Lista anotada e ilustrada das aves observadas no Estuário do Cávado e habitats envolventes
Antes de iniciar a apresentação desta lista, é importante referir que durante a segunda metade deste mês efectuei pouquíssimas saídas de campo.
À semelhante de anos anteriores, a partir deste período o estuário passa a ser muito procurado para várias actividades de recreio que, praticadas do modo irresponsável com aqui se verifica habitualmente, causam diversos tipos de pressão sobre seus “residentes”.
A perturbação inerente a este factor torna o birdwatcing numa actividade bem menos interessante.
(as ocorrências mais relevantes serão assinaladas a negrito)
(anotações a azul)
(as ilustrações seguem-se ao nome a que correspondem)
(para ver a foto com um pouco mais de detalhe clique em cima da imagem)
ESPÉCIES COM POPULAÇÕES EM ESTADO SELVAGEM
Ordem Anseriformes
Família Anatidae
Anas strepera (Frisada) – no dia 4 foi observado um pequeno bando destas invernantes, cujo número total não foi apurado, na ínsua a jusante da ponte velha
Anas platyrhynchos (Pato-real) – muitas dezenas de imaturos por todo o estuário
Ordem Pelecaniformes
Família Phalacrocoracidae
Phalacrocorax carbo (Corvo-marinho-de-faces-brancas) – nos últimos dias do mês já não se via mais do que um ou outro espécime isolado; o número máximo de registos verificou-se no dia 4 em que foi apurado o total de quatro indivíduos
Ordem Ciconiiformes
Família Ardeidae
Egretta garzetta (Garça-branca-pequena) – tendo em consideração que na Primavera dos anos anteriores apenas se observava uma ou outra ave isolada e muito esporadicamente, nota-se uma clara evolução no número de indivíduos a frequentarem esta zona húmida no último mês de Maio; pelo menos dois ou três eram encontrados com facilidade em todas as saídas de campo, mas no dia 16 foram observadas 7 (sete) destas aves a aproximarem-se do freixo onde pernoitam no Inverno
Ardea cinerea (Garça-real ou G-cinzenta) – foi confirmada a presença de um mínimo de dois indivíduos durante todo o mês
Família Ciconiidae
Ciconia ciconia (Cegonha-branca) – avistadas com frequência a pairarem sobre o estuário, mas sempre isoladas; no dia 6 foi detectado um indivíduo a “namorar” a chaminé da antiga fábrica de serração de madeiras atrás do hospital de Fão
Ordem Accipitriformes
Família Accipitridae
Buteo buteo (Águia-de-asa-redonda)
Ordem Falconiformes
Família Falconidae
Falco tinnunculus (Peneireiro-vulgar)
Ordem Charadriiformes
Família Recurvirostridae
Himantopus himantopus (Perna-longa ou Pernilongo) – no dia 16 encontravam-se quatro indivíduos em frente ao cais da Pedra Alta mas na margem oposta; desde aí ainda voltaram a ser observados alguns pares
Família Charadriidae
Charadrius hiaticula (Borrelho-grande-de-coleira)
Charadrius alexandrinus (Borrelho-de-coleira-interrompida) – nidificação confirmada
Pluvialis squatarola (Tarambola-cinzenta) – poucos indivíduos observados e quase todos com a plumagem estival completa
Família Scolopacidae
Género Calidris (Pilritos)
Será feita uma abordagem mais alongada em texto anexo que publicarei ainda este mês
Outros Géneros da Família Scolopacidae
Limosa lapponica (Fuselo)
Numenius phaeopus (Maçarico-galego) – Maio é, por excelência, o mês desta espécie facilmente detectada pelo seu grande tamanho mas também pelas vocalizações que emitem ao passarem ou ao chegarem
Tringa totanus (Perna-vermelha) – o número total de indivíduos nunca ultrapassou os do mês anterior
Tringa nebularia (Perna-verde)
Actitis hypoleucos (Maçarico-das-rochas)
Arenaria interpres (Rola-do-mar)
Família Laridae
Larus ridibundus (Guincho)
Larus fuscus (Gaivota-de-asa-escura)
Larus michahellis (Gaivota-de-patas-amarelas)
Família Sternidae
Sterna sandvicensis (Garajau-comum) – sobretudo no mar (há a possibilidade de confusão, nalguns casos, com outras espécies deste Género)
