sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

OBSERVAÇÃO DE AVES (NOVEMBRO 2012) (Anexo)


Confirmação da ocorrência de uma nova espécie de ANSERIFORMES

Família Anatidae

Género Aythya

Por altura da apresentação neste blogue do meu estudo sobre a ornitologia do estuário do Cávado e dos habitats que o envolvem, enumerei aqui as espécies de zarros (Género Aythya) que até fevereiro de 2009 tinham sido por mim observadas nesta área, ou seja, o ZARRO-COMUM (Aythya ferina), o ZARRO-CASTANHO (Aythya nyroca), a NEGRINHA (Aythya fuligula) e o ZARRO-BASTARDO (Aythya marila). Posteriormente, já em 2010, retomei aqui o tema dos “Patos Mergulhadores”, indicando estas quatro como a totalidade das espécies do género presentes em Portugal. Porém, e apesar destes zarros já serem todos raros ou irregulares nesta região, ainda há a considerar outras duas espécies ainda mais improváveis, pelo que a sua ocorrência é apontada como acidental no continente nacional (AVES DE PORTUGAL – ORNITOLOGIA DO TERRITÓRIO CONTINENTAL, Catry P., Costa H., Elias G. & Matias R. 2010). Assim sendo, constam na Lista das aves cujos registos requerem a homologação pelo Comité Português de Raridades, refiro-me ao ZARRO-DE-COLAR ou CATURRO (Aythya collaris) e ao NEGRELHO-AMERICANO (Aythya affinis), ambos originários da América do Norte.

Com a chegada dos muitos anatídeos às margens do juncal e da restinga, verificada desde o final de outubro, tornou-se interessante olhar com mais atenção para os seus numerosos e variados bandos. Além do que já indiquei na «Lista anotada e ilustrada das aves observadas no Estuário do Cávado e habitats envolventes» de novembro, ainda foram ali registados dois Zarros-castanhos, no dia 6, e um juvenil de Negrinha (fotos 1 a 4) que, chegado no dia 10, por ali se manteve até para lá do final deste mês.




 
















E desde o dia 22 dirigi atenção a outra ave que habitualmente acompanhava a negrinha mas que, devido à grande distância a que a via, não a consegui identificar de pronto. Até que, conforme também vemos na segunda e terceira imagens, obtidas no dia 26 de novembro de 2012, consegui fotografar a ave com maior detalhe:







 
















Não restaram quaisquer dúvidas de que estava a ser registado pela 1ª. vez no norte de Portugal Continental o Zarro-de-colar (Aythya collaris), neste caso um adulto em eclipse. A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN)  conferiu-lhe o estatuto de conservação global de Pouco Preocupante. No portal desta autoridade está assim identificada a sua distribuição global:

 


















Não obstante, na acima citada obra «Aves de Portugal», é mencionado que esta espécie já é considerada relativamente regular na Europa e no arquipélago dos Açores nesta época do ano.

Pessoalmente, apenas posso atestar a presença desta ave no estuário do Cávado até ao último dia de novembro, porém, foi-me comunicado por Thijs Valkenburg que nos dias 1 e 2 de dezembro, além daquela, ainda ali se encontrava outra ave da mesma espécie, idade e com igual plumagem. Depois desta data deixaram de ser vistos junto à foz mas, segundo Rui Lemos, supostamente os mesmos indivíduos passaram a ser observados ainda no Cávado mas junto à ponte de Barcelinhos.

Ao ser submetido para homologação do Comité Português de Raridades através da nova via, este corresponde ao registo CPR Online 56.

