sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

REGISTO DE UMA NOVA ESPÉCIE DE CHARADRIIFORME

Família Charadriidae (borrelhos, abibes e tarambolas)
 
Género Pluvialis
 
No território continental nacional ocorrem regularmente duas espécies de tarambolas (género Pluvialis), ambas já registadas no estuário do Cávado: a Tarambola-cinzenta (Pluvialis squatarola), invernante e migrador de passagem localmente comum (*), que desde o início de novembro conta com várias dezenas de indivíduos bem disseminados por toda esta zona húmida, e a Tarambola-dourada (Pluvialis apricaria), invernante pouco comum (*), que está a tardar a chegar (ou a passar).
 
Além destas, em AVES DE PORTUGAL – ORNITOLOGIA DO TERRITÓRIO CONTINENTAL (*), consta que ainda haverá a remota possibilidade de ocorrer no nosso país a Tarambola-dourada-siberiana (Pluvialis fulva) e a Tarambola-dourada-americana ou Batuiruçu (Pluvialis dominica), cujas distribuições globais são assim apresentadas no portal da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN):




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este dado per si já demonstra a pouca probabilidade destas duas espécies surgirem nesta região do globo. E entre os escassos registos da sua presença em Portugal, apenas há a indicação de uma ocorrência de P. dominica a norte do Cabo Carvoeiro (no estuário do Mondego 02.10.2010 D. Holyoak) (in Raridades Online).
 
Deste modo, quando em ‎14‎ de ‎setembro‎ de ‎2010 observei na margem direita do estuário do Cávado esta ave:




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
presumi meramente que estava perante uma Tarambola-cinzenta em mudança de plumagem estival para invernante e publiquei aqui uma daquelas imagens associando-lhe o nome desta espécie mais comum.
 
Até que recentemente fui contactado por Rafael Matias a corrigir-me a identificação daquela ave. Ou seja, segundo este membro do Comité Português de Raridades, e também de acordo com a insuspeita opinião de João Jara e de Ray Tipper, a foto apresentada corresponde efetivamente a uma Tarambola-dourada-americana.
 
Assinalo, assim, a inscrição da Tarambola-dourada-americana ou Batuiruçu (Pluvialis dominica) na lista das aves do estuário do Cávado e habitats envolventes.
 
Como é óbvio, esta espécie não consta na Lista de Aves referenciadas para o Parque Natural Litoral Norte na respectiva caracterização biológica, nem no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. A UICN atribui-lhe o estatuto de conservação a nível global de «Pouco Preocupante».
 
Na última actualização da lista de aves do distrito de Braga do portal Aves de Portugal, já está mencionada esta ocorrência.
 
Com um atraso superior a um ano, esta observação foi submetida para homologação ao Comité Português de Raridades, tendo-lhe sido atribuído o código CPR J073.


 
(*) Catry P., Costa H., Elias G. & Matias R. 2010. em AVES DE PORTUGAL – ORNITOLOGIA DO TERRITÓRIO CONTINENTAL. Assírio & Alvim, Lisboa.


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

OBSERVAÇÃO DE AVES (NOVEMBRO 2011) (Anexo)

Confirmação da ocorrência de nova espécie de PODICIPEDIFORMES

 
Família Podicipedidae
 
A família dos Mergulhões (Podicipedidae) conta com três espécies de ocorrência regular no nosso país e ainda outra indicada como acidental. Assim, conforme se esperava com a aproximação do frio, no dia 24 do último mês de novembro assinalei no estuário do Cávado a presença de 7 (sete) Mergulhões-pequenos (Tachybaptus ruficollis) e a chegada dos 2 (dois) primeiros Mergulhões-de-pescoço-preto (Podiceps nigricollis) que se preparavam para passarem o inverno na amenidade desta zona húmida. A terceira espécie, o Mergulhão-de-crista (Podiceps cristatus), apenas foi por mim registada nesta área entre o final de julho de 1998 e a primeira metade de fevereiro de 1999.
 
