quinta-feira, 28 de março de 2013

OBSERVAÇÃO DE AVES NO ESTUÁRIO DO CÁVADO (FEVEREIRO 2013) (Anexo)

Confirmação da ocorrência de uma nova espécie de ANSERIFORMES

Família Anatidae

Das 37 espécies de anatídeos registados em Portugal Continental num aparente estado selvagem (categoria A), 22 foram observadas no estuário do Cávado durante os últimos dezasseis anos e a estas ainda acrescem 3 de proveniência duvidosa (categoria D) e 9 exóticas que após a fuga ao cativeiro (ou introdução na natureza) procuraram aqui o seu abrigo (categoria D). Assim, é seguro afirmar que nesta zona húmida se desenvolvem condições muito favoráveis para o acolhimento destas aves aquáticas, em particular durante o seu período de invernada ou nas pausas migratórias. No livro AVES DE PORTUGAL – Ornitologia do Território Continental, Catry P., Costa H., Elias G. & Matias R. referem que aqui as restantes 15 espécies são todas de ocorrência acidental, mas isto, porém, não significa que não deva haver algum esforço na sua procura. A comprová-lo está a recente “descoberta” na foz do Cávado de Caturros ou Zarros-de-colar (Aythya collaris), aves originárias da América do Norte que nos surpreenderam com a sua visita no último outono.

Com a partida logo em meados de janeiro das últimas Piadeiras (Anas penelope) e Frisadas (Anas strepera) e das Marrequinhas-comuns (Anas crecca) que permaneciam no juncal, no mês de fevereiro apenas se restou no estuário o bando desta última espécie que se distribuía a montante da ponte velha (no dia 1 foram ali contados 74 indivíduos) e os omnipresentes Patos-reais (Anas platyrhynchos). Na marginal de Fão ainda podiam ser observadas as não autóctones já habituais, como o Ganso-chinês (Anser cygnoides), o macho de Marreca-de-coleira (Callonetta leucophrys) e o híbrido de Marreca-oveira ou Piadeira-do-chile (Anas sibilatrix). Por determinar ficou a origem da fêmea de Pato-casarca ou Pato-ferrugíneo (Tadorna ferruginea) que no dia 14 surgiu num terreno alagado na mata de pinheiro e folhosas entre Fão e Apúlia.

Além destas, ainda podiam ser avistadas no mar as Negrolas-comuns, também conhecidas por Patos-negros (Melanitta nigra) que se concentravam sobretudo em dois grandes bandos, um a norte da foz que no início do mês ultrapassou as cem aves e outro a sul do esporão da praia de Ofir que quase atingiu igual cifra. Ao longo do mês este número foi diminuindo até que no final quase não excediam a dezena de indivíduos, mas foi precisamente para estes bandos que dirigi grande parte da minha atenção durante este começo de ano na esperança de distinguir, entre todos, algum congénere mais raro – refiro-me aos M. fusca ou até aos M. perspicillata.

E, porque não, algum Pato-rabilongo (Clangula hyemalis)? A(s) ave(s) desta espécie observada(s) no Algarve na segunda metade de janeiro e no início de fevereiro de 2013 trouxeram-me à memória as palavras de Hugo Zina em 9 dezembro de 2012 no «Raridades On Line» a darem nota da presença de uma destas aves em São Martinho do Porto – Alcobaça: - “Hoje na baía de S. Martinho vi uma fêmea adulta de Clangula hyemalis. Foi pelo meio-dia e estava associada a um pequeno bando de Melanitta nigra …

Os mais experientes na observação de “marítimas” a longa distância estão com certeza habituados a ver as negrolas a exporem o ventre branco enquanto se penteiam. Eu, menos avisado, cheguei a confundir esta posição e, não poucas vezes, considerei a possibilidade de estar perante alguma espécie de pato com o flanco branco e a hipótese hyemalis era, por via daquelas palavras do Hugo Zina, uma das que melhor encaixava. Só que o vaivém das ondas e os constantes mergulhos destes patos transformavam aqueles vislumbres num autêntico «jogo das escondidas» cuja derrota pendia invariavelmente para o lado do observador. Isto também me obrigou a desenvolver um pouco mais os estudos sobre os hábitos dos Patos-rabilongos, a sua fenologia, a história dos seus registos conhecidos no nosso país e, em particular, sobre a sua morfologia externa e a multiplicidade de plumagens com que nos podem surgir.

