Lista anotada e ilustrada das aves observadas no Estuário do Cávado e habitats envolventes
(as ocorrências mais relevantes serão assinaladas a negrito)
(anotações a azul)
(as ilustrações seguem-se ao nome a que correspondem)
(para ver a foto com um pouco mais de detalhe clique em cima da imagem)
ESPÉCIES COM POPULAÇÕES EM ESTADO SELVAGEM
Ordem Anseriformes
Família Anatidae
Anas penelope (Piadeira) – chegou um lindo macho no dia 16
Anas crecca (Marrequinho) – notado decréscimo ao longo de todo o mês até que no dia 24 não foi avistado qualquer indivíduo
Anas platyrhynchos (Pato-real) – notado um acentuado decréscimo ao longo de todo o mês das populações genuinamente selvagens; entre as que se restaram por cá já se verificaram comportamentos próprios da época de reprodução; apesar de não parecer, apresenta-se aqui um macho feral com uma plumagem muito particular
Mergus merganser (Merganso-grande) – observados pela última vez no dia 7
Ordem Pelecaniformes
Família Phalacrocoracidae
Phalacrocorax carbo (Corvo-marinho-de-faces-brancas)
Ordem Ciconiiformes
Família Ardeidae
Bubulcus ibis (Garça-boieira) – desde o dia 11 jamais foram observadas
Egretta garzetta (Garça-branca-pequena)
Ardea cinerea (Garça-real ou G-cinzenta)
Família Ciconiidae
Ciconia ciconia (Cegonha-branca) – no dia 7 foi observado um indivíduo a sobrevoar o estuário ao longo da margem direita, de norte para sul na direcção da Apúlia (pairou com demora sobre os campos de cultivo em Gandra); o casal do ninho situado no limite entre o nosso concelho e o de Barcelos já cuida da descendência
Ordem Accipitriformes
Família Accipitridae
Circus aeruginosus (Tartaranhão-dos-pauis ou Águia-sapeira) – no dia 24 foi observado um indivíduo a sobrevoar o Cávado (fêmea ou imaturo) que parecia não ser qualquer um dos que passaram por cá estes dois últimos Invernos
Buteo buteo (Águia-de-asa-redonda)
Ordem Falconiformes
Família Falconidae
Falco tinnunculus (Peneireiro-vulgar)
Ordem Gruiformes
Família Rallidae
Fulica atra (Galeirão) – no dia 15 já não foram observados os seis espécimes até então “estacionados” na marginal de Fão
Ordem Charadriiformes
Família Recurvirostridae
Recurvirostra avosetta (Alfaiate) – 27 de Março de 1998 (um indivíduo) e 5 e 6 de Fevereiro de 2003 (um indivíduo) – são estas as datas em que consegui observar a presença desta espécie no Cávado; a estes dados há ainda a acrescentar o testemunho de Carlos Rio, que registou a ocorrência de igualmente uma ave isolada a 4 de Agosto de 2008 e, pasmem-se, a informação de que na década de 60 do século passado estas limícolas também nidificavam nas dunas de Ofir (confidência insuspeita de Nuno Gomes Oliveira); perante isto, não restando dúvidas de que esta não é seguramente uma espécie vulgar no litoral norte, julgo que será fácil de perceber o entusiasmo que senti a 6 de Março de 2011 ao avistar 2 (duas) destas aves a “ceifarem” as águas rasas da margem direita deste estuário; entretanto, este par manteve-se a descansar pelo juncal até ao dia 10
Família Charadriidae
Charadrius dubius (Borrelho-pequeno-de-coleira) – observados dois indivíduos no dia 23 no “Poço do Duca”
Charadrius hiaticula (Borrelho-grande-de-coleira)
Charadrius alexandrinus (Borrelho-de-coleira-interrompida) – registo da chegada dos primeiros no dia 18
Pluvialis apricaria (Tarambola-dourada) – na última semana já não foram detectadas
Pluvialis squatarola (Tarambola-cinzenta)
Família Scolopacidae
Calidris alba (Pilrito-d’areia)
Calidris alpina (Pilrito-comum)
Gallinago gallinago (Narceja)
Limosa lapponica (Fuselo)
Numenius arquata (Maçarico-real) – ainda foram vistos os dois indivíduos
Tringa nebularia (Perna-verde)
Actitis hypoleucos (Maçarico-das-rochas)
Arenaria interpres (Rola-do-mar) – ainda em plumagem de Inverno
Família Laridae
Larus ridibundus (Guincho) – muitos indivíduos eram já encontrados na transição para a plumagem estival; não há dúvida de que o sentido oportunista das gaivotas (Larus spp) encontrou vários benefícios na proximidade ao Homem, mas esta adaptação também as expôs a muitos perigos
Larus michahellis (Gaivota-de-patas-amarelas)
Família Sternidae
Sterna sandvicensis (Garajau-comum)