Mas nas primeiras horas do dia 18 de novembro deparei-me com um mergulhão a descansar na margem direita junto ao cais da antiga draga (a montante da doca de pesca) cuja silhueta logo me despertou o interesse. No instante em que estabeleci contacto visual com a ave, esta logo se afastou pela água até ao juncal em frente, onde desapareceu e jamais a encontrei. Dada a falta de luz, não fui muito bem sucedido na recolha das imagens daquele momento, contudo, estas ainda se revelaram aceitáveis para poder dirigir-me à informada e competente comunidade do Fórum Aves deste modo:

 
“Viva caríssimos!
Umas das especialidades invernantes aqui no estuário do Cávado são os Mergulhões-de-pescoço-preto (Podiceps nigricollis). São aves graciosas e muito conspícuas facilmente observáveis a partir da marginal de Esposende. Por tal estou muito habituado a observá-las e já tive a felicidade de as fotografar inúmeras vezes a poucos metros de distância (recorrendo a abrigo, claro). Este ano estão a tardar. Mas na manhã do dia 18 deste mês de Novembro deparei-me com esta ave isolada:





 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Logo num primeiro momento estranhei o aspecto geral mais comprido da ave (talvez mais esguia) e à medida que ia obtendo estas imagens fiquei ainda mais intrigado com alguns pormenores, designadamente o bico grosso e a testa baixa. Apesar daquele pescoço “sujo”, haverá alguma hipótese de estarmos perante um Podiceps auritus?”

 
As respostas não tardaram e também não permitem que restem dúvidas:
 
António A. Gonçalves “… pelo formato da cabeça e do bico e o padrão da cabeça eu digo que sim…”
 
Flávio Oliveira “… também me parece P. auritus. Pela grande simetria entre parte superior e inferior do bico (não parece virado para cima na ponta) e pela transição nítida entre o preto e o branco da cabeça/face…”
 
Rui Caratão “… Espero que se aguente por aí no Inverno...”
 
Gonçalo Elias “… E vai mais uma espécie para o distrito. Sugiro envio de mail (com foto) para a mailing list das raridades…”
 
Pedro Ramalho “… Confirmadíssimo…”
 
Carlos Pacheco “… manda também para o CPR, não te esqueças…”
 
João Ferreira “…Grande Malha…”
 
Luís Gordinho “… Muito bom Jorge. O pescoço (e a face) "sujos" a que fazes referência poderão ser restos da plumagem de juvenil… é sempre 1 bicho giro de se ver cá... ”

 
Inscrevo, assim, o Mergulhão-de-pescoço-castanho (Podiceps auritus) na lista das aves da minha área de estudo.
 
Esta espécie, que não consta no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, está definida com o estatuto de conservação global de «Pouco Preocupante» pela União Internacional para a Conservação da Natureza. A imagem seguinte, extraída do sítio electrónico desta organização, ilustra a distribuição europeia deste mergulhão proveniente dos longínquos países bálticos que, como se pode ver, não é ocorrência regular no território continental nacional.



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catry P., Costa H., Elias G. & Matias R. 2010. em AVES DE PORTUGAL – ORNITOLOGIA DO TERRITÓRIO CONTINENTAL. Assírio & Alvim, Lisboa, referem que até 2007 apenas havia dois registos da sua presença entre nós (01-11-1993 – estuário do Minho – FJ Arcas, JM Arcas, MC Jamardo, D Vieites, DR Vieites; 07-01-2006 – Lagoa de Óbidos – H Cardoso e outros) e, desde então, apenas tenho conhecimento das duas ocorrências constantes da última Tabela de Registos do Comité Português de Raridades (24-12-2010 – lagoa Grande – Lagoa de Albufeira – Sesimbra – P Fernandes; 13 a 17-02-2011 – praia do Quebrado, Peniche V Maia, P Ramalho) e de outra apenas indicada no Raridades Online (05-02-2011 – cais comercial de Faro – M Mendes).
 
Assim, o Mergulhão-de-pescoço-castanho também não está indicado na Lista de Aves referenciadas para o Parque Natural Litoral Norte na respectiva caracterização biológica. Na última actualização da lista de aves do distrito de Braga do portal Aves de Portugal, já está mencionada esta ocorrência.
 