 

Confirmação da ocorrência de uma nova espécie de CHARADRIIFORMES

Família Scolopacidae

Género Calidris

Em jeito de nota prévia, apresento de seguida uma imagem (do Google Earth) com os limites da área que elegi para o meu inventário ornitológico, sumariamente apelidada de Estuário do Cávado, mas que inclui diversos habitats vizinhos de alto interesse ecológico dentro dos limites do Parque Natural do Litoral Norte na quadrícula UTM NF19 (mais algumas parcelas de tétradas a nascente em NF29), nomeadamente a área marinha pontuada por inúmeros recifes, um extenso mas cada vez mais magro cordão dunar, a mata de pinheiro e folhosas razoavelmente preservada e a zona agrícola envolvente ao caniçal da Apúlia:

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em 2011, quando aqui inscrevi o PILRITO-PEQUENO (Calidris minuta) no inventário que desenvolvo desde 1997, fiz um enquadramento sobre as aves deste género que ocorrem regularmente no continente nacional, enumerando aquelas que já tinha registado na minha área de estudo e fazendo uma menção ao último dos Calidris que esperava observar enquanto não acidental nesta região: - o PILRITO-ESCURO (Calidris maritima).
Esta tornou-se, então, uma das aves mais procuradas por mim. Em primeiro lugar porque Braga era o único distrito com faixa litoral no país sem qualquer registo conhecido da espécie, mas também porque se repetia todos os anos a sua ocorrência aqui ao lado na Póvoa de Varzim (Sérgio Silva e outros). Assim, e considerando que esta é uma espécie muito adaptada aos meios rochosos, além de ter estabelecido como rotina “varrer” os molhes de pedra junto à foz, passei a fazer visitas mais regulares à Apúlia onde se encontra, por enquanto, a única praia com recifes dentro da minha área em estudo.
Assim, no final da manhã do dia 27 de novembro de 2012 fui concluir mais uma jornada de observação de aves naquela praia. E, desta vez, ao apontar os binóculos para um bando de nove rolas-do-mar que descansavam nos rochedos, distingui entre estas uma décima ave.
 


 













 
 
Era a primeira vez que via uma ave destas que, apesar de se comportar como as restantes, se destacava pelo bico mais comprido e colorido e pelas penas de cores mais sóbrias, sem qualquer dúvida típicas de um Pilrito-escuro (Calidris maritima) adulto em plumagem de inverno. Desaconselhadamente, embora o inédito achado o “justificasse”, ultrapassei os limites de aproximação à ave que, mesmo assim, nunca se afastou dos recifes entre o cais dos socorros a náufragos e os moinhos, o que me permitiu registar a descoberta com mais algumas imagens.







 
















O mesmo bando foi relocalizado no dia seguinte a descansar no esporão das Pedrinhas, entre Fão e Apúlia, e ainda foi possível confirmar que aquele pilrito-escuro permaneceu por cá até para lá do final do mês de novembro.

No LIVRO VERMELHO DOS VERTEBRADOS DE PORTUGAL esta espécie está classificada de Em Perigo. No mais atual e já referido livro «Aves de Portugal» esta espécie é identificada como invernante rara e localizada.

Esta foi a 250ª espécie inscrita na Lista Distrital de Braga do portal de referência http://avesdeportugal.info/index.html.

Quanto aos restantes congéneres observados em novembro no estuário do Cávado, além dos habituais Pilritos-comuns (Calidris alpina), ainda há a assinalar uma particular abundância de Pilritos-d’areia (Calidris alba) e um Pilrito-de-bico-comprido (Calidris ferruginea) tardio que no dia 7 se alimentava em frente ao observatório.

 

Confirmação da ocorrência de uma nova espécie de PASSERIFORMES

Família Fringillidae

Na lista do mês anterior tinha manifestado a intenção de em novembro dedicar alguma atenção ao esperado trânsito migratório das aves desta família, sobretudo a uma que, por culpa própria, tem teimado, em passar-me despercebida ano após ano – o Lugre (Carduelis spinus). Este propósito foi entretanto reforçado pelos muitos relatos provenientes de várias regiões do país a darem conta de que este estava a ser um bom ano para observar a espécie e ainda por aqueles que também por cá testemunhavam a passagem de grandes bandos sobre os sistemas dunares e as zonas agrícolas marginais ao Cávado. Assim, logo no dia 5, às 10.45, coloquei-me num ponto do sapal junto ao Forte de S. João Batista e a cada anúncio (entenda-se vocalizações) da aproximação dos bandos que passavam para sul, apontava-lhes a teleobjetiva registando aqueles instantes em fotografia. Deste modo, e apesar do movimento incessante e da grande altura a que as aves me sobrevoavam, foi-me finalmente possível obter imagens que atestavam em absoluto a passagem dos lugres na foz do Cávado.

