terça-feira, 20 de novembro de 2012

OBSERVAÇÃO DE AVES (OUTUBRO 2012) (Anexo)


Confirmação da ocorrência de uma nova espécie de CHARADRIIFORMES


Família Laridae

No decorrer do presente ano já fiz aqui três abordagens à família das Gaivotas (Laridae), designadamente por altura dos meus primeiros registos no estuário do Cávado e nos habitats envolventes da Gaivota-de-bico-riscado (Larus delawarensis), em fevereiro, da Gaivota-pequena (Hydrocoloeus minutus), em abril, e da Gaivota-de-audouin (Larus audouinii), em maio. Assim, deixo aqui as hiperligações para aqueles textos, nos quais faço um enquadramento sobre a presença destas aves e das restantes congéneres já identificadas na região.

No final de setembro último fui alertado pelo Gonçalo Elias, coordenador do projeto Aves de Portugal, para o facto de Braga estar entre os apenas dois distritos costeiros nacionais sem qualquer registo conhecido da ocorrência da rara Gaivota-prateada (Larus argentatus), ave considerada até muito recentemente conspecífica da “omnipresente” Gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis) e da qual dificilmente se distingue. Apesar disso, não faltam no litoral de Esposende habitats típicos para a ocorrência desta espécie o que justificava da minha parte algum esforço de procura.

Nestas circunstâncias, e volvidos poucos dias, encontrei uma “suspeita” naquele grupo de gaivotas que habitualmente se concentram no pequeno sapal da margem direita a montante da ponte de Fão, o que me levou a dirigir-me ao Fórum Aves com estas palavras:
 

«Há uns dias o Gonçalo “desafiou-me” para procurar a Gaivota-prateada aqui pelo distrito de Braga onde ainda não temos registos da espécie. Também tenho estado atento aos recentes registos de alguns indivíduos pelo litoral nacional abaixo, o que, definitivamente, me levou a algum esforço de procura destas aves entre os grandes bandos de gaivotas sempre estacionados no estuário do Cávado.

Assim, na manhã de hoje, dia 18 de outubro, encontrei nesta zona húmida um suspeito adulto junto a uma fuscus anilhada:

 
















Mais próximo:

 
















Relativamente à comum michahellis esta nossa ave apresentava:

- Cinzento do dorso notoriamente mais claro;

- Menor projeção das primárias;

- Silhueta mais atarracada;

- Pernas cor de rosa;

 
















- Olho de cor mais pálida sem anel orbital vermelho;

- Pinta do bico menos marcada, sem vestígios de preto e apenas na mandíbula inferior.

 
















Será que finalmente encontrei uma Larus argentatus no litoral de Esposende?»


Durante a longa discussão que entretanto se gerou, no seio da qual até se colocou no campo das hipóteses estarmos perante uma ainda mais rara Gaivota-prateada-americana (Larus smithsonianus), confirmou-se que a ave apresentada era um adulto de Gaivota-prateada (Larus argentatus), mais precisamente da subespécie argenteus.

No dia seguinte, enquanto prosseguia na procura de outras aves desta espécie, relocalizei, ao que tudo indica, o mesmo indivíduo a 3 kms de distância (em linha reta) na praia da Apúlia. Retomei, assim, a minha intervenção no Fórum Aves:


«Enquanto seguia as vossas intervenções, ontem, dia 19, resolvi dar um salto à praia de Apúlia – Esposende (na mesma quadrícula UTM do estuário do Cávado – NF19) muito visitada por gaivotas e limícolas mais associadas ao meio marinho e com alguns afloramentos rochosos (quiçá encontrarei por aqui um dia o Cal. maritima).

Pouco depois das 8 h parei junto de um bando de ‘fuscas e michas’ que não totalizava mais de 70 aves. E, imediatamente, mais uma suspeita:

 
















Meia dúzia de metros ao lado outra que me deixou com muitas dúvidas:

 
















Para o 3º inverno da esquerda ser ‘micha’, já não poderia ter as patas cor de carne, pois não? Ou ainda vai a caminho do 3º inverno e aquilo deverá pintar? …/…»


Nesta segunda abordagem, além de ter ficado confirmada, mais uma vez, a presença da ‘raridade’, ficou claro que as possibilidades de confusão com a abundante Gaivota-de-patas-amarelas nos aconselham a alguma prudência na identificação destas aves quando não há registos fotográficos concludentes, pois, conforme referiu o Pedro Ramalho naquele debate:


«Lá está a armadilha clássica, se tem patas rosas e é adulta, ou quase adulta é argentatus! O problema como já foi falado é que as micha podem ficar com as patas amarelas só no fim do 4º ano…»

 
Submetidos aos Comité Português de Raridades, a estes dois registos foram atribuídos os códigos CPR K138 e K139, respetivamente.

