A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) em colaboração com a União Europeia (UE) acaba de publicar três novas Listas Vermelhas de Invertebrados: - das Borboletas (Lepidópteros); das Libélulas (Odonatas); e dos Escaravelhos ou Besouros (Coleópteros).
Depois de em Junho de 2008 eu próprio ter aqui exposto uma pequena colecção fotográfica com algumas das espécies de borboletas que podemos encontrar no Litoral Norte de Portugal Continental, em cujo texto verti várias preocupações sobre os factores de risco que, mesmo sem ter elaborado qualquer pesquisa científica, entendia que poderiam afectar as suas populações, foi com grande satisfação que recebi esta notícia desenvolvida no sítio da IUCN.
De acordo com estes novos estudos encomendados pela UE, elevadas percentagens de invertebrados estão ameaçadas de extinção e a perda do habitat é apontada como a principal causa para o declínio destas espécies essenciais para a manutenção do equilíbrio ecológico à escala global. É óbvio que esta revelação não é uma boa notícia, tanto mais que na minha terra, como em tantas outras, as mudanças nas práticas agrícolas, a acelerada erosão costeira, a disseminação de espécies vegetais infestantes exóticas e a galopante expansão urbana têm consumido muitos dos solos de relevante interesse ecológico, mas os livros ou as listas vermelhas significam sempre que está a ser dado um primeiro passo no sentido da preservação da biodiversidade. Tendo como principal papel a identificação e a avaliação das espécies e dos habitats em risco de desaparecerem ad aeternum, estes importantes instrumentos promovem o conhecimento científico e funcionam como um alerta à população em geral e ainda aos técnicos na área do ambiente e aos decisores políticos em particular que neles podem encontrar muitos dos fundamentos para uma acção mais acertada, nomeadamente no que se refere ao ordenamento e gestão do território e aos usos dos solos.
De certa forma, foi assim que funcionaram os primeiros Livros Vermelhos existentes em Portugal, contudo, até agora ali apenas tinham sido incluídos os Mamíferos, as Aves, os Répteis, os Anfíbios e os Peixes Dulciaquícolas e Migradores. Tornava-se necessário, então, o desenvolvimento de novos estudos que abordassem outros grupos taxonómicos em que se incluem muitas espécies ameaçadas de extinção mas sem estatuto de conservação atribuído, designadamente os Peixes Marinhos (lista em actualização), a Flora (que se espera para breve), os Fungos (de que já falei aqui) e os Vertebrados (lacuna agora parcialmente colmatada com as primeiras três listas).
A boa notícia é que se espera destas últimas publicações uma importante contribuição para um melhor conhecimento sobre a complexa e intrincada cadeia dos processos da Vida na Terra, pois, como dizemos na Associação Assobio, devemos “Conhecer a Natureza … conhecer para amar … amar para proteger”.
NOTA: O título em língua inglesa serve apenas de repto para que o ICNB promova uma rápida tradução das três listas agora publicadas.
Depois de em Junho de 2008 eu próprio ter aqui exposto uma pequena colecção fotográfica com algumas das espécies de borboletas que podemos encontrar no Litoral Norte de Portugal Continental, em cujo texto verti várias preocupações sobre os factores de risco que, mesmo sem ter elaborado qualquer pesquisa científica, entendia que poderiam afectar as suas populações, foi com grande satisfação que recebi esta notícia desenvolvida no sítio da IUCN.
De acordo com estes novos estudos encomendados pela UE, elevadas percentagens de invertebrados estão ameaçadas de extinção e a perda do habitat é apontada como a principal causa para o declínio destas espécies essenciais para a manutenção do equilíbrio ecológico à escala global. É óbvio que esta revelação não é uma boa notícia, tanto mais que na minha terra, como em tantas outras, as mudanças nas práticas agrícolas, a acelerada erosão costeira, a disseminação de espécies vegetais infestantes exóticas e a galopante expansão urbana têm consumido muitos dos solos de relevante interesse ecológico, mas os livros ou as listas vermelhas significam sempre que está a ser dado um primeiro passo no sentido da preservação da biodiversidade. Tendo como principal papel a identificação e a avaliação das espécies e dos habitats em risco de desaparecerem ad aeternum, estes importantes instrumentos promovem o conhecimento científico e funcionam como um alerta à população em geral e ainda aos técnicos na área do ambiente e aos decisores políticos em particular que neles podem encontrar muitos dos fundamentos para uma acção mais acertada, nomeadamente no que se refere ao ordenamento e gestão do território e aos usos dos solos.
De certa forma, foi assim que funcionaram os primeiros Livros Vermelhos existentes em Portugal, contudo, até agora ali apenas tinham sido incluídos os Mamíferos, as Aves, os Répteis, os Anfíbios e os Peixes Dulciaquícolas e Migradores. Tornava-se necessário, então, o desenvolvimento de novos estudos que abordassem outros grupos taxonómicos em que se incluem muitas espécies ameaçadas de extinção mas sem estatuto de conservação atribuído, designadamente os Peixes Marinhos (lista em actualização), a Flora (que se espera para breve), os Fungos (de que já falei aqui) e os Vertebrados (lacuna agora parcialmente colmatada com as primeiras três listas).
A boa notícia é que se espera destas últimas publicações uma importante contribuição para um melhor conhecimento sobre a complexa e intrincada cadeia dos processos da Vida na Terra, pois, como dizemos na Associação Assobio, devemos “Conhecer a Natureza … conhecer para amar … amar para proteger”.
NOTA: O título em língua inglesa serve apenas de repto para que o ICNB promova uma rápida tradução das três listas agora publicadas.