 
















Nesta data, utilizei este método ao longo de 30 minutos, durante os quais estimei a passagem de mais de 1000 (mil) fringilídeos, que se dividiam quase totalmente entre a referida espécie e os Tentilhões-comuns (Fringilla coelebs).

Conforme já foi aqui referido, esta observação não constitui uma novidade absoluta, mas vem, de certa forma e em boa hora, contrariar as preocupações que expressei num texto que também aqui publiquei sobre as várias espécies desta família presentes nesta região, onde são muito procuradas pelos seus dotes canoros.

Nos dias seguintes, repeti registos semelhantes noutros pontos do estuário, em particular sobre os campos de cultivo da margem direita. Além destas duas espécies, em novembro pude ainda observar uma grande profusão de Chamarizes (Serinus serinus), Verdilhões (Carduelis chloris) e Pintarroxos (Carduelis cannabina) por praticamente toda a área em estudo. Deste modo, acabei por diminuir a atenção sobre estas aves, até que no dia 19 foi detetada (por Sérgio Esteves) a passagem de algumas dezenas de indivíduos de uma espécie que, pelo que se conhece, nunca antes tinha sido aqui observada – o Tentilhão-montês.

Logo que tive oportunidade, ou seja, a 22 de novembro de 2012, entre as 11.00 e as 11.30 horas, posicionei-me nas galerias ripícolas da margem direita a montante da ponte velha e através do mesmo processo também acabei por registar a passagem de muitas centenas de aves da espécie Tentilhão-montês (Fringilla montifringilla).



 
















No citado livro «Aves de Portugal» está referido que estas aves podem “surgir em quantidades muito variáveis de ano para ano” estando porém catalogada como invernante rara. No LIVRO VERMELHO DOS VERTEBRADOS DE PORTUGAL foi incluída na categoria das espécies com Informação Insuficiente.

 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

OBSERVAÇÃO DE AVES (NOVEMBRO 2012)


Lista anotada e ilustrada das aves observadas no Estuário do Cávado e habitats envolventes

[a seguir à designação da espécie em português (em maiúsculas) segue-se o nome em inglês e o científico (itálico)]
[seguem-se ao nome as ilustrações e as anotações a azul]
[as ocorrências mais relevantes serão assinaladas a negrito]
[para ver a foto com um pouco mais de detalhe clique em cima da imagem]


ESPÉCIES COM POPULAÇÕES EM ESTADO SELVAGEM

Ordem Anseriformes

Família Anatidae

GANSO-BRAVO
Greylag Goose
Anser anser

o indivíduo chegado no dia 30 de outubro ainda se manteve abrigado no juncal durante quase todo o mês

PATO-BRANCO ou TADORNA
Common Shelduck
Tadorna tadorna

no dia 22 observei 1 indivíduo a passar sobre a ponte velha no sentido da foz em fuga a uma águia-pesqueira

PIADEIRA
Eurasian Wigeon
Anas penelope

o bando chegado em outubro foi diminuindo até que no final do mês já só se encontrava um casal entre o juncal e a restinga

FRISADA
Gadwall
Anas strepera

nunca foi apurada dimensão do pequeno bando que chegou no dia 30 de outubro, mas no final do mês apenas restaram dois casais entre o juncal e a restinga

MARREQUINHO
Eurasian Teal
Anas crecca


 
ao longo do mês foram-se juntando mais indivíduos aos bandos abrigados no juncal e no sapal da margem direita a montante da ponte velha; no final do mês já se contavam, como é habitual nesta época, várias dezenas de aves
 