Na desatualizada informação do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, não consta o nome desta espécie, porém a União Internacional para a Conservação da Natureza conferiu-lhe o estatuto de conservação global de Pouco Preocupante. No portal desta autoridade está assim identificada a sua distribuição na Europa:

 















Apesar de estar coincidente com o que apresenta a Birdlife International, esta gravura apenas nos dá uma ideia aproximada da distribuição real da espécie e não separa as áreas de ocorrência de cada uma das duas subespécies, a argentatus, da Escandinávia, e a argenteus, que, segundo Catry P., Costa H., Elias G. & Matias R. 2010. em AVES DE PORTUGAL – ORNITOLOGIA DO TERRITÓRIO CONTINENTAL, “… nidifica nas Ilhas Britânicas, em França, nos países banhados pelo mar do Norte e na Islândia e apresenta hábitos sedentários ou dispersivos de curta distância”. Nesta obra também é referido que esta espécie é uma invernante rara ou acidental.



 
















Fica, assim, arrolada a 10ª espécie de gaivota do meu inventário para a minha área em estudo (quadrícula UTM NF19 nos limites do Parque Natural do Litoral Norte).

Além das três espécies que constam nas fotos até aqui apresentadas, durante o último mês de outubro ainda foi registado no estuário do Cávado um número elevado de Guinchos (Chroicocephalus ridibundus), entre os quais se viram, no dia 24, cinco Gaivotas-de-cabeça-preta (Ichthyaetus melanocephalus) que repousavam na margem direita a jusante da ponte de Fão. A Gaivota-de-asa-escura (Larus fuscus) que surge na primeira imagem estava marcada com uma anilha branca e letras a preto com a inscrição R: J5X.

 














quinta-feira, 15 de novembro de 2012

OBSERVAÇÃO DE AVES (OUTUBRO 2012)


Lista anotada e ilustrada das aves observadas no Estuário do Cávado e habitats envolventes

[a seguir à designação da espécie em português (em maiúsculas) segue-se o nome em inglês e o científico (itálico)]
[seguem-se ao nome as ilustrações e as anotações a azul]
[as ocorrências mais relevantes serão assinaladas a negrito]
[para ver a foto com um pouco mais de detalhe clique em cima da imagem]


ESPÉCIES COM POPULAÇÕES EM ESTADO SELVAGEM

Ordem Anseriformes

Família Anatidae

GANSO-BRAVO
Greylag Goose
Anser anser



 
















no dia 30 foi registada a chegada de 1 indivíduo que repousou no extremo da restinga (fotos); nos dias seguintes abrigou-se no juncal

PIADEIRA
Eurasian Wigeon
Anas penelope

no dia 30 foi registada a presença de um bando constituído por mais do que 10 indivíduos que se distribuíram pela margem do juncal orientada para a restinga; ali continuaram nos dias seguintes

FRISADA
Gadwall
Anas strepera

no dia 15 contaram-se 4 indivíduos junto à ponte velha entre a ínsua e a margem direita; apenas no dia 30 voltou a ser observado outro bando, com um número indeterminado de indivíduos que se distribuíram entre o juncal e a restinga

MARREQUINHO
Eurasian Teal
Anas crecca





 
















no dia 1 verificou-se o primeiro registo da época (1 macho) na margem direita a montante da ponte velha, onde, no dia seguinte, se contaram 14 indivíduos (fotos); entretanto, quase deixaram de ser avistados nesta zona do estuário e só no dia 30 é que se notou novamente e definitivamente a sua presença no juncal (mais de 30 indivíduos)

Ordem Podicipediformes

Família Podicipedidae

MERGULHÃO-PEQUENO
Little Grebe
Tachybaptus ruficollis

aos 2 indivíduos registados no final do mês anterior, entre o juncal e a restinga, apenas se juntaram outros 2 no dia 30

Ordem Pelecaniformes

Família Sulidae

GANSO-PATOLA
Northern Gannet
Morus bassanus

nos últimos dias do mês foi notada a concentração de muitas dezenas de indivíduos, sobretudo adultos, que caçavam junto às praias, entre os recifes de Fão e das Marinhas

