quarta-feira, 31 de agosto de 2011

(Capítulo III - Euphorbia paralias) FLORA DOS SISTEMAS DUNARES DO LITORAL NORTE

Morganheira-das-praias
Euphorbia paralias L.


FAMÍLIA: Euphorbiaceae











 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características:

Planta vivaz cujos caules lenhosos, de um comprimento que varia entre os 20 e os 70 cm, produzem uma seiva branca tóxica. As flores, muito particulares, estão envolvidas por um cálice, contendo ao centro a flor feminina envolvida pelas flores masculinas nuas. As folhas imbricadas (dispostas como telhas) permitem uma redução na perda de água por transpiração. As raízes estendem-se em profundidade para captarem água.

 
Habitat:

Principalmente entre as comunidades das gramíneas das dunas embrionárias e das dunas brancas. Coadjuva o Feno-das-areias na estabilização das areias.

 
Floração:

De Março a Outubro.

 
Distribuição e estado de conservação:

Frequente desde o Mar do Norte até algumas zonas da região Mediterrânica, passando pelas ilhas da Macarronésia (Madeira e Canárias)

 
Ameaças:

As mesmas consideradas para o Feno-das-areias.


 
Referências bibliográficas e outras (aqui)


domingo, 21 de agosto de 2011

Só para lembrar que…

… agora que no Litoral Norte está na moda o sobrevoo de zonas classificadas a baixa altitude e a divulgação em blogues de fotografias com a mesma perspectiva aérea do Pinhal de Ofir pejado de automóveis estacionados em zonas vedadas a esse fim:

- ESTE ANO, OS ANIMADOS SEGUIDORES DAS DANIELAS DO OUTRO LADO DO ATLÂNTICO (AUTARCAS E PRESIDENTE DE CÂMARA INCLUÍDOS) NÃO FORAM PRESENTEADOS COM MAIS UM GRANDIOSO «FESTIVAL OFIR»!

Mesmo assim, tal como se vê nestas fotos (que apenas “roubei” à Google):





 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
… a maior cicatriz do Pinhal de Ofir continua exactamente como se ainda estivéssemos à espera de mais 12 horas numa só noite de concertos musicais.

Também lembro que, conforme um texto aqui publicado (cuja releitura recomendo), aquela grande parcela de floresta integralmente desbastada está classificada como Reserva Ecológica Nacional (REN), definida no Decreto-Lei n.º 93/90, de 19 de Março, como “estrutura biofísica básica e diversificada que, através do condicionamento à utilização de áreas com características ecológicas específicas, garante a protecção de ecossistemas e a permanência e intensificação dos processos biológicos indispensáveis ao enquadramento equilibrado das actividades humanas.” e onde está previsto que “nas áreas incluídas na REN são proibidas as acções de iniciativa pública ou privada que se traduzam em operações de loteamento, obras de urbanização, construção de edifícios, obras hidráulicas, vias de comunicação, aterros, escavações e destruição do coberto vegetal.”

Autarcas de Esposende preocupados com o Parque Natural? Com a Área Protegida? Com a Conservação da Natureza?

Não brinquem comigo...




domingo, 14 de agosto de 2011

OBSERVAÇÃO DE AVES (JULHO 2011)

Lista anotada e ilustrada das aves observadas no Estuário do Cávado e habitats envolventes

No momento em que esta lista é publicada já a maior afluência de aves em migração de passagem nos convida a visitas mais assíduas a esta zona húmida. Um cenário bem diferente do que era esperado para os dois últimos meses e que motivou a minha quase ausência de saídas ao estuário. Por outro lado, alguns passeios à menos assediada mata de folhosas e pinheiro acaba sempre por nos revelar algumas espécies menos frequentes nas margens do Cávado.


(as ocorrências mais relevantes serão assinaladas a negrito)
(anotações a azul)
(as ilustrações seguem-se ao nome a que correspondem)
(para ver a foto com um pouco mais de detalhe clique em cima da imagem)


ESPÉCIES COM POPULAÇÕES EM ESTADO SELVAGEM


Ordem Anseriformes

Família Anatidae

Anas platyrhynchos (Pato-real)

Aythya ferina (Zarro-comum)no dia 28 foi observada uma fêmea isolada na marginal de Fão junto à pousada de juventude


Ordem Pelecaniformes

Família Phalacrocoracidae

Phalacrocorax carbo (Corvo-marinho-de-faces-brancas) além de um espécime (com o peito totalmente branco) que era observado no areal a descoberto na maré vaza a jusante da ponte velha, no dia 28 foram observados outros dois a sobrevoarem o estuário; completa-se, assim e pela primeira vez nos meus registos, o ciclo de um ano a observar esta espécie em todos os 12 meses


Ordem Ciconiiformes

Família Ardeidae

Egretta garzetta (Garça-branca-pequena)

Ardea cinerea (Garça-real ou G-cinzenta)

Família Ciconiidae

Ciconia ciconia (Cegonha-branca)no 14 foi avistado um indivíduo a sobrevoar a ponte metálica, os campos de cultivo da margem direita e a própria cidade de Esposende


Ordem Accipitriformes
 
Família Accipitridae

Circus aeruginosus (Tartaranhão-dos-pauis ou Águia-sapeira)nos dias 6 e 7 foi registada a presença de uma fêmea ou juvenil a sobrevoar a baixa altitude o juncal; entretanto, já a 21 foi observado um macho que, proveniente de norte, dirigiu alguns ataques ao solo junto à restinga e em menos de uma hora seguiu para sul sobre o mar