ARRÁBIO
Northern Pintail
Anas acuta
 



 

os primeiros dias do mês chegou à zona norte do juncal um pequeno bando de 7 indivíduos (pelo menos 4 machos) que se misturou entre os marrequinhos e os patos-reais; mantiveram-se no estuário até ao dia 23

PATO-NEGRO
Common Scoter
Melanitta nigra

no início do mês foram avistados vários bandos em trânsito para sul, mas bastante afastados da costa
 
Género Aythya

Será feita uma abordagem mais alongada em texto anexo que publicarei ainda este mês

Ordem Podicipediformes

Família Podicipedidae

MERGULHÃO-PEQUENO
Little Grebe
Tachybaptus ruficollis
 
até 4 indivíduos entre o juncal e a restinga e pelo menos mais 1 ao largo do molhe do Caldeirão

MERGULHÃO-DE-PESCOÇO-PRETO
Black-necked Grebe
Podiceps nigricollis

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

chegados na primeira quinzena, no final do mês contavam-se 4 indivíduos entre o juncal e a restinga (de salientar que no dia 26 foram observados 5)

Ordem Procellariiformes

Família Procellariidae

PARDELA-DE-BICO-AMARELO ou CAGARRA
Cory's Shearwater
Calonectris diomedea
 

 
 












 

na manhã do dia 7 encontravam-se 4 destas aves a repousarem no mar a menos de uma milha da foz

Ordem Pelecaniformes

Família Sulidae

GANSO-PATOLA
Northern Gannet
Morus bassanus

apenas foram observados na manhã do dia 7, data em que se contaram muitas dezenas de indivíduos a caçarem ao largo

Família Phalacrocoracidae

CORVO-MARINHO-DE-FACES-BRANCAS
Great Cormorant
Phalacrocorax carbo





 







Ordem Ciconiiformes

Família Ardeidae

GARÇA-BOIEIRA
Cattle Egret
Bubulcus ibis

GARÇA-BRANCA-PEQUENA
Little Egret
Egretta garzetta

GARÇA-REAL
Grey Heron
Ardea cinerea

 















Ordem Accipitriformes

Família Accipitridae

TARTARANHÃO-AZULADO
Northern Harrier
Circus cyaneus


 















observado 1 imaturo no dia 1 a sobrevoar a baixa altitude, em clara atividade de caça, toda a extensão de campos de cultivo da margem direita entre a mata aluvial à entrada de Esposende e a ponte velha e posteriormente o juncal

AÇOR
Northern Goshawk
Accipiter gentilis



 

 














 

observado 1 adulto na restinga no dia 23

GAVIÃO
Eurasian Sparrowhawk
Accipiter nisus

observado durante todo o mês, sobretudo na margem direita

ÁGUIA-DE-ASA-REDONDA
Common Buzzard
Buteo buteo



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

no dia 27 registou-se a chegada do habitual invernante da restinga (nas fotos)

Família Pandionidae

ÁGUIA-PESQUEIRA
Osprey
Pandion haliaetus













 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 




a presença do indivíduo de anilha azul no tarso direito, várias vezes observado a caçar em frente ao miradouro da restinga, apenas foi confirmada até ao dia 7 (fotos 1 a 6), data em que ocupou a mesma estaca já escolhida no ano anterior pelo conhecido (mas somente registado em setembro) indivíduo de anilha amarela; a ocorrência do indivíduo de anilha preta com a inscrição «3SP» no tarso esquerdo foi atestada durante a toda a segunda metade do mês e podia ser observado a caçar junto à ETAR (fotos 7 a 11) ou para os lados da restinga (fotos 12 e 13); ainda foi observado no dia 26 um indivíduo sem qualquer anilha a caçar imediatamente a jusante da ponte velha

Ordem Falconiformes

Família Falconidae

PENEIREIRO-VULGAR
Common Kestrel
Falco tinnunculus

Ordem Gruiformes

Família Rallidae

GALEIRÃO
Eurasian Coot
Fulica atra

Ordem Charadriiformes

Família Charadriidae

BORRELHO-GRANDE-DE-COLEIRA
Common Ringed Plover
Charadrius hiaticula

BORRELHO-DE-COLEIRA-INTERROMPIDA
Kentish Plover
Charadrius alexandrinus
 
no dia 15 foram vistos 15 indivíduos em repouso na praia da Ramalha - Apúlia; durante este mês chegaram a ser contados 4 indivíduos no sapal junto à foz