Família Phalacrocoracidae

CORVO-MARINHO-DE-FACES-BRANCAS
Great Cormorant
Phalacrocorax carbo






 
















no dia 15 verificou-se a chegada em catadupa de várias dezenas de indivíduos que se distribuíram por todo o estuário

Ordem Ciconiiformes

Família Ardeidae

GARÇA-BOIEIRA
Cattle Egret
Bubulcus ibis




 
















no dia 2 foram contados 19 indivíduos a pernoitarem no garçário da margem direita e no dia 25 o bando que repousava de madrugada num banco de areia junto à marginal de Fão totalizava 52 indivíduos

GARÇA-BRANCA-PEQUENA
Little Egret
Egretta garzetta



 
















GARÇA-BRANCA-GRANDE
Great Egret
Egretta alba

no dia 1 foram visto 2 indivíduos no juncal; ainda ali foi visto outro indivíduo no dia 26

GARÇA-REAL
Grey Heron
Ardea cinerea

 
















Família Threskiornithidae

COLHEREIRO
Eurasian Spoonbill
Platalea leucorodia





 
















no dia 2 foi visto 1 indivíduo no sapal da margem direita a montante da ponte velha (fotos); no dia 24 foi observado 1 a sobrevoar o juncal; no dia 30 registou-se a presença de 1 junto aos molhes de pedra do sapal em frente ao Forte de São João Batista

Ordem Accipitriformes

Família Accipitridae

TARTARANHÃO-DOS-PAUIS ou ÁGUIA-SAPEIRA
Western Marsh Harrier
Circus aeruginosus

no dia 19 foi observada 1 fêmea a caçar na margem direita e no juncal a montante da ponte velha

AÇOR
Northern Goshawk
Accipiter gentilis

foi confirmada a presença de 1 juvenil nos dias 18 e 19

GAVIÃO
Eurasian Sparrowhawk
Accipiter nisus

foi observado 1 indivíduo no dia 5

ÁGUIA-DE-ASA-REDONDA
Common Buzzard
Buteo buteo

Família Pandionidae

ÁGUIA-PESQUEIRA
Osprey
Pandion haliaetus





 
















nas manhãs dos dias 1 e 2 registei três avistamentos (no segundo dia foi confirmada a presença de um com anilha azul no tarso direito, outro com anilha metálica do mesmo lado e ainda outro sem qualquer anilha – fotos 1 e 2); no dia 4 foi observado o mesmo indivíduo de anilha azul pousado na restinga depois de ter caçado em frente às piscinas municipais (imagem 3); no dia 5 voltei a registar três avistamentos durante a manhã; no dia 18 o indivíduo de anilha azul repetiu o comportamento do dia 4 mas não capturou qualquer presa (foto 4); ao início da tarde deste mesmo dia foi visto outro indivíduo com anilha metálica no tarso direito e com uma falha ao nível da 6ª primária da asa esquerda que caçou e rapidamente seguiu para montante (foto 5); no dia 27 foram vistos 2 indivíduos junto à restinga; no dia 29 foi avistado um indivíduo que parecia caçar no mar em frente à praia de Rio de Moinhos, nas Marinhas

Ordem Falconiformes

Família Falconidae

PENEIREIRO-VULGAR
Common Kestrel
Falco tinnunculus

FALCÃO-PEREGRINO
Peregrine Falcon
Falco peregrinus









 
















no dia 1 foi observado 1 juvenil a vir da restinga e a derrubar uma tarambola no lodaçal da marginal de Esposende (fotos 1 a 6); no dia 27 foi avistado 1 indivíduo a sobrevoar o juncal; no dia 30 esteve a repousar no extremo da restinga 1 juvenil (fotos restantes)

Ordem Gruiformes

Família Rallidae

GALEIRÃO
Eurasian Coot
Fulica atra



 
















o número de 8 indivíduos que se mantiveram na marginal de Fão durante praticamente todo o mês apenas foi ultrapassado no dia 11, data em que se contaram 11 aves

Ordem Charadriiformes

Família Haematopodidae

OSTRACEIRO
Eurasian Oystercatcher
Haematopus ostralegus

no dia 26 foi avistado 1 indivíduo a passar sobre a restinga vindo do lado do mar e a pousar no banco de areia em frente às piscinas municipais

