Lista anotada e ilustrada das aves observadas no Estuário do Cávado e habitats envolventes
(as ocorrências mais relevantes serão assinaladas a negrito)
(anotações a azul)
(as ilustrações seguem-se ao nome a que correspondem)
(para ver a foto com um pouco mais de detalhe clique em cima da imagem)
ESPÉCIES COM POPULAÇÕES EM ESTADO SELVAGEM
Ordem Anseriformes
Família Anatidae
Anas strepera (Frisada) – depois dos habituais casais (apenas três), que tinham chegado no início de Outubro para invernarem, terem partido logo no decorrer de Janeiro, no dia 2 de Fevereiro um bando constituído por 14 indivíduos (3 machos e 11 fêmeas) manteve-se por aqui a descansar durante várias horas
Anas crecca (Marrequinho)
Anas platyrhynchos (Pato-real)
Aythya ferina (Zarro-comum) – uma fêmea
Mergus merganser (Merganso-grande) – os 3 raramente se separavam e eram observados com maior frequência na margem direita a jusante da ponte metálica quando a maré estava vaza ou nos canais do juncal enquanto a maré estava cheia
Ordem Galliformes
Família Phasianidae
Será feita uma abordagem mais alongada em texto anexo que publicarei ainda este mês
Ordem Podicipediformes
Família Podicipedidae
Tachybaptus ruficollis (Mergulhão-pequeno) – apenas foram observados dois indivíduos ao largo do molhe do Caldeirão
Podiceps nigricolis (Mergulhão-de-pescoço-preto) – o grupo dos 7 partiu a meio do mês mas o outro, apenas constituído por um par de indivíduos, manteve-se no estuário até ao dia 23, altura em que uma das aves começava a adquirir a vistosa (e rara entre nós) plumagem estival
Ordem Pelecaniformes
Família Phalacrocoracidae
Phalacrocorax carbo (Corvo-marinho-de-faces-brancas)
Ordem Ciconiiformes
Família Ardeidae
Bubulcus ibis (Garça-boieira) – chegaram a ser contados 30 indivíduos; depois de pernoitarem num freixo da margem direita, juntamente com outras tantas Garças-brancas-pequenas, nas primeiras horas da madrugada mantinham-se pousadas em frente à zona ribeirinha de Fão antes de se deslocarem para os campos de cultivo na Apúlia onde passavam os dias a alimentarem-se
Egretta garzetta (Garça-branca-pequena)
Ardea cinerea (Garça-real ou G-cinzenta)
Família Ciconiidae
Ciconia ciconia (Cegonha-branca) – no dia 4 de madrugada foi visto um indivíduo pousado no estuário; no dia 27 desloquei-me ao ninho situado na fronteira entre o concelho de Esposende e Barcelos e confirmei a sua ocupação pelo habitual casal – os agricultores referiram-se à sua chegada entre 2 a 3 semanas antes
Ordem Accipitriformes
Família Accipitridae
Circus aeruginosus (Tartaranhão-dos-pauis ou Águia-sapeira) – aqui é apresentado o macho; não tive oportunidade de avistar a fêmea (ver texto anexo que aqui publicarei ainda este mês)
Buteo buteo (Águia-de-asa-redonda)
Ainda será feita outra abordagem mais alongada sobre uma ave desta família em texto anexo que publicarei também neste mês
Ordem Falconiformes
Família Falconidae
Falco tinnunculus (Peneireiro-vulgar)
Falco peregrinus (Falcão-peregrino) – o juvenil que visitou este estuário desde o início de Dezembro foi observado com regularidade até ao dia 23; continuaram a repetirem-se as suas investidas sobre os bandos de pequenas limícolas “estacionados” no sapal junto à foz
Ordem Gruiformes
Família Rallidae
Fulica atra (Galeirão) – 6 indivíduos na zona ribeirinha de Fão
Ordem Charadriiformes
Família Charadriidae
Charadrius hiaticula (Borrelho-grande-de-coleira)
Pluvialis apricaria (Tarambola-dourada)
Pluvialis squatarola (Tarambola-cinzenta)
Vanellus vanellus (Abibe) – números a diminuírem até desaparecerem no final do mês
Família Scolopacidae
Calidris alba (Pilrito-d’areia)
Calidris alpina (Pilrito-comum)
Gallinago gallinago (Narceja)
Limosa lapponica (Fuselo)
Numenius arquata (Maçarico-real) – dois indivíduos