TARAMBOLA-DOURADA
European Golden Plover
Pluvialis apricaria












 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

no dia 15 foi observado um bando com 122 indivíduos na praia da Ramalha – Apúlia e no dia seguinte ainda ali se encontravam em número elevado; antes disto, no dia 5, foi observado 1 indivíduo no sapal junto à foz (foto 1)

TARAMBOLA-CINZENTA
Grey Plover
Pluvialis squatarola
no decorrer do mês foram chegando vários indivíduos até que no final já se verificavam os números habituais para a época

Família Scolopacidae

Género Calidris

Será feita uma abordagem mais alongada em texto anexo que publicarei ainda este mês

NARCEJA
Common Snipe
Gallinago gallinago

MAÇARICO-DE-BICO-DIREITO
Black-tailed Godwit
Limosa limosa

não foram vistos mais do que três indivíduos e apenas no início do mês

FUSELO
Bar-tailed Godwit
Limosa lapponica

também em números muito reduzidos mas foram vistos durante todo o mês

MAÇARICO-REAL
Eurasian Curlew
Numenius arquata

2 indivíduos observados no juncal durante todo o mês

MAÇARICO-DAS-ROCHAS
Common Sandpiper
Actitis hypoleucos

PERNA-VERDE
Common Greenshank
Tringa nebularia

apesar de ser uma espécie pouco gregária, este mês notou-se que formavam pequenos bandos que se abrigavam nas margens dos juncais

PERNA-VERMELHA
Common Redshank
Tringa totanus

1 indivíduo observado apenas no dia 6

ROLA-DO-MAR
Ruddy Turnstone
Arenaria interpres



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


Família Laridae

GUINCHO
Black-headed Gull
Chroicocephalus ridibundus

GAIVOTA-PARDA ou FAMEGO
Mew Gull
Larus canus









 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
no dia 16 contei 5 indivíduos no lodaçal da marginal de Esposende (fotos 1 a 4); no dia 22 encontravam-se 3 imaturos nos campos de cultivo envolventes à ETAR (fotos 5 a 7); no dia 26 ainda aqui se viam 2 indivíduos e ainda outro na praia da Apúlia juntamente com outras espécies de gaivotas (fotos 8 a 11)

GAIVOTA-DE-ASA-ESCURA
Lesser Black-backed Gull
Larus fuscus

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

no dia 26 foi registada a presença na praia da Apúlia de um adulto com anilha preta e letras amarelas no tarso esquerdo com a inscrição «W6ZR»

GAIVOTA-PRATEADA
European Herring Gull
Larus argentatus









 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



depois de em outubro ter registado pela primeira vez esta espécie na minha área em estudo (quadrícula UTM NF19 no PNLN), no dia 6 voltei a localizar outro indivíduo na praia da Ramalha, Apúlia (submetido ao Comité Português de Raridades, foi-lhe atribuído o código CPR K156) (na foto 8, da esquerda para a direita, uma L. fuscus, uma L. argentatus e uma L. michahellis)

GAIVOTA-DE-PATAS-AMARELAS
Yellow-legged Gull
Larus michahellis
Família Sternidae

GARAJAU-COMUM
Sandwich Tern
Sterna sandvicensis

Ordem Columbiformes

Família Columbidae

POMBO-TORCAZ
Common Wood Pigeon
Columba palumbus

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


no início do mês viam-se muitos bandos em passagem

ROLA-TURCA
Eurasian Collared Dove
Streptopelia decaocto

Ordem Strigiformes

Família Tytonidae

CORUJA-DAS-TORRES
Barn Owl
Tyto alba

Ordem Coraciiformes

Família Alcedinidae

GUARDA-RIOS
Common Kingfisher
Alcedo atthis

Ordem Piciformes

Família Picidae

PICA-PAU-MALHADO-GRANDE
Great Spotted Woodpecker
Dendrocopus major

Ordem Passeriformes

Família Alaudidae

LAVERCA
Eurasian Skylark
Alauda arvensis

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



passagem de bandos numerosos no início do mês; no final permaneceram por cá muitos indivíduos, sobretudo nos campos de cultivo da margem direita