Esta observação foi submetida para homologação ao Comité Português de Raridades, tendo-lhe sido atribuído o código CPR J074.



sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

OBSERVAÇÃO DE AVES (NOVEMBRO 2011)

Lista anotada e ilustrada das aves observadas no Estuário do Cávado e habitats envolventes
 
(as ocorrências mais relevantes serão assinaladas a negrito)
(anotações a azul)
(as ilustrações seguem-se ao nome a que correspondem)
(para ver a foto com um pouco mais de detalhe clique em cima da imagem)

 
ESPÉCIES COM POPULAÇÕES EM ESTADO SELVAGEM

 
Ordem Anseriformes
 
Família Anatidae
 
Anser albifrons (Ganso-grande-de-testa-branca)chegada de 4 imaturos registada no dia 16; nos dois primeiros dias não se manifestavam perturbados com a minha aproximação, mas desde então têm preferido o recolhimento do juncal; também têm sido encontrados com frequência na margem direita a montante da doca de pesca, porém afastam-se logo que detectam alguém; registo submetido ao Comité Português de Raridades (código CPR J072)














 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anas penelope (Piadeira) no dia 19 foi observado um indivíduo entre o bando crescente de A. platyrhynchos invernantes “estacionados” em frente ao clube náutico de Ofir
 
Anas strepera (Frisada)além do macho chegado à marginal de Fão no fim de outubro, registei outro indivíduo a partir do dia 16 nas margens do juncal; no dia 21 foram visto aqui dois casais





 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anas crecca (Marrequinho) – no dia 08 contei 6 indivíduos próximo do sapal a montante da ETAR, mais 5 a jusante da ponte velha e 13 mais a norte no juncal, no entanto no dia 10 já só se viam os primeiros; até ao final do mês o aumento esperado aumento não foi tão acentuado com em anos anteriores
 
Anas platyrhynchos (Pato-real) – o frio e os ventos marítimos do dia 08 obrigaram diversas espécies a abrigarem-se no estuário; nestas circunstâncias notou-se um claro aumento na comunidade invernante destes anatídeos
 
Anas acuta (Arrábio)no dia 16 foi avistada 1 fêmea no leito principal do rio atrás do Hotel do pinhal e no canal mais largo do juncal um bando composto por 2 machos e 4 fêmeas; este grupo ainda foi observado no dia 24 no plano de água entre o miradouro da restinga e as piscinas municipais
 
Anas clypeata (Pato-trombeteiro)2 machos e 3 fêmeas junto ao juncal em frente à doca de pesca

 
Ordem Podicipediformes
 
Família Podicipedidae
 
Será feita uma abordagem mais alongada em texto anexo que publicarei ainda este mês

 
Ordem Pelecaniformes
 
Família Sulidae
 
Morus bassanus (Ganso-patola)indivíduos de várias idades avistados mais próximo da foz no dia 08 (agravamento das condições climatéricas)
 
Família Phalacrocoracidae
 
Phalacrocorax carbo (Corvo-marinho-de-faces-brancas)









 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ordem Ciconiiformes
 
Família Ardeidae
 
Bubulcus ibis (Garça-boieira) – no dia 08 o bando que abandonava o garçário já contava com 20 indivíduos; a partir do dia seguinte percebi que 6 membros do bando se dirigiam para os campos de cultivo de Gandra para se alimentarem (atrás da Galp até à Solidal e desde um aterro na zona norte desta freguesia até às agras das Marinhas)




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Egretta garzetta (Garça-branca-pequena)





 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Casmerodius albus (Garça-branca-grande)no dia 09 observei um indivíduo a sobrevoar a ponte velha de montante para a foz através do juncal; depois, apenas no dia 19 o voltei a avistar na margem direita junto ao garçário; no dia 20 encontrei-o a alimentar-se nos campos de cultivo a norte de Gandra; no dia 24 repeti a observação junto ao mesmo freixo garçário





 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ardea cinerea (Garça-real ou G-cinzenta)
 
Ardea purpurea (Garça-imperial ou G-vermelha)no dia 27 avistei um indivíduo vindo de jusante a sobrevoar os campos de cultivo da margem direita junto à ponte da auto-estrada e daqui a seguir para nascente ao longo do rio; cerca de 30 minutos depois (talvez o mesmo indivíduo) foi observado a sobrevoar a zona urbana de Fão
 
Família Threskiornithidae
 
Platalea leucorodia (Colhereiro)durante todo o mês foi observado um par de indivíduos no juncal; nos primeiros dias do mês ainda era encontrado outro, isolado, sobretudo a montante e junto à ponte velha









 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ordem Accipitriformes
 
Família Accipitridae
 
Circus aeruginosus (Tartaranhão-dos-pauis ou Águia-sapeira)1 macho observado no dia 10 a caçar na restinga e no extremo norte do juncal, onde pouso; no dia 24 foi registado um macho e uma fêmea na zona nascente do estuário
 
Accipiter nisus (Gavião)



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Buteo buteo (Águia-de-asa-redonda)





