sábado, 29 de setembro de 2012

O DOMÍNIO


Quantos dos episódios já passados na nossa curta existência estarão irremediavelmente condenados às prateleiras do esquecimento, onde todos os dias morrem pedaços de nós próprios? E quantas das nossas memórias aguardam por uma simples centelha do acaso para que ressuscitem?

 
Foi com este tipo de questões divagantes que regressei de uma visita que há uns tempos fiz a um país exótico onde nós, os mais tesos representantes do abastado ocidente, somos tratados como autênticos marajás. Alguém terá dito um dia que por vezes precisamos de nos afastar para ver melhor. No acaso que me trouxe até estas palavras, ficará melhor dizer: “foi preciso ir tão longe para recordar as vagabundices da minha infância neste naco de paraíso a que gostamos de chamar «torrãozinho»”.

Mas vamos lá à história que pretendo partilhar.

Se não me tivesse enojado tanto a discriminação, ainda me teriam subido à cabeça os mimos com que me privilegiaram naquele país distante. Para ter direito a hotel de luxo em regime de pensão completa, os primeiros Euros foram pagos ainda por cá, mas sobrariam outros tantos para os gastos no destino. Da forma indecente como exploramos o chamado terceiro mundo, não são necessários grandes esforços financeiros para estas luxúrias – o Algarve fica em dobro mais caro. Então lá fui, levantar voo, aterrar, alojar e, com o sol tão quente, o mar tão amenamente cristalino e as areias tão macias, a sombrinha nas espreguiçadeiras da praia mesmo em frente à varanda do quarto foi ocupada logo nos primeiros instantes. “Isto é que é vida” – dizia a mim mesmo, enquanto bronzeava os sovacos numa intrigante tranquilidade. Tão intrigante que desassosseguei. Num breve deslizar de olhos, percebi prontamente que o vasto areal era apenas frequentado por europeus, pontuando aqui e ali um ou outro funcionário das luxuosas unidades hoteleiras que se estendiam ininterruptamente por quilómetros de costa. “E os nativos?” – perguntei-me. Olhei melhor e… “ah, lá estavam eles!”. De trouxas às costas, ainda lhes era concedido palmilharem a praia, mas unicamente numa estreita faixa inferior a meia dúzia de metros junto à linha desenhada pelo vaivém da água do mar. A praia é propriedade do hotel para exclusivo usufruto dos seus estimados clientes– disse-me um dos membros do staff com grande pompa e com toda a naturalidade do mundo. Aí, e num ápice, retorceram-se-me as entranhas: - “Que país tão miserável aquele onde, inconcebivelmente, o dinheiro até as praias podia comprar! Ainda bem que no meu país qualquer praia é considerada um bem comum inalienável!” – pensei com orgulho pátrio.
 



Foi então que me ressuscitaram recordações da tal meninice aventureira. Lembrei-me das férias grandes, intermináveis, quentes (que quentes!!!). E de uma incontrolável ousadia. Da vontade constante de pisarmos o risco. De desafiarmos os zelosos vigilantes de todos os espaços que nos eram vedados. Das dunas cercadas a sul do Hotel de Ofir. Das dunas ajardinadas e limitadas com altos muros a norte e ao redor das Torres de Ofir. E das que as protegiam. Sim, as dunas já as protegeram da ira do mar. Todas privadas (sim, dunas privadas, na Europa). Todas com os seus donos. Os endinheirados donos do mundo!

OU DE NADA?
 
O que diriam nos dias de hoje os velhos e ciosos guardiões das dunas interditas enquanto perseguissem a canalhada? Agora que as dunas simplesmente desapareceram? Agora que o mar as levou, como o vento leva uma pena. Agora que pouco mais restou do que um frágil e magro areal? A praia é propriedade dos donos do hotel, dos donos das torres e dos donos das vivendas de veraneio para exclusivo usufruto dos seus estimados clientes ou abastados proprietários”?
E como «atrás dos tempos vêm tempos e outros tempos hão-de vir» – já dizia o Fausto na canção – o que dirão os imprevidentes senhores dos condomínios fechados plantados na segunda linha de dunas quando, fatalmente, o mar lhes invadir os “pequenos impérios”? A praia é propriedade do condomínio para exclusivo usufruto dos seus residentes”?
 