Família Motacillidae

PETINHA-DOS-PRADOS
Meadow Pipit
Anthus pratensis
no início do mês verificou-se a passagem de bandos numerosos; no final permaneceram por nos números habituais para a época

PETINHA-RIBEIRINHA
Water Pipit
Anthus spinoletta

no dia 16 registou-se a chegada do indivíduo que habitualmente passa o inverno entre os campos de cultivo a montante da ETAR e a marginal de Fão

ALVÉOLA-CINZENTA
Grey Wagtail
Motacilla cinerea

ao longo do mês tornou-se mais frequente

ALVÉOLA-BRANCA
White Wagtail
Motacilla alba

muito mais abundante e a observação de indivíduos da raça yarrellii tornou-se habitual, sobretudo nos campos de cultivo da margem direita

Família Troglodytidae

CARRIÇA
Winter Wren
Troglodytes troglodytes
Família Prunellidae

FERREIRINHA
Dunnock
Prunella modularis

observado no dia 10 o primeiro indivíduo desde julho

Família Turdidae

PISCO-DE-PEITO-RUIVO
European Robin
Erithacus rubecula

PISCO-DE-PEITO-AZUL
Bluethroat
Luscinia svecica

a presença dos habituais invernantes no juncal foi confirmada através de vocalizações no início do mês e avistamentos no final

RABIRRUIVO-PRETO
Black Redstart
Phoenicurus ochruros

CARTAXO-COMUM
European Stonechat
Saxicola rubicola

MELRO-PRETO
Common Blackbird
Turdus merula
 
TORDOS
Turdus sp.
 
sem excluir a possibilidade T. iliacus, durante a segunda quinzena foi registada a passagem de pequenos bandos de tordos que muito provavelmente seria da espécie T. philomelos

Família Sylviidae

ROUXINOL-BRAVO
Cetti's Warbler
Cettia cetti

FUINHA-DOS-JUNCOS
Zitting Cisticola
Cisticola juncidis

FELOSA-DO-MATO ou TOUTINEGRA-DO-MATO
Dartford Warbler
Sylvia undata
apenas observei o primeiro indivíduo no dia 7 (note-se que, apesar de ser relativamente comum na arriba fóssil, esta espécie já não era por mim registada no estuário desde janeiro)

TOUTINEGRA-DE-CABEÇA-PRETA ou T.-DOS-VALADOS
Sardinian Warbler
Sylvia melanocephala

TOUTINEGRA-DE-BARRETE-PRETO
Eurasian Blackcap
Sylvia atricapilla

FELOSA-COMUM ou FELOSINHA
Common Chiffchaff
Phylloscopus collybita

no dia 1 registei os primeiros indivíduos da época e rapidamente tornaram-se muito abundantes por toda a região

ESTRELINHA-REAL
Common Firecrest
Regulus ignicapilla

na sequência do 1º. registo conhecido da ESTRELINHA-DE-POUPA (Regulus regulus) nas margens deste estuário (a 31 de outubro, por Sérgio Esteves), também procurei estas aves pelo método de sons gravados, porém, apesar dos esforços, apenas consegui atrair indivíduos, e muitos, da espécie R. ignicapilla