 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Família Pandionidae

Pandion haliaetus (Águia-pesqueira) – encontrado quase diariamente a caçar e em excelente forma um indivíduo sem qualquer marca e que presumo ser o mesmo que observo neste estuário desde 1998; no dia 24 fui contactado pelo Sérgio Esteves que, juntamente com o Carlos Rio, registaram a passagem quase em simultâneo da ave habitual e de outra com ambas as patas anilhadas (anilha amarela no tarso esquerdo e metálica no direito) – confirmei esta segunda presença a partir do dia 27





 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ordem Falconiformes
 
Família Falconidae
 
Falco tinnunculus (Peneireiro-vulgar)
 
Falco peregrinus (Falcão-peregrino)no dia 24 foi observado um indivíduo a caçar em frente ao miradouro da restinga

 
Ordem Gruiformes
 
Família Rallidae
 
Gallinula chloropus (Galinha-d’água) – observado um indivíduo a alimentar-se sobre o tapete de jacintos exóticos que se acumulou na zona onde desagua a Ribeira do Couto
 
Fulica atra (Galeirão) – um máximo de 7 indivíduos (dia 08) “estacionou” na marginal de Fão e mais pareciam aves de jardim; no fim do mês contavam-se 6

 
Ordem Charadriiformes
 
Família Haematopodidae
 
Haematopus ostralegus (Ostraceiro)no dia 09, além do indivíduo que se mantinha no sapal junto ao Forte de S. João Batista desde 27 de setembro, foi visto outro no extremo da restinga na vertente voltada para o mar e desde essa data jamais registei a presença de qualquer uma destas aves
 
Família Charadriidae
 
Charadrius hiaticula (Borrelho-grande-de-coleira)
 
Charadrius alexandrinus (Borrelho-de-coleira-interrompida)no final do mês ainda contei 4 espécimes no sapal junto à foz
 
Género Pluvialis (Tarambolas)
 
Será feita uma abordagem mais alongada em texto anexo que publicarei ainda este mês

 
Vanellus vanellus (Abibe)no dia 08 registei a chegada de 3, no dia seguinte o número duplicou, mas nos últimos dias do mês não se via qualquer “ave-fria”
 
Família Scolopacidae
 
Calidris alba (Pilrito-d’areia)
 
Calidris alpina (Pilrito-comum)
 
Gallinago gallinago (Narceja) – desde o dia 03 começaram a ser notadas
 
Limosa limosa (Maçarico-de-bico-direito) – até um máximo de 5; no dia 14 registei a passagem do espécime anilhado das imagens, cuja proveniência (ou rota) espero brevemente desvendar





 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Limosa lapponica (Fuselo)
 
Numenius arquata (Maçarico-real)registo da chegada de 1 no dia 24
 
Tringa totanus (Perna-vermelha) – apenas 1 indivíduo no dia 7
 
Tringa nebularia (Perna-verde)



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Actitis hypoleucos (Maçarico-das-rochas)
 
Arenaria interpres (Rola-do-mar)
 
Família Laridae
 
Larus ridibundus (Guincho)
 
Larus fuscus (Gaivota-de-asa-escura)
 
Larus michahellis (Gaivota-de-patas-amarelas)
 
Família Sternidae
 
Sterna sandvicensis (Garajau-comum)
 
Sterna hirundo (Andorinha-do-mar-comum)1 imaturo anilhado repousou nos lodaçais no dia 9







 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ordem Columbiformes
 
Família Columbidae
 
Columba livia (Pombo-da-rocha e Pombo-doméstico)
 
Columba palumbus (Pombo-torcaz) – a “colónia” com mais de 20 indivíduos mantém-se no pinhal da margem direita junto à ponte da auto-estrada
 
Streptopelia decaocto (Rola-turca)

 
Ordem Strigiformes
 
Família Tytonidae
 
Tyto alba (Coruja-das-torres)
 
Família Strigidae
 
Asio flammeus (Coruja-do-nabal)no dia 27 o Carlos Rio e o Sérgio Esteves assinalaram a chegada de um indivíduo ao juncal que se estende das traseiras do Hotel do Pinhal até à Estalagem Parque do Rio – confirmei esta ocorrência no dia 30 junto ao miradouro

 
Ordem Apodiformes
 
Família Apodidae
 
Apus apus (Andorinhão-preto) no dia 03 foi observado um indivíduo na margem direita a jusante da ponte velha