 

domingo, 16 de setembro de 2012

OBSERVAÇÃO DE AVES (AGOSTO 2012)


Lista anotada e ilustrada das aves observadas no Estuário do Cávado e habitats envolventes

[a seguir à designação da espécie em português (em maiúsculas) segue-se o nome em inglês e o científico (itálico)]
[seguem-se ao nome as ilustrações e as anotações a azul]
[as ocorrências mais relevantes serão assinaladas a negrito]
[para ver a foto com um pouco mais de detalhe clique em cima da imagem]


ESPÉCIES COM POPULAÇÕES EM ESTADO SELVAGEM

Ordem Pelecaniformes

Família Phalacrocoracidae

CORVO-MARINHO-DE-FACES-BRANCAS
Great Cormorant
Phalacrocorax carbo

Ordem Ciconiiformes

Família Ardeidae

GARÇA-BOIEIRA
Cattle Egret
Bubulcus ibis

pela primeira vez, registou-se a presença de um indivíduo desta espécie durante todo o período estival nesta região; continuou a pernoitar no conhecido garçário da margem direita e alimentar-se na agra que se estende da EN13 em Esposende para o lugar de Góios - Marinhas

GARÇA-BRANCA-PEQUENA
Little Egret
Egretta garzetta

ainda poucos indivíduos

GARÇA-REAL
Grey Heron
Ardea cinerea

ainda poucos indivíduos

Ordem Accipitriformes

Família Accipitridae

TARTARANHÃO-DOS-PAUIS ou ÁGUIA-SAPEIRA
Western Marsh Harrier
Circus aeruginosus

no dia 31 foi avistada uma fêmea a caçar no extremo norte do juncal

AÇOR
Northern Goshawk
Accipiter gentilis

no dia 31 foi observado um indivíduo a alimentar-se de um pombo num freixo próximo do garçário na margem direita

GAVIÃO
Eurasian Sparrowhawk
Accipiter nisus

desde o dia 2 de janeiro do presente ano que não registava qualquer indivíduo desta espécie neste estuário; finalmente, no dia 29 de agosto, acabei por observar um indivíduo a atravessar o Cávado desde o lugar das Pedreiras – Fão até à margem oposta junto da ponte velha; no dia 31, voltei a observar um indivíduo envolvido em disputa de território com um Peneireiro-vulgar e envolvidos por inúmeras andorinhas na zona nascente do estuário

ÁGUIA-DE-ASA-REDONDA
Common Buzzard
Buteo buteo

Ordem Falconiformes

Família Falconidae

PENEIREIRO-VULGAR
Common Kestrel
Falco tinnunculus

Ordem Gruiformes

Família Rallidae

GALEIRÃO
Eurasian Coot
Fulica atra

registo da chegada do primeiro indivíduo à marginal de Fão na madrugada do dia 15

Ordem Charadriiformes

Família Charadriidae

BORRELHO-GRANDE-DE-COLEIRA
Common Ringed Plover
Charadrius hiaticula

no dia 24 muitas dezenas de indivíduos desta espécie integravam um bando misto com Calidris alba e Calidris alpina estimado em mais de 500 (quinhentas) aves que se encontravam “estacionadas” no sapal junto à foz

BORRELHO-DE-COLEIRA-INTERROMPIDA
Kentish Plover
Charadrius alexandrinus

ABIBE
Northern Lapwing
Vanellus vanellus

 
















no dia 31 foi observado um indivíduo a sobrevoar os campos de cultivo em torno da ETAR, um registo muito precoce para esta espécie invernante, embora não improvável para indivíduos isolados 