Família Paridae

CHAPIM-PRETO
Coal Tit
Parus ater

CHAPIM-REAL
Great Tit
Parus major

Família Certhiidae

TREPADEIRA-COMUM
Short-toed Treecreeper
Certhia brachydactyla

Família Corvidae

GAIO
Eurasian Jay
Garrulus glandarius

PEGA
Common Magpie
Pica pica

GRALHA-PRETA
Carrion Crow
Corvus corone

continuam a frequentar o estuário, sobretudo a margem direita, 2 indivíduos aos quais se juntam pontualmente outros 2 mais assíduos na agra entre Fão e Apúlia; no dia 18 foram observados juntos 5 indivíduos a montante da ETAR; presumo que esta 5ª. gralha seja a que ultimamente é vista entre a zona do Ramalhão e o lugar dos Lírios, em Fão, e que se comporta com ave de estimação em semi-liberdade

Família Sturnidae

ESTORNINHO-PRETO
Spotless Starling
Sturnus unicolor

no início do mês foi assinalada a passagem de bandos muito numerosos

ESTORNINHO-MALHADO
Common Starling
Sturnus vulgaris

no dia 7 registei a passagem/chegada dos primeiros indivíduos da época

Família Passeridae

PARDAL-COMUM ou P.-DOMÉSTICO
House Sparrow
Passer domesticus

PARDAL-MONTÊS
Eurasian Tree Sparrow
Passer montanus

à semelhança do que se verificou com outros passeriformes, também foi assinalada a sua passagem em grande número e durante de todo o mês

Família Fringillidae

Será feita uma abordagem mais alongada em texto anexo que publicarei ainda este mês

Família Emberizidae

ESCREVEDEIRA-DE-GARGANTA-PRETA
Cirl Bunting
Emberiza cirlus

ESCREVEDEIRA-DOS-CANIÇOS
Common Reed Bunting
Emberiza schoeniclus


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



a zona do juncal onde alguns indivíduos desta espécie permanecem habitualmente durante todo o inverno não é das mais acessíveis; no dia 29 dediquei ali algum esforço de procura destas aves que, como era esperado, acabei por encontrar
 
ESPÉCIES NATURALIZADAS COM POPULAÇÕES ESTABELECIDAS RESULTANTES DE INTRODUÇÕES, MAS QUE TAMBÉM OCORREM EM ESTADO SELVAGEM:

Ordem Anseriformes
Família Anatidae

PATO-REAL
Mallard
Anas platyrhynchos

praticamente desapareceram da margem do juncal orientada para nascente onde se concentravam às dezenas e parece que se deslocaram para a zona voltada para a restinga
 
ESPÉCIES DOMESTICADAS COM POPULAÇÕES ESTABELECIDAS EM ESTADO SELVAGEM:

Ordem Columbiformes

Família Columbidae

POMBO-DA-ROCHA e POMBO-DOMÉSTICO
Rock Dove
Columba livia
 
ESPÉCIES NATURALIZADAS:

Ordem Passeriformes

Família Estrildidae

BICO-DE-LACRE
Common Waxbill
Estrilda astrild
 
ESPÉCIES QUE OCORREM APENAS COMO RESULTADO DE UMA INTRODUÇÃO, FUGA AO CATIVEIRO OU POSSIVELMENTE PROVENIENTES DE POPULAÇÕES SELVAGENS MAS COM A SITUAÇÃO NÃO AVALIADA PELO COMITÉ PORTUGUÊS DE RARIDADES:

Ordem Anseriformes

Família Anatidae

GANSO-CHINÊS Categoria E
Swan Goose
Anser cygnoides

continua na marginal de Fão o indivíduo que chegou ao estuário em dezembro de 2011

GANSO-DO-EGIPTO Categoria E
Egyptian Goose
Alopochen aegyptiaca

no dia 5 foram vistos 2 indivíduos junto à ETAR e a partir do dia 14 permaneceu 1 na marginal de Fão

PIADEIRA-DO-CHILE Categoria E
Chiloe Wigeon
Anas sibilatrix

o suposto híbrido desta espécie com Anas americana ou Anas flavirostris chegado em agosto de 2010 ainda continua na marginal de Fão

MARREQUINHA-DE-COLEIRA Categoria E
Ringed Teal
Callonetta leucophrys

durante todo o mês manteve-se junto à ETAR o macho desta espécie que aqui chegou em agosto de 2012