A área de distribuição desta espécie no Paleártico Ocidental (ver imagem) resume-se às regiões árticas durante o período reprodutor e ao norte da Europa, Ilhas Britânicas e regiões alpinas no inverno.

 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Isto justifica o facto de nos últimos vinte anos não se conhecerem sequer vinte ocorrências destes patos em Portugal Continental. Era, pois, muito remota a possibilidade de os inscrever no meu inventário para este estuário, até porque nenhum daqueles registos se verificou a norte da Ria de Aveiro.  Mas ao final da manhã do dia 8 de fevereiro de 2013, a partir da marginal de Esposende, avistei uma ave pousada na água que seguia pelo canal principal para montante entre os molhes e a restinga.


 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apesar da longa distância a que obtive estas imagens, identifiquei imediatamente a ave como sendo um Pato-rabilongo (Clangula hyemalis). Tinha resultado, afinal, toda a preparação anterior. Na tentativa de registar mais alguns detalhes da plumagem, contornei logo de seguida o estuário até à margem oposta mas jamais relocalizei a ave, porém, através de ajuda, ainda me foi possível estabelecer que a plumagem apresentada corresponde à de um macho com a idade de um 1º inverno em muda.

Este registo foi submetido ao Comité Português de Raridades mas ainda aguarda a atribuição do respetivo código.

A União Internacional para a Conservação da Natureza conferiu a esta espécie o estatuto de conservação global de vulnerável.

 
Confirmação da ocorrência de uma nova espécie de PASSERIFORMES

Família Sylviidae

Em setembro de 2011, por altura da última inscrição de um silvídeo no meu inventário para o estuário do Cávado e habitats envolventes (quadrícula UTM NF19), desenvolvi aqui um apontamento sobre as 13 espécies desta família (toutinegras, rouxinóis, felosas e afins) que identifiquei até à data na região e ainda sobre a ocorrência também confirmada na mesma área, embora nunca por mim verificada, da Cigarrinha-malhada ou Felosa-malhada (Locustella naevia) e do Rouxinol-grande-dos-caniços (Acrocephalus arundinaceus). Naquela oportunidade não me referi, porém, ao insólito registo de uma Toutinegra-real (Sylvia hortensis) no caniçal da Apúlia, efectuado por Francisco Campinho num mês de setembro da década de 1980, em virtude desta informação apenas me ter chegado ao conhecimento através do João Lourenço a posteriori. Mas, já então, propus-me indicar quais seriam, entre as restantes 16 espécies já registadas para Portugal Continental, as que poderiam ser aqui encontradas com maior grau de probabilidade, ou seja, a Cigarinha-ruiva ou Felosa-unicolor (Locustella luscinioides), a Felosa-aquática (Acrocephalus paludicola), a Felosinha-ibérica (Phylloscopus ibericus) e, por fim, a Estrelinha-de-poupa (Regulus regulus).

(para saber mais remeto-vos para a hiperligação acima)

Assim, apesar do grande entusiasmo, não foi com total surpresa que na manhã do dia 31 de outubro de 2012 recebi a comunicação do Sérgio Esteves sobre a inédita observação de duas Estrelinhas-de-poupa nos jardins das últimas moradias junto à restinga do Cávado (ver imagem aqui). A partir de então dediquei especial atenção à procura desta espécie pelo pinhal do núcleo turístico de Ofir, contudo, apesar do muito tempo despendido, apenas ali fui encontrando a sua congénere mais comum, a Estrelinha-real (Regulus ignicapilla). Entretanto, já em novembro, primeiro na plataforma Portugal Aves e depois nos Noticiários da SPEA, sucederam-se os registos de Estrelinhas-de-poupa de norte a sul do país, o que apontava claramente para uma muito maior afluência destas pequenas aves relativamente aos últimos invernos, ainda que quase todos os registos se referissem a aves isoladas ou a bandos diminutos.