Família Charadriidae

BORRELHO-GRANDE-DE-COLEIRA
Common Ringed Plover
Charadrius hiaticula

BORRELHO-DE-COLEIRA-INTERROMPIDA
Kentish Plover
Charadrius alexandrinus

só muito dificilmente se encontrava um ou outro indivíduo nos lodaçais e nos sapais e apenas se viam mais junto à foz onde abundavam os seus congéneres anteriores

TARAMBOLA-DOURADA
European Golden Plover
Pluvialis apricaria


 
















no dia 29 foram observados 2 indivíduos na margem direita a jusante da ponte velha juntamente com 2 Combatentes

TARAMBOLA-CINZENTA
Grey Plover
Pluvialis squatarola




 
















logo no dia 1 foram registadas as 2 primeiras da época; apesar disto, no final do mês não se contavam mais do que 4 indivíduos

ABIBE
Northern Lapwing
Vanellus vanellus

registo da passagem de vários pequenos bandos sobre os campos de cultivo da margem direita a partir do dia 24, data em que se contaram 14 indivíduos

Família Scolopacidae

SEIXOEIRA
Red Knot
Calidris canutus

no final do mês ainda podia ser visto 1 indivíduo no sapal junto à foz

PILRITO-D’AREIA
Sanderling
Calidris alba

PILRITO-DE-BICO-COMPRIDO
Curlew Sandpiper
Calidris ferruginea








 
















no dia 15 encontravam-se 2 indivíduos no lodaçal da marginal de Esposende; no dia 18 foram contados 4 indivíduos (um deles ligeiramente a jusante da ponte velha na margem direita)

PILRITO-COMUM
Dunlin
Calidris alpina

COMBATENTE
Ruff
Philomachus pugnax


 
















no dia 29 foram observados 2 indivíduos na margem direita a jusante da ponte velha juntamente com 2 Tarambolas-douradas

NARCEJA
Common Snipe
Gallinago gallinago

MAÇARICO-DE-BICO-DIREITO
Black-tailed Godwit
Limosa limosa

FUSELO
Bar-tailed Godwit
Limosa lapponica

MAÇARICO-REAL
Eurasian Curlew
Numenius arquata

2 indivíduos no juncal observados no dia 30

MAÇARICO-DAS-ROCHAS
Common Sandpiper
Actitis hypoleucos

PERNA-VERDE
Common Greenshank
Tringa nebularia

PERNA-VERMELHA
Common Redshank
Tringa totanus


 
















apenas observei 3 indivíduos no dia 15 na margem direita junto à ponte velha

ROLA-DO-MAR
Ruddy Turnstone
Arenaria interpres

Família Laridae

Será feita uma abordagem mais alongada em texto anexo que publicarei ainda este mês

Família Sternidae

GARAJAU-COMUM
Sandwich Tern
Sterna sandvicensis







 
















Ordem Columbiformes

Família Columbidae

POMBO-TORCAZ
Common Wood Pigeon
Columba palumbus

 
















no dia 2 encontrava-se num campo de cultivo atrás da ETAR um bando constituído por 40 indivíduos (através de fotos como esta, verifiquei que seriam todos juvenis)

ROLA-TURCA
Eurasian Collared Dove
Streptopelia decaocto

ROLA ou ROLA-BRAVA
European Turtle Dove
Streptopelia turtur

 
















só de “raspão” as via; de ano para ano são cada vez mais escassas!!!

Ordem Cuculiformes

Família Cuculidae

CUCO
Common Cuckoo
Cuculus canorus


 
















1 juvenil ainda observado nos dias 1 e 2 nos freixos da margem direita a montante da ponte velha

Ordem Strigiformes

Família Tytonidae

CORUJA-DAS-TORRES
Barn Owl
Tyto alba

Ordem Apodiformes

Família Apodidae

ANDORINHÃO-PRETO
Common Swift
Apus apus

apenas observados até ao dia 20

Ordem Coraciiformes

Família Alcedinidae

GUARDA-RIOS
Common Kingfisher
Alcedo atthis

Família Upupidae

POUPA
Hoopoe
Upupa epops

apenas observadas na primeira metade do mês nos campos de cultivo da margem direita a jusante da ponte velha

Ordem Piciformes

Família Picidae

PETO-VERDE
European Green Woodpecker
Picus viridis

PICA-PAU-MALHADO-GRANDE
Great Spotted Woodpecker
Dendrocopus major

Ordem Passeriformes

Família Alaudidae

COTOVIA-DE-POUPA
Crested Lark
Galerida cristata

vocalizações registadas no dia 15 num campo de milho recentemente cortado na margem direita a jusante da ponte velha; no dia 18 foram ali avistados 2 indivíduos