Família Scolopacidae

PILRITO-D’AREIA
Sanderling
Calidris alba

ver nota em Borrelho-grande-coleira

PILRITO-DE-BICO-COMPRIDO
Curlew Sandpiper
Calidris ferruginea

 
















no dia 1 foram observados dois indivíduos nos lodaçais da margem direita junto à foz ainda com muitos vestígios da plumagem nupcial

PILRITO-COMUM
Dunlin
Calidris alpina

ver nota em Borrelho-grande-coleira

NARCEJA
Common Snipe
Gallinago gallinago

na madrugada do dia 15 dois indivíduos desta espécie invernante sobrevoaram o estuário de norte para sul, um registo que, à semelhança do que assinalei para o Abibe, será um pouco antecipado para a espécie mas esperado para o caso de alguns indivíduos isolados

MAÇARICO-DE-BICO-DIREITO
Black-tailed Godwit
Limosa limosa




 
















observado um indivíduo no dia 31 no sapal a montante da ETAR na margem direita

MAÇARICO-GALEGO
Whimbrel
Numenius phaeopus

a passagem dos primeiros grandes bandos começou a ser notada a meio do mês, mas foi assinalável o menor número de indivíduos a fazerem pausa neste estuário

MAÇARICO-REAL
Eurasian Curlew
Numenius arquata



 
















no dia 31 foram observados dois indivíduos na margem direita; um deles cruzou-se com um Maçarico-galego (a ave mais pequena da terceira imagem que aqui coloco para efeitos de comparação dos tamanhos)

MAÇARICO-DAS-ROCHAS
Common Sandpiper
Actitis hypoleucos

continuaram a ocorrer em número considerável e muito conspícuos

PERNA-VERDE
Common Greenshank
Tringa nebularia

 
















MAÇARICO-DE-DORSO-MALHADO
Wood Sandpiper
Tringa glareola

o indivíduo chegado no dia 26 do mês anterior ao sapal a montante da ETAR ainda ali se mantinha no dia 1 de agosto

PERNA-VERMELHA
Common Redshank
Tringa totanus

notada a presença de vários indivíduos por todo o estuário, sobretudo juvenis

ROLA-DO-MAR
Ruddy Turnstone
Arenaria interpres

Família Laridae

GUINCHO
Black-headed Gull
Chroicocephalus ridibundus

GAIVOTA-DE-ASA-ESCURA
Lesser Black-backed Gull
Larus fuscus

GAIVOTA-DE-PATAS-AMARELAS
Yellow-legged Gull
Larus michahellis

Família Sternidae

GARAJAU-COMUM
Sandwich Tern
Sterna sandvicensis

no dia 24 observaram-se no mínimo 10 indivíduos desta espécie a pescarem em conjunto com Sternula albifrons no canal principal ao longo da restinga

ANDORINHA-DO-MAR-COMUM
Common Tern
Sterna hirundo

 
















na madrugada do dia 31 um imaturo repousou na margem direita a jusante da ponte velha

ANDORINHA-DO-MAR-ANÃ
Little Tern
Sternula albifrons

na madrugada do dia 15 um indivíduo foi encontrado a alimentar-se ao longo da marginbal de Fão e no dia 24 observaram-se no mínimo 10 indivíduos desta espécie a pescarem em conjunto com Sterna sandvicensis no canal principal ao longo da restinga

Ordem Columbiformes

Família Columbidae

POMBO-TORCAZ
Common Wood Pigeon
Columba palumbus

ROLA-TURCA
Eurasian Collared Dove
Streptopelia decaocto

ROLA ou ROLA-BRAVA
European Turtle Dove
Streptopelia turtur

Ordem Cuculiformes

Família Cuculidae

CUCO
Common Cuckoo
Cuculus canorus

Ordem Caprimulgiformes

Família Caprimulgidae

NOITIBÓ
European Nightjar
Caprimulgus europaeus

registo de vocalizações provenientes da mata de pinheiro e folhosas cada vez menos frequentes à medida que o mês avançava