Com as devidas reservas, pois o número eventualmente crescente de observadores possa ter tido influência nos resultados, atente-se à quantidade de registos da Estrelinha-de-poupa nos últimos cinco anos na plataforma Portugal Aves:

            - Outono / inverno 2008-2009 – 2 registos
            - Outono / inverno 2009-2010 – 0 registos
            - Outono / inverno 2010-2011 – 3 registos
            - Outono / inverno 2011-2012 – 7 registos
            - Outono / inverno 2012-2013 – 37 registos

Se por um lado isto me encorajava na sua procura, por outro frustravam-me as inúmeras horas passadas sem as localizar. Em meados de janeiro, quando já praticamente tinha desistido, por julgar que afinal apenas tinham ocorrido por cá em passagem, vários observadores voltaram a encontrar a(s) ave(s) no núcleo turístico de Ofir onde, ainda assim, continuei sem as ver durante várias semanas. Decidi então alargar o perímetro de “busca” até à mata de pinheiro e folhosas a sul do estuário, entre Fão e Apúlia, e aí, por fim, no dia 15 de fevereiro de 2013 avistei um pequeno bando de Estrelinhas-de-poupa (Regulus regulus) que não deveria ultrapassar os três ou quatro indivíduos, todos com as penas na base do bico besuntadas com pólen de flores de eucalipto, à semelhança do que é habitual nas felosinhas.


 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Volvidos dez dias voltei a encontrar um indivíduo no mesmo local, onde predomina o seu habitat preferencial, o pinhal, e onde julgo que com outras capacidades, nomeadamente a competência para identificar as suas vocalizações, talvez estas aves fossem detetadas com maior frequência, apesar da classificação de invernantes raras a pouco comuns. No Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal consta que esta é uma espécie «Não ameaçada».

Relativamente a outros silvídeos, na área em estudo também foi registada durante o mês de fevereiro a presença de Rouxinois-bravos (Cettia cetti), Fuinhas-dos-juncos (Cisticola juncidis), Toutinegras-dos-valados ou Toutinegras-de-cabeça-preta (Sylvia melanocephala), Toutinegras-de-barrete(-preto) (Sylvia atricapilla), Felosinhas ou Felosas-comuns (Phylloscopus collybita) e Estrelinhas-reais (Regulus ignicapilla). As Felosas-do-mato ou Toutinegras-do-mato (Sylvia undata) não foram observadas no estuário propriamente dito, mas eram muito abundantes noutros habitats no concelho de Esposende, em particular no ambiente rupícola do Monte da Senhora da Guia, em Belinho.

 

quarta-feira, 20 de março de 2013

Lista anotada e ilustrada das aves observadas no Estuário do Cávado e habitats envolventes em fevereiro de 2013

[a seguir à designação da espécie em português (em maiúsculas) segue-se o nome em inglês e o científico (itálico)]
[seguem-se ao nome as ilustrações e as anotações a azul]
[as ocorrências mais relevantes serão assinaladas a negrito]
[para ver a foto com um pouco mais de detalhe clique em cima da imagem]


ESPÉCIES COM POPULAÇÕES EM ESTADO SELVAGEM

Ordem Anseriformes

Família Anatidae

Será feita uma abordagem mais alongada em texto anexo

Ordem Gaviiformes

MOBELHA-GRANDE
Great Northern Loon
Gavia immer

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
conforme já referi na lista anterior, o juvenil desta espécie que tinha chegado ao estuário em dezembro foi observado pela última vez no dia 21 de janeiro a alimentar-se sob o miradouro da restinga em aparente estado saudável; no dia 8 encontrei o espécime da imagem em anexo que jazia na margem daquele plano de água, desconheço, porém, se será a mesma ave (submetido ao Comité Português de Raridades - CPR)

Ordem Podicipediformes

Família Podicipedidae

CAGARRAZ (Mergulhão-de-pescoço-preto)
Black-necked Grebe
Podiceps nigricollis

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
no início do mês podiam ser vistos cinco indivíduos em frente ao clube náutico de Fão; entretanto, até ao final do mês apenas se mantiveram por ali três aves

Ordem Pelecaniformes

Família Phalacrocoracidae

CORVO-MARINHO (Corvo-marinho-de-faces-brancas)
Great Cormorant
Phalacrocorax carbo







 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
no final do mês já vários indivíduos adquiriam a plumagem estival