LAVERCA
Eurasian Skylark
Alauda arvensis

a partir do dia 26 foram observados vários bandos em passagem sobre os campos de cultivo, dunas e até pelas praias

Família Hirundinidae

ANDORINHA-DAS-BARREIRAS
Sand Martin
Riparia riparia

ainda abundantes no início do mês, exclusivamente juvenis, deixaram de ser observadas na segunda metade do mês

ANDORINHA-DAS-CHAMINÉS
Barn Swallow
Hirundo rustica

ainda abundantes no início do mês, sobretudo juvenis, deixaram de ser observadas na segunda metade do mês

Família Motacillidae

PETINHA-DOS-PRADOS
Meadow Pipit
Anthus pratensis

no dia 5 foi vista uma petinha não identificada no mesmo local onde foi registada a trivialis do mês anterior, mas só a partir do dia 18 é que confirmei a presença/passagem de indivíduos desta espécie nos campos de cultivo e nas dunas e logo em grande número

ALVÉOLA-AMARELA
Yellow Wagtail
Motacilla flava

no dia 15 foram vistos vários juvenis nos campos de milho recentemente cortado da margem direita, mas desde então deixaram de ser observadas

ALVÉOLA-CINZENTA
Grey Wagtail
Motacilla cinerea

no dia 18 foram registados na margem direita próximo da ponte velha os 2 primeiros indivíduos da época

ALVÉOLA-BRANCA
White Wagtail
Motacilla alba

Família Troglodytidae

CARRIÇA
Winter Wren
Troglodytes troglodytes

Família Turdidae

PISCO-DE-PEITO-RUIVO
European Robin
Erithacus rubecula

PISCO-DE-PEITO-AZUL
Bluethroat
Luscinia svecica

durante todo o mês não fiz qualquer esforço de procura desta espécie; a mais que certa presença de alguns indivíduos distribuídos pelo juncal foi confirmada no dia 26 através do registo das suas vocalizações

RABIRRUIVO-PRETO
Black Redstart
Phoenicurus ochruros

CARTAXO-COMUM
European Stonechat
Saxicola rubicola

CHASCO-CINZENTO
Northern Wheatear
Oenanthe oenanthe

registados até ao dia 20 nos campos de cultivo da margem direita

MELRO-PRETO
Common Blackbird
Turdus merula

Família Sylviidae

ROUXINOL-BRAVO
Cetti's Warbler
Cettia cetti

no dia 5 foram registadas as primeiras vocalizações da época, correspondentes a 4 indivíduos distintos distribuídos pelo juncal que se estende da marginal de Fão até ao molhe do Caldeirão (note-se que esta espécie, residente no território nacional, tem estado ausente do estuário do Cávado durante todo o período estival – este ano, à semelhança dos anteriores, já não era aqui observada desde o mês de abril)

FUINHA-DOS-JUNCOS
Zitting Cisticola
Cisticola juncidis

TOUTINEGRA-DE-CABEÇA-PRETA ou T.-DOS-VALADOS
Sardinian Warbler
Sylvia melanocephala

PAPA-AMORAS
Common Whitethroat
Sylvia communis

o(s) último(s) indivíduo(s) foram observados nos silvados junto à ribeira do Couto no dia 15

TOUTINEGRA-DE-BARRETE-PRETO
Eurasian Blackcap
Sylvia atricapilla

FELOSA-MUSICAL
Willow Warbler
Phylloscopus trochilus

os últimos indivíduos foram observados nos silvados junto à ribeira do Couto no dia 15

ESTRELINHA-REAL
Common Firecrest
Regulus ignicapilla

Família Aegithalidae

CHAPIM-RABILONGO
Long-tailed Tit
Aegithalos caudatus

confirmada a permanência desde meados do mês anterior até ao final de outubro de um grupo de dimensão considerável numa zona do pinhal ligeiramente a sudoeste do estádio e que já é notada nesta mesma época (verão/outono) desde há vários anos

Família Paridae

CHAPIM-PRETO
Coal Tit
Parus ater

CHAPIM-AZUL
Eurasian Blue Tit
Parus caeruleus

no dia 2 verificou-se a presença de 1 indivíduo num freixo da margem direita a montante da ponte velha (note-se que esta espécie ocorre muito raramente neste estuário e sobretudo nas poucas galerias ripícolas aqui existentes)

