíduos a aproximarem-se da costa sendo, então, facilmente avistados a partir da praia várias dezenas de aves adultas e imaturas de diversas idades a mergulharem e a seguirem sobretudo o sentido para sul; à semelhança do mês anterior, alguns espécimes exaustos pousaram no areal (restinga)



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Família Phalacrocoracidae

Phalacrocorax carbo (Corvo-marinho-de-faces-brancas) – chegada em “catadupa” de vários bandos ao longo de todo o mês; no dia 20, entre as 18.00 e as 18.10 horas, contei 103 (cento e três) aves a passarem sobre a ponte velha para o local de pernoita


Ordem Ciconiiformes

Família Ardeidae

Bubulcus ibis (Garça-boieira) – o pequeno bando que pernoita juntamente com a congénere seguinte num freixo da margem direita nunca atingiu mais de 11 indivíduos; estes, ainda antes de se deslocarem para os campos de cultivo, onde se alimentam, permaneciam durante parte da manhã na ínsua sob a ponte velha

Egretta garzetta (Garça-branca-pequena)

Ardea cinerea (Garça-real ou G-cinzenta)

Família Threskiornithidae

Platalea leucorodia (Colhereiro)nunca, em 15 anos, registei a permanência de indivíduos desta espécie no estuário do Cávado durante tão alargado período de tempo; mantêm-se por cá vários indivíduos desde 23 de Setembro e no final do mês ainda se viam alguns pares por toda a zona húmida; no dia 19 ao final da tarde foi detectado o par de aves anilhadas na marginal de Fão que no dia seguinte pernoitou no lado oposto em Gandra; neste dia 20 encontrava-se abrigado no extremo norte do juncal um grupo de 7 (sete) indivíduos, nenhum deles anilhado


Ordem Accipitriformes

Família Accipitridae

Accipiter nisus (Gavião) – observados vários ataques às limícolas na marginal de Fão e junto à ETAR e ainda no sapal junto à foz, sempre na primeira hora da manhã

Buteo buteo (Águia-de-asa-redonda) – no dia 11 chegou um indivíduo que me parece o invernante que tem ocupado nos últimos anos os campos de cultivo desde a ETAR até à Solidal na margem direita

Hieraaetus pennatus (Águia-calçada)no dia 4 observei o indivíduo das imagens abaixo apresentadas que, vindo de norte, pousou no poste AT na margem esquerda junto aos campos das Pedreiras em Fão e após ter descansado durante mais de 30 minutos seguiu para sul








 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Família Pandionidae
 
Pandion haliaetus (Águia-pesqueira)ausente desde o dia 23 de Setembro, regressou no dia 20 de Outubro, tendo sido, desde então, vista diariamente e várias vezes ao dia demonstrando uma alta taxa de sucesso na captura das suas presas









 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ordem Falconiformes
 
Família Falconidae
 
Falco tinnunculus (Peneireiro-vulgar)

 
Ordem Gruiformes
 
Família Rallidae
 
Fulica atra (Galeirão) – a descida da temperatura verificada nos dias 17 e 18 trouxe mais quatro indivíduos que se vieram juntar aos dois chegados no mês anterior; os seis ficaram “estacionados” na zona ribeirinha de Fão e apenas se afastam até ao sapal a sul da ETAR

 
Ordem Charadriiformes
 
Família Haematopodidae
 
Haematopus ostralegus (Ostraceiro)no dia 5 juntou-se um segundo indivíduo ao que tinha chegado em Setembro; a partir do dia 18 já só se observava um no sapal junto à foz



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Família Charadriidae


Charadrius hiaticula (Borrelho-grande-de-coleira) – sobretudo juvenis



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Charadrius alexandrinus (Borrelho-de-coleira-interrompida) – ainda se observam alguns juvenis na restinga e no sapal junto à foz
 
Pluvialis apricaria (Tarambola-dourada)no dia 13 foi observada uma ave abrigada entre os grandes bandos de pilritos e de borrelhos no sapal junto ao Forte de S. João Baptista
 
Pluvialis squatarola (Tarambola-cinzenta) – ainda poucos indivíduos
 
Família Scolopacidae
 
Calidris canutus (Seixoeira)dia 4 foi observada uma nos molhes da barra
 
Calidris alba (Pilrito-d’areia)
 
Calidris alpina (Pilrito-comum)