Ordem Apodiformes

Família Apodidae

ANDORINHÃO-PRETO
Common Swift
Apus apus

esta espécie era facilmente identificada nas zonas urbanas de Fão e de Esposende e mesmo sobre as águas fluviais, mas não me concentrei na procura do seu congénere Andorinhão-pálido, pelo que julgo ser apenas por ausência de cobertura que não o menciono nesta lista

Ordem Coraciiformes

Família Alcedinidae

GUARDA-RIOS
Common Kingfisher
Alcedo atthis

Família Upupidae

POUPA
Hoopoe
Upupa epops

Ordem Piciformes

Família Picidae

PETO-VERDE
European Green Woodpecker
Picus viridis

notada novamente, e à semelhança dos últimos anos, a presença diária de um indivíduo na marginal de Fão e dali para montante na margem esquerda

PICA-PAU-MALHADO-GRANDE
Great Spotted Woodpecker
Dendrocopus major

Ordem Passeriformes

Família Hirundinidae

ANDORINHA-DAS-BARREIRAS
Sand Martin
Riparia riparia

presença notada ao longo de todo o mês sobretudo de juvenis

ANDORINHA-DAS-CHAMINÉS
Barn Swallow
Hirundo rustica

provavelmente devido à chegada de juvenis, esta espécie passou a ser mais numerosa neste mês

ANDORINHA-DOS-BEIRAIS
Common House Martin
Delichon urbicum

ANDORINHA-DÁURICA
Red-rumped Swallow
Cecropis daurica

Família Motacillidae

ALVÉOLA-AMARELA
Yellow Wagtail
Motacilla flava

ALVÉOLA-BRANCA
White Wagtail
Motacilla alba

Família Troglodytidae

CARRIÇA
Winter Wren
Troglodytes troglodytes

Família Turdidae

PISCO-DE-PEITO-RUIVO
European Robin
Erithacus rubecula

ROUXINOL-COMUM
Common Nightingale
Luscinia megarhynchos

primeiro registo da época (através de vocalizações) a partir do dia 15 nos silvados da margem esquerda junto aos campos do lugar das Pedreiras - Fão; nos dias seguintes foram avistados alguns indivíduos na mesma zona mas sempre muito cautelosos

RABIRRUIVO-PRETO
Black Redstart
Phoenicurus ochruros

CARTAXO-COMUM
European Stonechat
Saxicola rubicola

MELRO-PRETO
Common Blackbird
Turdus merula

Família Sylviidae

FUINHA-DOS-JUNCOS
Zitting Cisticola
Cisticola juncidis

FELOSA-POLIGLOTA
Melodious Warbler
Hippolais polyglotta

 































em número crescente a longo do mês, sobretudo de juvenis a alimentarem-se em funchos

TOUTINEGRA-DE-CABEÇA-PRETA ou T.-DOS-VALADOS
Sardinian Warbler
Sylvia melanocephala

PAPA-AMORAS
Common Whitethroat
Sylvia communis

o primeiro registo apenas foi verificado na madrugada do dia 15 mas rapidamente se tornou numeroso na margem esquerda junto aos campos do lugar das Pedreiras - Fão, sobretudo em silvados

FELOSA-DAS-FIGUEIRAS
Garden Warbler
Sylvia borin

avistado um indivíduo no dia 25 na linha de sabugueiros e de silvados da margem esquerda junto aos campos do lugar das Pedreiras - Fão

TOUTINEGRA-DE-BARRETE-PRETO
Eurasian Blackcap
Sylvia atricapilla

FELOSA-MUSICAL
Willow Warbler
Phylloscopus trochilus



 
















a primeira presença apenas foi registada a partir do dia 26 e rapidamente se tornou numerosa por todo o estuário