Ordem Columbiformes
Família Columbidae
Columba livia (Pombo-da-rocha e Pombo-doméstico)
Columba palumbus (Pombo-torcaz)
Streptopelia decaocto (Rola-turca)
Ordem Strigiformes
Família Tytonidae
Tyto alba (Coruja-das-torres)
Ordem Coraciiformes
Família Alcedinidae
Alcedo atthis (Guarda-rios) – durante este mês de Março ainda eram encontrados com relativa facilidade
Ordem Piciformes
Família Picidae
Dendrocopus major (Pica-pau-malhado-grande)
Ordem Passeriformes
Família Alaudidae
Alauda arvensis (Laverca) – apenas observadas nos campos de cultivo ao lado da ETAR
Família Hirundinidae
Hirundo rústica (Andorinha-das-chaminés)
Delichon urbicum (Andorinha-dos-beirais) – a primeira foi avistada no dia 18
Família Motacillidae
Anthus pratensis (Petinha-dos-prados)
Motacilla flava (Alvéola-amarela) – registo da primeira no dia 24
Motacilla alba (Alvéola-branca)
Família Troglodytidae
Troglodytes troglodytes (Carriça)
Família Prunellidae
Prunella modularis (Ferreirinha)
Família Turdidae
Erithacus rubecula (Pisco-de-peito-ruivo)
Phoenicurus ochruros (Rabirruivo-preto)
Saxicola torquata (Cartaxo-comum)
Oenanthe oenanthe (Chasco-cinzento) – primeiro registo de um indivíduo no relvado junto à pousada de juventude no dia 22
Turdus merula (Melro-preto)
Turdus philomelos (Tordo-músico)
Família Sylviidae
Cisticola juncidis (Fuinha-dos-juncos)
Sylvia atricapilla (Toutinegra-de-barrete-preto)
Sylvia melanocephala (Toutinegra-de-cabeça-preta)
Phylloscopus collybita (Felosa-comum ou Felosinha) – menos comum no final do mês
Família Paridae
Parus ater (Chapim-preto)
Parus major (Chapim-real)
Família Corvidae
Garrulus glandarius (Gaio)
Pica pica (Pega)
Corvus corone (Gralha-preta)
Família Sturnidae
Sturnus unicolor (Estorninho-preto)
Família Passeridae
Passer domesticus (Pardal-comum ou Pardal-dos-telhados)
Família Estrildidae
Estrilda astrild (Bico-de-lacre)
Família Fringillidae
Fringilla coelebs (Tentilhão)
Serinus serinus (Chamariz)
Carduelis chloris (Verdilhão)
Carduelis cannabina (Pintarroxo)
Família Emberizidae
Emberiza cirlus (Escrevedeira-de-garganta-preta)
ESPÉCIES QUE OCORREM APENAS COMO RESULTADO DE UMA INTRODUÇÃO, FUGA AO CATIVEIRO OU POSSIVELMENTE PROVENIENTES DE POPULAÇÕES SELVAGENS MAS COM A SITUAÇÃO NÃO AVALIADA PELO COMITÉ PORTUGUÊS DE RARIDADES
Ordem Anseriformes
Família Anatidae
Cygnus olor (Cisne-mudo) – no dia 12 já não foi avistado o indivíduo que se manteve durante vários meses na marginal de Fão
Anser albifrons (Ganso-grande-de-testa-branca) – a permanência desta ave, que se está a prolongar para lá do período de invernada, reforça a minha suspeita de que este indivíduo poderá não ter uma origem selvagem
Branta leucopsis (Ganso-de-faces-brancas) – no dia 25 de Março dirigi-me ao Comité Português de Raridades para assinalar a presença de 3 (três) indivíduos desta espécie neste estuário, da seguinte forma “… Aves aparentemente cautelosas perante a aproximação de humanos. No dia da chegada (20 de Março) foram recebidas pelo bando de gaivotas estacionado na ponta norte do juncal em grande alvoroço e demorou até que fossem aceites. Desde então têm-se mantido naquele local (a 150 metros de distância em frente à doca de pesca de Esposende) e no prado salgado (interior do juncal) a alimentarem-se freneticamente e de modo demorado. Raramente se têm exposto como nas fotos.”; até ao dia 24 por ali se mantiveram as mesmas aves, contudo no dia 30 apenas restavam dois indivíduos no local; oportunamente serão apresentadas fotos com maior proximidade
Tadorna ferruginea (Pato-ferrugíneo) – partiram no dia 12 juntamente com o Cisne-mudo, no entanto, no dia 24 foi visto um indivíduo isolado em frente ao cais da “Pedra Alta” em Fão e outro, juntamente com os Gansos-de-faces-brancas, no extremo norte do juncal; ambos ainda foram vistos nos mesmos locais no final do mês
Cairina moschata (Pato-mudo)
Anas sibilatrix (Piadeira-do-chile) – supostamente híbrido
Ordem Galliformes
Família Phasianidae
Phasianus colchicus (Faisão) – um macho fez dos campos de cultivo da margem direita entre a Solidal e a ponte metálica a sua casa e é encontrado com frequência a atravessar a estrada de madrugada