 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gallinago gallinago (Narceja) – apenas observei uma no dia 6 (note-se que não me tenho deslocado ao interior do juncal onde habitualmente se abrigam)
 
Limosa limosa (Maçarico-de-bico-direito)parece que se prepara para passar o Inverno entre nós um pequeno bando de cinco indivíduos










 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Limosa lapponica (Fuselo)
 
Tringa totanus (Perna-vermelha) – observado um indivíduo no seio do juncal
 
Tringa nebularia (Perna-verde)
 
Actitis hypoleucos (Maçarico-das-rochas)
 
Arenaria interpres (Rola-do-mar) – vários pequenos bandos por todo o estuário




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Família Stercorariidae
 
Será feita uma abordagem mais alongada em texto anexo que publicarei ainda este mês
 
Família Laridae
 
Larus ridibundus (Guincho)
 
Larus fuscus (Gaivota-de-asa-escura) – até ao final do mês não se notou qualquer aumento significativo nas comunidades de gaivotas, apesar de nos dias do temporal de 25 e 26 muitas se terem abrigado mais para interior, nomeadamente na margem direita e no juncal a montante da ponte velha
 
Larus michahellis (Gaivota-de-patas-amarelas) – espero, oportunamente, contar um pouco mais da história do imaturo das fotos (dia 30) que se manteve durante os últimos dias do mês nos cais de Fão (não garanto em absoluto que seja esta a espécie)



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Família Sternidae
 
Sterna sandvicensis (Garajau-comum)
 
Chlidonias niger (Gaivina-preta)na madrugada do dia 1 observei um indivíduo a alimentar-se na frente ribeirinha de Fão

 
Ordem Columbiformes
 
Família Columbidae
 
Columba livia (Pombo-da-rocha e Pombo-doméstico)
 
Columba palumbus (Pombo-torcaz) – no dia 14 contei mais de 60 indivíduos num campo de milho recentemente cortado a sul da ETAR mas também eram encontrados outros bandos menores até à ponte da A28
 
Streptopelia decaocto (Rola-turca)
 
 
Ordem Strigiformes
 
Família Tytonidae
 
Tyto alba (Coruja-das-torres)
 
Família Strigidae
 
Asio flammeus (Coruja-do-nabal)pelas 7.30 horas do dia 2 um indivíduo esbarrou-se literalmente contra a porta do prédio onde habito mas logo seguiu até ao pequeno caniçal na entrada sul de Fão onde se abrigou; volvidos alguns minutos, a partir da EN 13, ainda consegui registar nesta imagem a sua partida para sul sobre a veiga que se estende até à Apúlia (não parecia combalida)



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ordem Apodiformes
 
Família Apodidae
 
Apus apus (Andorinhão-preto) – muito raro no final do mês

 
Ordem Coraciiformes
 
Família Alcedinidae
 
Alcedo atthis (Guarda-rios)



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ordem Piciformes
 
Família Picidae
 
Picus viridis (Peto-verde)
 
Dendrocopus major (Pica-pau-malhado-grande)

 
Ordem Passeriformes
 
Família Alaudidae
 
Alauda arvensis (Laverca) – no dia 28 foram observadas as primeiras e logo em grande número nos campos de Gandra junto à margem a jusante da ponte velha
 
Família Hirundinidae
 
Hirundo rustica (Andorinha-das-chaminés) – em números muito reduzidos praticamente desde o início do mês e no final já quase não se observavam
 
Hirundo daurica (Andorinha-dáurica)durante todo o mês foram observados quase diariamente 3 indivíduos sobre a linha de água que acompanha os campos das Pedreiras pela margem esquerda, ainda aqui, no dia 28, este bando era composto por 4 (quatro) aves; em igual número foram avistadas outras no dia 4 no extremo oposto do estuário, sobre o sapal junto à foz
 
Família Motacillidae
 
Anthus pratensis (Petinha-dos-prados) – a primeira da época apenas foi registada no dia 12; deste então, sobretudo a partir do dia 19, verificou-se uma autêntica “invasão”







 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Motacilla cinerea (Alvéola-cinzenta) – no dia 11 observei a primeira da época na poça em frente ao caminho do Martinho em Fão e no dia 19 foi registada a passagem de vários indivíduos entre os bandos das congéneres seguintes, sobretudo nos molhes da foz e restante marginal de Esposende
 