Família Muscicapidae

PAPA-MOSCAS-PRETO
European Pied Flycatcher
Ficedula hypoleuca

primeiro registo assinalado no dia 26

Família Paridae

CHAPIM-PRETO
Coal Tit
Parus ater

Família Corvidae

GAIO
Eurasian Jay
Garrulus glandarius

PEGA
Common Magpie
Pica pica

GRALHA-PRETA
Carrion Crow
Corvus corone

no dia 26, o par de aves desta espécie que normalmente, e desde o último inverno, se instalou nos campos de cultivo da margem direita próximo da ETAR, envolveu-se em aparente episódio de disputa de território com outro par que passou a ocorrer num eucaliptal da margem oposta no lugar das Pedreiras

Família Sturnidae

ESTORNINHO-PRETO
Spotless Starling
Sturnus unicolor

CORREÇÃO IMPORTANTE
na lista de agosto de 2011 foram aqui publicadas seis imagens de estorninhos, entre as quais esta:

 























naquela oportunidade apresentei a ave com sendo um Estorninho-malhado (Sturnus vulgaris), porém, após consulta a Catry P., Costa H., Elias G. & Matias R. 2010. em AVES DE PORTUGAL – ORNITOLOGIA DO TERRITÓRIO CONTINENTAL. Assírio & Alvim, Lisboa, e através de pesquisas que recentemente fiz em literatura e noutros meios diversos, conclui que cometi um erro de identificação, correspondendo aquela e as restantes imagens a um Estorninho-preto; assim, com as devidas reservas, revi todos o meus apontamentos referentes à passagem e E.-malhado em datas anteriores ao mês de outubro, anotando a improbabilidade de tal ter sucedido

Família Passeridae

PARDAL-COMUM ou P.-DOMÉSTICO
House Sparrow
Passer domesticus

PARDAL-MONTÊS
Eurasian Tree Sparrow
Passer montanus

Família Fringillidae

CHAMARIZ
European Serin
Serinus serinus

VERDILHÃO
European Greenfinch
Carduelis chloris


ESPÉCIES NATURALIZADAS COM POPULAÇÕES ESTABELECIDAS RESULTANTES DE INTRODUÇÕES, MAS QUE TAMBÉM OCORREM EM ESTADO SELVAGEM:

Ordem Anseriformes

Família Anatidae

PATO-REAL
Mallard
Anas platyrhynchos

 
ESPÉCIES DOMESTICADAS COM POPULAÇÕES ESTABELECIDAS EM ESTADO SELVAGEM:

Ordem Columbiformes

Família Columbidae

POMBO-DA-ROCHA e POMBO-DOMÉSTICO
Rock Dove
Columba livia


ESPÉCIES NATURALIZADAS:

Ordem Passeriformes

Família Estrildidae

BICO-DE-LACRE
Common Waxbill
Estrilda astrild
 




 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESPÉCIES QUE OCORREM APENAS COMO RESULTADO DE UMA INTRODUÇÃO, FUGA AO CATIVEIRO OU POSSIVELMENTE PROVENIENTES DE POPULAÇÕES SELVAGENS MAS COM A SITUAÇÃO NÃO AVALIADA PELO COMITÉ PORTUGUÊS DE RARIDADES:

Ordem Anseriformes

Família Anatidae

GANSO-CHINÊS Categoria E
Swan Goose
Anser cygnoides

PATO-FERRUGÍNEO Requer homologação pelo CPR
Ruddy Shelduck
Tadorna ferruginea

a fêmea desta espécie chegada em janeiro à marginal de Fão deixou de ser observada a partir do dia 10 de agosto; ficou por apurar a proveniência genuinamente selvagem desta ave

PIADEIRA-DO-CHILE Categoria E
Chiloe Wigeon
Anas sibilatrix

o suposto híbrido desta espécie com Anas americana ou Anas flavirostris chegado em agosto de 2010 à marginal de Fão