Ordem Columbiformes
Família Columbidae
Columba livia (Pombo-da-rocha e Pombo-doméstico)
Columba palumbus (Pombo-torcaz) – já se notou um claro aumento por todo o pinhal entre Fão e Apúlia
Streptopelia decaocto (Rola-turca)
Streptopelia turtur (Rola ou Rola-brava) – apenas observado um par no dia 20 na margem direita atrás da Sonap
Ordem Strigiformes
Família Tytonidae
Tyto alba (Coruja-das-torres)
Família Strigidae
Strix aluco (Coruja-do-mato) – foi ouvida a primeira na noite de 20 para 21 algures entre o pinhal da “Bonança” e dos “Lírios” em Fão
Ordem Caprimulgiformes
Família Caprimulgidae
Caprimulgus europaeus (Noitibó) – foi ouvido o primeiro na noite de 11 para 12 na orla norte do pinhal, junto ao infantário em Fão; apesar de ser facilmente detectado através das suas vocalizações, quando pousado é uma ave muitíssimo discreta (acompanho este registo com uma imagem da sua “pose” habitual quando se apercebe da nossa presença – invisível num emaranhado de galhos parecendo parte integrante do ramo onde pousa)
Ordem Apodiformes
Família Apodidae
Apus apus (Andorinhão-preto)
Ordem Coraciiformes
Família Upupidae
Upupa epops (Poupa)
Ordem Piciformes
Família Picidae
Dendrocopus major (Pica-pau-malhado-grande)
Ordem Passeriformes
Família Alaudidae
NO PRÓXIMO MÊS SERÁ FEITA CORRECÇÃO IMPORTANTE A PARTE DOS DADOS ATÉ AQUI EXPOSTOS SOBRE UMA ESPÉCIE DESTA FAMÍLIA (E APRESENTADA UMA NOVA)
Família Hirundinidae
Será feita uma abordagem mais alongada em texto anexo que publicarei ainda este mês
Família Motacillidae
Motacilla flava (Alvéola-amarela)
Motacilla alba (Alvéola-branca)
Família Troglodytidae
Troglodytes troglodytes (Carriça)
Família Prunellidae
Prunella modularis (Ferreirinha)
Família Turdidae
Erithacus rubecula (Pisco-de-peito-ruivo)
Phoenicurus ochruros (Rabirruivo-preto)
Saxicola torquata (Cartaxo-comum)
Turdus merula (Melro-preto)
Turdus philomelos (Tordo-músico) – pelo menos três casais reprodutores; além do mencionado no mês anterior, ainda está confirmado um no pinhal do Fagil e outro na orla norte da mata de pinheiro e folhosas entre Fão e Apúlia
Família Sylviidae
Cisticola juncidis (Fuinha-dos-juncos)
Hippolais polyglotta (Felosa-poliglota) – o abate de parte da grande mancha de silvado na margem esquerda junto aos campos de cultivo das Pedreiras, em Fão, traduziu-se na quase erradicação desta espécie enquanto reprodutora entre nós (lamentável a nossa insistência em sermos ignorantes); apenas no dia 26 verifiquei a presença de um macho não muito longe dali
Sylvia atricapilla (Toutinegra-de-barrete-preto)
Sylvia melanocephala (Toutinegra-de-cabeça-preta)
Família Aegithalidae
Aegithalos caudatus (Chapim-rabilongo)
Família Paridae
Parus ater (Chapim-preto)
Parus major (Chapim-real)
Família Certhiidae
Certhia brachydactyla (Trepadeira-comum)
Família Corvidae
Garrulus glandarius (Gaio)
Pica pica (Pega)
Família Sturnidae
Sturnus unicolor (Estorninho-preto)
Família Passeridae
Passer domesticus (Pardal-comum ou Pardal-dos-telhados)
Passer montanus (Pardal-montês) – depois de muito tempo sem ser observado no estuário propriamente dito, no dia 16 foi detectado um indivíduo a recolher material para construção do ninho na margem direita (ressalve-se que podem ser observados vários casais reprodutores na orla nascente da mata entre Fão e Apúlia)
Família Estrildidae
Estrilda astrild (Bico-de-lacre)
Família Fringillidae
Serinus serinus (Chamariz) – como habitual, tornam-se muito conspícuos nesta época
Carduelis chloris (Verdilhão)
Carduelis cannabina (Pintarroxo)
ESPÉCIES QUE OCORREM APENAS COMO RESULTADO DE UMA INTRODUÇÃO, FUGA AO CATIVEIRO OU POSSIVELMENTE PROVENIENTES DE POPULAÇÕES SELVAGENS MAS COM A SITUAÇÃO NÃO AVALIADA PELO COMITÉ PORTUGUÊS DE RARIDADES
Ordem Anseriformes
Família Anatidae
Cairina moschata (Pato-mudo)
Anas sibilatrix (Piadeira-do-chile) – supostamente híbrido