Motacilla alba (Alvéola-branca) – no dia 19 deu-se a “invasão” da raça dominante em simultâneo com as petinhas; no dia 24 uma «enlutada» (M. a. yarrellii na foto) chegou aos relvados da frente ribeirinha de Esposende mas apenas ali se manteve até ao dia seguinte (parecia que, vinda de Terras de Sua Majestade, anunciava o temporal); depois apenas foi observada outra da mesma raça que se fixou num campo de cultivo a sul da ETAR na margem direita



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Família Troglodytidae
 
Troglodytes troglodytes (Carriça)







 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Família Prunellidae
 
Prunella modularis (Ferreirinha)




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Família Turdidae (Pisco-de-peito-ruivo) – já se notou um aumento
 
Erithacus rubecula







 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luscinia svecica (Pisco-de-peito-azul)comuns no início do mês, no final já se contavam poucos





 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Phoenicurus ochruros (Rabirruivo-preto)
 
Saxicola torquata (Cartaxo-comum)



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Oenanthe oenanthe (Chasco-cinzento) – abundantes no início do mês, no final já se contavam poucos
 
Turdus merula (Melro-preto)
 
Família Sylviidae
 
Cettia cetti (Rouxinol-bravo)principalmente detectados pelas vocalizações, mas neste mês pareciam menos tímidos





 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisticola juncidis (Fuinha-dos-juncos)




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sylvia atricapilla (Toutinegra-de-barrete-preto)

Sylvia undata (Felosa-do-mato ou Toutinegra-do-mato)

Sylvia melanocephala (Toutinegra-de-cabeça-preta)



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Phylloscopus collybita (Felosa-comum ou Felosinha) – quase podemos dizer que veio substituir a F.-musical, já não observada este mês; o registo dos primeiros indivíduos verificou-se logo no dia 1




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Regulus ignicapillus (Estrelinha-real) – espécie típica de meios mais arborizados, requer que nos afastemos um pouco do estuário propriamente dito para ser observada; de qualquer modo nesta altura do ano nota-se um aumento da sua população








 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Família Muscicapidae
 
Muscicapa striata (Papa-moscas-cinzento) – o último foi observado no dia 11
 
Ficedula hypoleuca (Papa-moscas-preto) – em meados do mês ainda se observavam alguns indivíduos
 
Família Paridae
 
Parus ater (Chapim-preto)
 
Parus major (Chapim-real)
 
Família Certhiidae
 
Certhia brachydactyla (Trepadeira-comum)
 
Família Corvidae
 
Garrulus glandarius (Gaio)
 
Pica pica (Pega)
 
Corvus corone (Gralha-preta)até ao final do mês ainda se observavam duas nos campos de cultivo de toda a margem direita
 
Família Sturnidae
 
Sturnus vulgaris (Estorninho-malhado)
 
Sturnus unicolor (Estorninho-preto)
 
Família Passeridae
 
Passer domesticus (Pardal-comum ou Pardal-dos-telhados)
 
Passer montanus (Pardal-montês)



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Família Estrildidae
 
Estrilda astrild (Bico-de-lacre)
 
Família Fringillidae
 
Serinus serinus (Chamariz)
 
Carduelis chloris (Verdilhão)
 
Carduelis cannabina (Pintarroxo) – durante todo o mês foi registada a passagem de centenas de juvenis; apesar de, desde o início do mês, se ouvirem sons gravados próprios para captura dos congéneres Pintassilgos ou Lugres, não observei qualquer indivíduo destas espécies (embora houvesse notícia de indivíduos capturados)




 
ESPÉCIES QUE OCORREM APENAS COMO RESULTADO DE UMA INTRODUÇÃO, FUGA AO CATIVEIRO OU POSSIVELMENTE PROVENIENTES DE POPULAÇÕES SELVAGENS MAS COM A SITUAÇÃO NÃO AVALIADA PELO COMITÉ PORTUGUÊS DE RARIDADES

 
Ordem Anseriformes
 
Família Anatidae
 
Cygnus olor (Cisne-mudo)
 
Cairina moschata (Pato-mudo)
 
Anas sibilatrix (Piadeira-do-chile) – o mesmo indivíduo supostamente híbrido dos meses anteriores
 
Anas bahamensis (Pato-das-bahamas)