Ordem Ciconiiformes

Família Ardeidae

CARRACEIRO (Garça-boieira)
Cattle Egret
Bubulcus ibis

GARÇA-BRANCA-PEQUENA
Little Egret
Egretta garzetta

GARÇA-REAL
Grey Heron
Ardea cinerea

Família Threskiornithidae

COLHEREIRO
Eurasian Spoonbill
Platalea leucorodia

continuou a ser visto durante todo o mês no estuário, sobretudo no juncal, o juvenil chegado em dezembro

Ordem Accipitriformes

Família Accipitridae

ÁGUIA-SAPEIRA (Tartaranhão-dos-pauis)
Western Marsh Harrier
Circus aeruginosus

a fêmea foi vista a caçar sobre o juncal no dia 6

AÇOR
Northern Goshawk
Accipiter gentilis


 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
foi várias vezes confirmada a permanência de um adulto na mata de pinheiro e folhosas (na primeira imagem a pairar com uma águia-d’asa-redonda) e no dia 25 foi observado um juvenil na restinga (segunda imagem)

ÁGUIA-D’ASA-REDONDA
Common Buzzard
Buteo buteo

a invernante da restinga ainda ali foi vista pontualmente

Família Pandionidae

ÁGUIA-PESQUEIRA
Osprey
Pandion haliaetus


 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o habitual indivíduo de anilha preta com a inscrição «3SP» no tarso esquerdo (segunda imagem) continuou a ser visto a visitar o estuário durante todo o mês e, salvo raras exceções, a seguir com a presa para montante; a partir de meados do mês também foi regularmente avistada a de anilha amarela com a inscrição «CV» no tarso direito (primeira imagem) que se alimentava regularmente na estaca junto ao clube náutico de Ofir ou na margem do juncal em frente

Ordem Falconiformes

Família Falconidae

PENEIREIRO-DE-DORSO-MALHADO (Peneireiro-vulgar)
Common Kestrel
Falco tinnunculus

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ordem Gruiformes

Família Rallidae

GALINHA-D’ÁGUA
Common Moorhen
Gallinula chloropus

registadas vocalizações de pelo menos 2 indivíduos na pouca água que sobrou do antigo charco da mata de pinheiro e folhosas junto ao “caminho do meio”

Ordem Gruiformes

Família Gruidae

GROU-COMUM
Common Crane
Grus grus

o juvenil chegado em dezembro continuou a ser observado no juncal e na agra a nascente da cidade de Esposende

Ordem Charadriiformes

Família Haematopodidae

OSTRACEIRO
Eurasian Oystercatcher
Haematopus ostralegus


 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
no dia 14 foi observado um bando de 8 (oito) indivíduos que repousavam no extremo da restinga e que acabaram por seguir para norte ao longo da linha de costa

Família Charadriidae

BORRELHO-GRANDE-DE-COLEIRA
Common Ringed Plover
Charadrius hiaticula

BORRELHO-DE-COLEIRA-INTERROMPIDA
Kentish Plover
Charadrius alexandrinus

TARAMBOLA-DOURADA
European Golden Plover
Pluvialis apricaria


 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
no dia 6 foi observado um bando com cerca de 200 (duzentas) aves a sobrevoarem as dunas da zona sul da Apúlia e a seguirem para norte

TARAMBOLA-CINZENTA
Grey Plover
Pluvialis squatarola

Família Scolopacidae

PILRITO-DAS-PRAIAS (Pilrito-d’areia)
Sanderling
Calidris alba

PILRITO-DE-PEITO-PRETO (Pilrito-comum)
Dunlin
Calidris alpina

NARCEJA-COMUM
Common Snipe
Gallinago gallinago

MAÇARICO-REAL
Eurasian Curlew
Numenius arquata

até três indivíduos observados regularmente no juncal

MAÇARICO-DAS-ROCHAS
Common Sandpiper
Actitis hypoleucos

PERNA-VERDE(-COMUM) (Perna-verde)
Common Greenshank
Tringa nebularia

ROLA-DO-MAR
Ruddy Turnstone
Arenaria interpres

Família Laridae

GAIVOTA-DE-CABEÇA-PRETA
Mediterranean Gull
Ichthyaetus melanocephalus

vários indivíduos observados próximo da foz ao longo do mês

GUINCHO-COMUM
Black-headed Gull
Chroicocephalus ridibundus

FAMEGO (Gaivota-parda)
Mew Gull
Larus canus
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
até quatro indivíduos em plumagem de 1º inverno observados regularmente próximo da foz e na marginal de Esposende

