OBSERVAÇÃO DE AVES
Estuário do Cávado
Encerro então, por agora, o capítulo dedicado à ordem dos Charadriiformes com as delicadamente elegantes Andorinhas-do-mar. Estas aves, que quando pousadas mostram uma aparência tão desajeitada devido às suas “inúteis” patas curtas, facilmente nos deslumbram com as suas hábeis manobras aéreas a prepararem os voos picados até à superfície das águas agitadas do mar ou mais tranquilas do Cávado de onde obtêm o seu alimento – pequenos peixes – num espectáculo gracioso, sempre anunciado pelas suas vocalizações estridentes perfeitamente audíveis a partir da praia ou das margens.
Ordem Charadriiformes
Família Sternidae
(três espécies)
Sterna sandvicensis (Garajau-comum)
Estuário do Cávado
Encerro então, por agora, o capítulo dedicado à ordem dos Charadriiformes com as delicadamente elegantes Andorinhas-do-mar. Estas aves, que quando pousadas mostram uma aparência tão desajeitada devido às suas “inúteis” patas curtas, facilmente nos deslumbram com as suas hábeis manobras aéreas a prepararem os voos picados até à superfície das águas agitadas do mar ou mais tranquilas do Cávado de onde obtêm o seu alimento – pequenos peixes – num espectáculo gracioso, sempre anunciado pelas suas vocalizações estridentes perfeitamente audíveis a partir da praia ou das margens.
Ordem Charadriiformes
Família Sternidae
(três espécies)
Sterna sandvicensis (Garajau-comum)
1 – (Estatuto de conservação) Quase ameaçado, consta no anexo A-I da Directiva Aves e está definida como de conservação prioritária para a área do Parque Natural Litoral Norte (PNLN);
2 – (Quando observar) É raro observar estas aves a frequentarem o estuário ou as nossas praias durante o Inverno, contudo, normalmente entre Março e Abril, passam pelo nosso litoral indivíduos migradores em quantidades consideráveis; desde então, até ao final da época estival o número volta a decair, até que entre Setembro e Outubro, já em migração de retorno para África, chegam a ocorrer na região bandos numerosos;
3 – (Abundância) Comum;
4 – (Espécies parecidas) A Andorinha-do-mar-comum tem o bico vermelho alaranjado com a ponta preta, característica que a distingue do Garajau-comum que o apresenta de cor preta com a extremidade amarela;
5 – (Habitat e circunstâncias em que se observam) Ver nota introdutória;
6 – (Tolerância à nossa presença) Embora sejam observados quase sempre esvoaçando acima de planos de água, se porventura estivermos por perto, nem sequer esboçam um pequeno desvio para se afastarem enquanto passam, pelo que, com um mínimo de pontaria, poderemos obter fotos interessantes das aves em voo;
7 – (Outros dados de interesse) Nada a acrescentar.
Sterna hirundo (Andorinha-do-mar-comum)
1 – Em perigo, consta no anexo A-I da Directiva Aves e está definida como de conservação prioritária para a área do Parque Natural Litoral Norte (PNLN);
2 – Apesar de nas minhas notas de campo ter registado algumas ocorrências em pleno mês de Agosto, a espécie é observada quase exclusivamente em passagem migratória durante os meses de Setembro e Outubro;
3 – Nestes dois meses pode ser frequente, mas em quantidade muito menor do que a espécie anterior;
4 – Considerar o que está mencionado em igual número do Garajau-comum;
5 – Ver nota introdutória;
6 – Comportamento parecido com o Garajau-comum, mas talvez um pouco mais tímidos;
7 – Nada a acrescentar.
Sterna albifrons (Andorinha-do-mar-anã)
1 – Vulnerável e consta no anexo A-I da Directiva Aves;
2 – Nalguns anos podem ser vistos em migração entre finais de Abril e meados de Maio e, posteriormente, começam a regressar para sul a partir de Julho, tornando-se mais vulgar já no decorrer do mês de Setembro;
3 – Rara, ocasionalmente comum em certos dias deste último mês;
4 – Nenhuma, pois, embora seja morfologicamente idêntica às espécies congéneres apresentadas anteriormente, é substancialmente mais pequena;
5 – Ver nota introdutória;
6 – Comportamento parecido com o Garajau-comum, ainda que seja mais habitual vê-los a peneirar num ponto quase fixo, poucos metros acima da linha de água, à procura de presas;
7 – Em jeito de conclusão no que a esta família de aves diz respeito, apraz-me lançar o desafio para que, naquelas circunstâncias em que se apercebam dos chilros destas aves a passar, procurem posicionar-se no extremo de um esporão, ou naqueles passadiços existentes ao longo da zona ribeirinha de Esposende, ou ainda num dos dois miradouros instalados sobre o estuário e contemplem simplesmente.