CHAPIM-REAL
Great Tit
Parus major

Família Corvidae

GAIO
Eurasian Jay
Garrulus glandarius

PEGA
Common Magpie
Pica pica

 
















aqui podem contar-se as silhuetas de 9 dos 13 indivíduos que pernoitam no núcleo turístico de Ofir e que habitualmente atravessam o rio durante madrugada para se alimentarem nos campos de cultivo da margem direita (esta acácia seca é um dos seus poisos favoritos)

GRALHA-PRETA
Carrion Crow
Corvus corone

Família Sturnidae

ESTORNINHO-PRETO
Spotless Starling
Sturnus unicolor

Família Passeridae

PARDAL-COMUM ou P.-DOMÉSTICO
House Sparrow
Passer domesticus

PARDAL-MONTÊS
Eurasian Tree Sparrow
Passer montanus

Família Fringillidae

CHAMARIZ
European Serin
Serinus serinus

muitos bandos em passagem na segunda metade do mês

VERDILHÃO
European Greenfinch
Carduelis chloris

muitos e grande bandos em passagem durante a segunda metade do mês
 
PINTASSILGO
European Goldfinch
Carduelis carduelis

observado 1 indivíduo na restinga junto ao  miradouro no dia 4

LUGRE
Eurasian Siskin
Carduelis spinus

depois das várias referências à passagem de muitos bandos desta espécie sobre o litoral norte, resolvi preparar-me e também dedicar algum tempo ao registo desta espécie; por enquanto, apenas consegui observar a passagem de um bando sobre a restinga (com a ajuda do Sérgio Esteves)

PINTARROXO
Common Linnet
Carduelis cannabina

no decorrer de todo o mês foi notada a passagem e, sobretudo, a chegada de vários bandos de imaturos

Família Emberizidae

ESCREVEDEIRA-DE-GARGANTA-PRETA
Cirl Bunting
Emberiza cirlus

também assinalada a passagem de vários indivíduos sobre as dunas no dia 19


ESPÉCIES NATURALIZADAS COM POPULAÇÕES ESTABELECIDAS RESULTANTES DE INTRODUÇÕES, MAS QUE TAMBÉM OCORREM EM ESTADO SELVAGEM:

Ordem Anseriformes

Família Anatidae

PATO-REAL
Mallard
Anas platyrhynchos

no dia 30 foi assinalada a chegada de várias dezenas de indivíduos desta espécie que, tudo indica, pertencem a populações genuinamente selvagens e que se distribuíram, como acontece habitualmente, entre o juncal e a restinga


ESPÉCIES DOMESTICADAS COM POPULAÇÕES ESTABELECIDAS EM ESTADO SELVAGEM:

Ordem Columbiformes

Família Columbidae

POMBO-DA-ROCHA e POMBO-DOMÉSTICO
Rock Dove
Columba livia


ESPÉCIES NATURALIZADAS:

Ordem Passeriformes

Família Estrildidae

BICO-DE-LACRE
Common Waxbill
Estrilda astrild


ESPÉCIES QUE OCORREM APENAS COMO RESULTADO DE UMA INTRODUÇÃO, FUGA AO CATIVEIRO OU POSSIVELMENTE PROVENIENTES DE POPULAÇÕES SELVAGENS MAS COM A SITUAÇÃO NÃO AVALIADA PELO COMITÉ PORTUGUÊS DE RARIDADES:

Ordem Anseriformes

Família Anatidae

GANSO-CHINÊS Categoria E
Swan Goose
Anser cygnoides

continua na marginal de Fão o indivíduo que chegou ao estuário em dezembro de 2011

GANSO-DO-EGIPTO Categoria E
Egyptian Goose
Alopochen aegyptiaca

no dia 30 foi assinalada a passagem de um bando de 3 indivíduos que sobrevoaram o estuário vindos de sul e seguiram para norte sobre o mar

PIADEIRA-DO-CHILE Categoria E
Chiloe Wigeon
Anas sibilatrix

o suposto híbrido desta espécie com Anas americana ou Anas flavirostris chegado em agosto de 2010 ainda continua na marginal de Fão

MARREQUINHA-DE-COLEIRA Categoria E
Ringed Teal
Callonetta leucophrys

durante todo o mês manteve-se junto à ETAR o macho desta espécie que aqui chegou em agosto