GAIVOTA-D’ASA-ESCURA
Lesser Black-backed Gull
Larus fuscus


 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
no dia 6 foi registada a presença na praia da Apúlia de um subadulto ou 4º inverno com uma anilha azul no tarso direito com a inscrição «G+R»; no dia 13 foi observado um adulto entre a marginal de Esposende e a foz ostentando uma anilha vermelha no tarso esquerdo com a inscrição «BJB.R»

GAIVOTA-DE-PATAS-AMARELAS
Yellow-legged Gull
Larus michahellis

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
no dia 6 concentrou-se junto ao forte de S. João Batista (na foz) um bando misto (michahellis e fuscus) com mas de 1000 (mil) indivíduos

Família Sternidae

GARAJAU-DE-BICO-PRETO (Garajau-comum)
Sandwich Tern
Sterna sandvicensis

Ordem Columbiformes

Família Columbidae

POMBO-TORCAZ
Common Wood Pigeon
Columba palumbus

ROLA-TURCA
Eurasian Collared Dove
Streptopelia decaocto

Ordem Strigiformes

Família Strigidae

MOCHO-GALEGO
Little Owl
Athene noctua

na noite de 9 para 10 foram ouvidas vocalizações de um indivíduo no caniçal da Apúlia

CORUJA-DO-MATO
Tawny Owl
Strix aluco

na noite de 9 para 10 foram ouvidas vocalizações de um indivíduo na mata de pinheiro e folhosas

Ordem Coraciiformes

Família Alcedinidae

GUARDA-RIOS
Common Kingfisher
Alcedo atthis

Ordem Piciformes

Família Picidae

PETO-REAL (Peto-verde ou Pica-pau-verde)
European Green Woodpecker
Picus viridis

PICA-PAU-MALHADO (Pica-pau-malhado-grande)
Great Spotted Woodpecker
Dendrocopos major

Ordem Passeriformes

Família Alaudidae

LAVERCA
Eurasian Skylark
Alauda arvensis

Família Motacillidae

PETINHA-DOS-PRADOS
Meadow Pipit
Anthus pratensis

PETINHA-RIBEIRINHA
Water Pipit
Anthus spinoletta

nos dias 2 e 9 foi localizada uma ave do género Anthus nos molhes de pedra junto à foz que através da observação direta se assemelhava à petrosus que por ali também permanecia desde o dia 14 do mês anterior, porém, através dos registos fotográficos do Sérgio Esteves tudo indica que se tratava de uma ave desta espécie

PETINHA-MARÍTIMA
Eurasian Rock Pipit
Anthus petrosus

até ao dia 9 foi confirmada a presença de um indivíduo nos molhes de pedra junto à foz

ALVÉOLA-BRANCA
White Wagtail
Motacilla alba

Família Troglodytidae

CARRIÇA
Winter Wren
Troglodytes troglodytes

Família Prunellidae

FERREIRINHA-COMUM
Dunnock
Prunella modularis

Família Turdidae

PISCO-DE-PEITO-RUIVO
European Robin
Erithacus rubecula

RABIRRUIVO-PRETO
Black Redstart
Phoenicurus ochruros

CARTAXO-COMUM
European Stonechat
Saxicola rubicola

MELRO-PRETO
Common Blackbird
Turdus merula

TORDO-PINTO (Tordo-músico ou comum)
Song Thrush
Turdus philomelos

a partir do início do mês tornaram-se frequentes as suas vocalizações em diversos locais, designadamente na orla e em clareiras da mata de pinheiro e folhosas e no núcleo turístico de Ofir

Família Sylviidae

Será feita uma abordagem mais alongada em texto anexo

Família Aegithalidae

CHAPIM-RABILONGO
Long-tailed Tit
Aegithalos caudatus

Família Paridae

CHAPIM-CARVOEIRO (Chapim-preto)
Coal Tit
Parus ater

CHAPIM-AZUL
Eurasian Blue Tit
Parus caeruleus

no início do mês continuava a ser observado pelo menos um indivíduo nos tamarizes junto ao observatório do juncal