 
Ordem Coraciiformes
 
Família Alcedinidae
 
Alcedo atthis (Guarda-rios)
 
 
Ordem Piciformes
 
Família Picidae
 
Dendrocopus major (Pica-pau-malhado-grande)

 
Ordem Passeriformes
 
Família Alaudidae
 
Alauda arvensis (Laverca) – passagem em grande número durante quase todo o mês, mas no final tornaram-se escassas
 
Família Motacillidae
 
Anthus pratensis (Petinha-dos-prados)
 
Motacilla cinerea (Alvéola-cinzenta)
 
Motacilla alba (Alvéola-branca) – pelo menos uma “enlutada” (M. a. yarrellii) permanece nos campos de cultivo junto à ETAR desde o mês anterior; notou-se no início do mês um grande aumento de indivíduos da raça mais vulgar (M. a. alba), na foto



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Família Troglodytidae
 
Troglodytes troglodytes (Carriça)
 
Família Prunellidae
 
Prunella modularis (Ferreirinha)
 
Família Turdidae
 
Erithacus rubecula (Pisco-de-peito-ruivo)
 
Phoenicurus ochruros (Rabirruivo-preto)
 
Saxicola torquata (Cartaxo-comum)
 
Oenanthe oenanthe (Chasco-cinzento) – os últimos a passarem foram registados no dia 03
 
Turdus merula (Melro-preto)
 
Turdus philomelos (Tordo-músico)
 
Família Sylviidae
 
Cettia cetti (Rouxinol-bravo) – pouco visto, mas muito notado pela vocalização durante todo o mês, tanto na orla dos campos de cultivo da margem direita, como no juncal a nascente ou ainda nas duas pequenas matas aluviais junto ao Caldeirão e aos antigos estaleiros de Esposende
 
Cisticola juncidis (Fuinha-dos-juncos)
 
Sylvia atricapilla (Toutinegra-de-barrete-preto)
 
Sylvia undata (Felosa-do-mato ou Toutinegra-do-mato)
 
Sylvia melanocephala (Toutinegra-de-cabeça-preta)
 
Phylloscopus collybita (Felosa-comum ou Felosinha)
 
Regulus ignicapillus (Estrelinha-real)
 
Família Paridae
 
Parus cristatus (Chapim-de-poupa)
 
Parus ater (Chapim-preto)
 
Parus caeruleus (Chapim-azul)(pelo menos) dois indivíduos na orla de campos de cultivo de Gandra por onde passa o ribeiro que desagua no sapal junto aos estaleiros de Esposende
 
Parus major (Chapim-real)
 
Família Certhiidae
 
Certhia brachydactyla (Trepadeira-comum)
 
Família Corvidae
 
Garrulus glandarius (Gaio)
 
Pica pica (Pega)
 
Corvus corone (Gralha-preta) – continuavam na margem direita as duas chegadas no final de agosto
 
Família Sturnidae
 
Sturnus vulgaris (Estorninho-malhado)






 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sturnus unicolor (Estorninho-preto)
 
Família Passeridae
 
Passer domesticus (Pardal-comum ou Pardal-dos-telhados)
 
Passer montanus (Pardal-montês)
 
Família Estrildidae

Estrilda astrild (Bico-de-lacre)
 
Família Fringillidae
 
Serinus serinus (Chamariz)
 
Carduelis chloris (Verdilhão)
 
Carduelis cannabina (Pintarroxo) – bem notada a passagem de, sobretudo, imaturos; em oposição, não avistei qualquer dos congéneres Carduelis carduelis (Pintassilgo) e Carduelis spinus (Lugre), apesar de me chegarem vários relatos da sua passagem e testemunhos da sua captura




 
ESPÉCIES QUE OCORREM APENAS COMO RESULTADO DE UMA INTRODUÇÃO, FUGA AO CATIVEIRO OU POSSIVELMENTE PROVENIENTES DE POPULAÇÕES SELVAGENS MAS COM A SITUAÇÃO NÃO AVALIADA PELO COMITÉ PORTUGUÊS DE RARIDADES

 
Ordem Anseriformes
 
Família Anatidae
 
Cygnus olor (Cisne-mudo) – deixou de ser observado na marginal de Fão no dia 20
 
Cairina moschata (Pato-mudo)
 
Anas sibilatrix (Piadeira-do-chile) – o mesmo indivíduo supostamente híbrido dos meses anteriores
 
Anas bahamensis (Pato-das-bahamas)