Accipiter gentilis (Açor)no dia 15 testemunhei um indivíduo desta espécie a investir sobre pombos-torcazes e rolas-turcas numa clareira no extremo norte do pinhal entre Fão e Apúlia junto ao caminho do meio; dois dias depois, foi-me descrito que ali regressou uma ave com iguais características

Accipiter nisus (Gavião)

Buteo buteo (Águia-de-asa-redonda)


Ordem Falconiformes

Família Falconidae

Falco tinnunculus (Peneireiro-vulgar)


Ordem Charadriiformes

Família Charadriidae

Charadrius hiaticula (Borrelho-grande-de-coleira)

Charadrius alexandrinus (Borrelho-de-coleira-interrompida) – assinalada a existência de muitos juvenis

























Família Scolopacidae

Calidris alba (Pilrito-d’areia)

Calidris alpina (Pilrito-comum)

Numenius phaeopus (Maçarico-galego)pelo menos dois indivíduos permaneceram por cá

Tringa nebularia (Perna-verde)

Actitis hypoleucos (Maçarico-das-rochas)

Família Laridae

Larus ridibundus (Guincho)

Larus fuscus (Gaivota-de-asa-escura)

Larus michahellis (Gaivota-de-patas-amarelas)


Ordem Columbiformes

Família Columbidae

Columba livia (Pombo-da-rocha e Pombo-doméstico)

Columba palumbus (Pombo-torcaz)

Streptopelia decaocto (Rola-turca)


Ordem Strigiformes

Família Tytonidae

Tyto alba (Coruja-das-torres)mais uma vez se confirmou a sua nidificação

Família Strigidae

Strix aluco (Coruja-do-mato)mais uma vez, escuso-me a apresentar algumas fotos obtidas no primeiro dia do mês junto ao extinto “pinhal da bonança”, ainda local de poiso de um indivíduo que frequenta toda a margem norte da mata entre Fão e Apúlia


Ordem Caprimulgiformes

Família Caprimulgidae

Caprimulgus europaeus (Noitibó)


Ordem Apodiformes

Família Apodidae

Apus apus (Andorinhão-preto)


Ordem Coraciiformes

Família Alcedinidae

Alcedo atthis (Guarda-rios)“regresso” bem notado desde o início do mês

Família Upupidae

Upupa epops (Poupa)


Ordem Piciformes

Família Picidae

Dendrocopus major (Pica-pau-malhado-grande)


Ordem Passeriformes

Família Alaudidae

Calandrella brachydactyla (Calhandrinha)a imagem deste imaturo já crescido ainda vai confirmando a reprodução desta espécie por estas paragens




















Família Hirundinidae

Riparia riparia (Andorinha-das-barreiras)

Hirundo rustica (Andorinha-das-chaminés)

Delichon urbicum (Andorinha-dos-beirais)

Família Motacillidae

Motacilla flava (Alvéola-amarela)

Motacilla alba (Alvéola-branca)

Família Troglodytidae

Troglodytes troglodytes (Carriça)

Família Prunellidae

Prunella modularis (Ferreirinha)

Família Turdidae

Erithacus rubecula (Pisco-de-peito-ruivo)

Phoenicurus ochruros (Rabirruivo-preto)

Saxicola torquata (Cartaxo-comum)

Turdus merula (Melro-preto)





















Turdus philomelos (Tordo-músico)

Família Sylviidae

Cisticola juncidis (Fuinha-dos-juncos)

Hippolais polyglotta (Felosa-poliglota)

Sylvia atricapilla (Toutinegra-de-barrete-preto)

Sylvia melanocephala (Toutinegra-de-cabeça-preta)

Regulus ignicapillus (Estrelinha-real)esta espécie, que nem sempre tem sido aqui referida, acaba por ser quase sempre encontrada com alguma facilidade quando visitamos com maior regularidade os habitats florestais

Família Aegithalidae

Aegithalos caudatus (Chapim-rabilongo)

Família Paridae

Parus cristatus (Chapim-de-poupa)(considerar o mesmo que está mencionado para a Estrelinha-real)
 
 

















Parus ater (Chapim-preto)

Parus major (Chapim-real)

Família Certhiidae

Certhia brachydactyla (Trepadeira-comum) (considerar o mesmo que está mencionado para a Estrelinha-real)

Família Corvidae

Garrulus glandarius (Gaio)




















Pica pica (Pega)

Família Sturnidae

Sturnus unicolor (Estorninho-preto)

Família Passeridae

Passer domesticus (Pardal-comum ou Pardal-dos-telhados)

Passer montanus (Pardal-montês)

Família Estrildidae

Estrilda astrild (Bico-de-lacre)

Família Fringillidae

Serinus serinus (Chamariz)

Carduelis chloris (Verdilhão)

Carduelis cannabina (Pintarroxo)

Família Emberizidae

Emberiza cirlus (Escrevedeira-de-garganta-preta)(considerar o mesmo que está mencionado para a Estrelinha-real)
 

 
 
 


















ESPÉCIES QUE OCORREM APENAS COMO RESULTADO DE UMA INTRODUÇÃO, FUGA AO CATIVEIRO OU POSSIVELMENTE PROVENIENTES DE POPULAÇÕES SELVAGENS MAS COM A SITUAÇÃO NÃO AVALIADA PELO COMITÉ PORTUGUÊS DE RARIDADES


Ordem Anseriformes

Família Anatidae

Cairina moschata (Pato-mudo)

Anas sibilatrix (Piadeira-do-chile) – o mesmo indivíduo supostamente híbrido dos meses anteriores