CHAPIM-REAL
Great Tit
Parus major

Família Certhiidae

TREPADEIRA-DO-SUL (Trepadeira-comum)
Short-toed Treecreeper
Certhia brachydactyla

Família Corvidae

GAIO
Eurasian Jay
Garrulus glandarius

PEGA
Common Magpie
Pica pica

GRALHA-PRETA
Carrion Crow
Corvus corone

Família Sturnidae

ESTORNINHO-PRETO
Spotless Starling
Sturnus unicolor

Família Passeridae

PARDAL-DO-TELHADO (Pardal-comum ou doméstico)
House Sparrow
Passer domesticus

Família Fringillidae

TENTILHÃO(-COMUM)
Common Chaffinch
Fringilla coelebs

MILHEIRINHA-EUROPEIA (Chamariz ou Cerezino)
European Serin
Serinus serinus

VERDILHÃO
European Greenfinch
Carduelis chloris

PINTARROXO-DE-BICO-ESCURO (Pintarroxo)
Common Linnet
Carduelis cannabina


ESPÉCIES NATURALIZADAS COM POPULAÇÕES ESTABELECIDAS RESULTANTES DE INTRODUÇÕES, MAS QUE TAMBÉM OCORREM EM ESTADO SELVAGEM

Ordem Anseriformes

Família Anatidae

PATO-REAL
Mallard
Anas platyrhynchos
 

ESPÉCIES DOMESTICADAS COM POPULAÇÕES ESTABELECIDAS EM ESTADO SELVAGEM

Ordem Columbiformes

Família Columbidae

POMBO-DA-ROCHA e POMBO-DOMÉSTICO
Rock Dove
Columba livia


ESPÉCIES NATURALIZADAS

Ordem Passeriformes

Família Estrildidae

BICO-DE-LACRE(-COMUM)
Common Waxbill
Estrilda astrild


ESPÉCIES QUE OCORREM APENAS COMO RESULTADO DE UMA INTRODUÇÃO, FUGA AO CATIVEIRO OU POSSIVELMENTE PROVENIENTES DE POPULAÇÕES SELVAGENS MAS COM A SITUAÇÃO NÃO AVALIADA PELO COMITÉ PORTUGUÊS DE RARIDADES

Ordem Anseriformes

Família Anatidae

GANSO-CHINÊS (Ganso-sinaleiro) Categoria E
Swan Goose
Anser cygnoides

continua na marginal de Fão o indivíduo que chegou ao estuário em dezembro de 2011

PATO-CASARCA (Pato-ferrugíneo) Requer homologação pelo CPR
Ruddy Shelduck
Tadorna ferruginea


 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
no dia 14 encontrava-se uma fêmea num terreno alagado próximo da mata de pinheiro e folhosas entre Fão e Apúlia

MARRECA-DE-COLEIRA Categoria E
Ringed Teal
Callonetta leucophrys

continua na marginal de Fão o macho que aqui chegou em agosto de 2012

MARRECA-OVEIRA (Piadeira-do-chile) Categoria E
Chiloe Wigeon
Anas sibilatrix

continua na marginal de Fão o suposto híbrido desta espécie com Anas americana ou Anas flavirostris chegado em agosto de 2010

 

 

REFERÊNCIAS E NOTAS:

Foram adotadas as nomenclaturas científica e inglesa e a sequência taxonómica recomendadas pelo comité taxonómico da Association of European Records and Rarities Committees (AERC TAC 2003; 2010; 2011).

Nome vulgar das espécies em maiúsculas segundo Catry P., Costa H., Elias G. & Matias R. 2010. em AVES DE PORTUGAL – ORNITOLOGIA DO TERRITÓRIO CONTINENTAL. Assírio & Alvim, Lisboa (sinónimos em português surgem entre parênteses)

Categoria C - espécies naturalizadas (aquelas que tendo uma origem exótica, possuem populações reprodutoras, em estado selvagem, auto-suficientes, que se mantêm sem auxílio de novas introduções ou de alimentação artificial).

Categoria E - fugas de cativeiro e espécies introduzidas (não são consideradas como fazendo parte da Lista de Portugal Continental).

CPR – Comité Português de Raridades