Tringa nebularia (Perna-verde)
Actitis hypoleucos (Maçarico-das-rochas)
Arenaria interpres (Rola-do-mar)
Família Laridae
Larus melanocephalus (Gaivota-do-mediterrâneo ou G.-de-cabeça-preta) – observados diariamente indivíduos diferentes (pelo menos 3) desde o dia 15 até 23
Larus ridibundus (Guincho) – embora ligeiramente mais atrasados que os congéneres anteriores, já começaram a “pintar” a cabeça de castanho-escuro que ostentam durante o período estival
Larus canus (Gaivota-parda) – no dia 2 foi avistado um espécime no seio do grande bando de gaivotas que preenchem a língua de areia no extremo norte do juncal
Larus fuscus (Gaivota-de-asa-escura)
Larus michahellis (Gaivota-de-patas-amarelas)
Família Sternidae
Sterna sandvicensis (Garajau-comum)
Ordem Columbiformes
Família Columbidae
Columba livia (Pombo-da-rocha e Pombo-doméstico)
Columba palumbus (Pombo-torcaz)
Streptopelia decaocto (Rola-turca)
Ordem Strigiformes
Família Tytonidae
Tyto alba (Coruja-das-torres)
Ordem Coraciiformes
Família Alcedinidae
Alcedo atthis (Guarda-rios)
Ordem Piciformes
Família Picidae
Dendrocopus major (Pica-pau-malhado-grande)
Ordem Passeriformes
Família Hirundinidae
Hirundo rústica (Andorinha-das-chaminés) – a primeira foi avistada no dia 25
Família Motacillidae
Anthus pratensis (Petinha-dos-prados)
Motacilla cinerea (Alvéola-cinzenta) – apenas um indivíduo observado de ambos os lados do 1º. pilar da margem direita da ponte metálica
Motacilla alba (Alvéola-branca)
Família Troglodytidae
Troglodytes troglodytes (Carriça)
Família Prunellidae
Prunella modularis (Ferreirinha)
Família Turdidae
Erithacus rubecula (Pisco-de-peito-ruivo)
Phoenicurus ochruros (Rabirruivo-preto)
Saxicola torquata (Cartaxo-comum)
Turdus merula (Melro-preto)
Turdus philomelos (Tordo-músico) – menos raros no pinhal que se estende da capela da Senhora da Bonança até às Pedrinhas, sobretudo junto às depressões húmidas dunares
Família Sylviidae
Cisticola juncidis (Fuinha-dos-juncos)
Sylvia atricapilla (Toutinegra-de-barrete-preto)
Sylvia melanocephala (Toutinegra-de-cabeça-preta)
Phylloscopus collybita (Felosa-comum ou Felosinha)
Regulus ignicapillus (Estrelinha-real)
Família Aegithalidae
Aegithalos caudatus (Chapim-rabilongo)
Família Paridae
Parus ater (Chapim-preto)
Parus major (Chapim-real)
Família Certhiidae
Certhia brachydactyla (Trepadeira-comum)
Família Corvidae
Garrulus glandarius (Gaio)
Pica pica (Pega)
Corvus corone (Gralha-preta) – continuam por cá os três indivíduos mas jamais o Corvo (registado no mês anterior) as voltou a incomodar
Família Sturnidae
Sturnus unicolor (Estorninho-preto)
Família Passeridae
Passer domesticus (Pardal-comum ou Pardal-dos-telhados)
Família Fringillidae
Fringilla coelebs (Tentilhão) – ainda comuns e também se observaram alguns machos adultos
Serinus serinus (Chamariz)
Carduelis chloris (Verdilhão)
Carduelis cannabina (Pintarroxo)
ESPÉCIES QUE OCORREM APENAS COMO RESULTADO DE UMA INTRODUÇÃO, FUGA AO CATIVEIRO OU POSSIVELMENTE PROVENIENTES DE POPULAÇÕES SELVAGENS MAS COM A SITUAÇÃO NÃO AVALIADA PELO COMITÉ PORTUGUÊS DE RARIDADES
Ordem Anseriformes
Família Anatidae
Cygnus olor (Cisne-mudo)
Anser albifrons (Ganso-grande-de-testa-branca) – chegada a esta zona húmida no início de Dezembro, esta ave manifestou-se sempre muito arisca, tornando o ato de a fotografar com um mínimo de qualidade numa tarefa quase impossível; no dia 2 de Fevereiro, após inúmeras peripécias e horas de espera, sempre consegui obter algumas imagens aceitáveis (mais de trezentas fotos que nem me vou dar ao trabalho de tratar e publicar); aquele comportamento levou-me a crer, quase sem reservas, que seria uma verdadeira ave selvagem, pelo que assim a inscrevi nas minhas listas de registos das espécies que ocorrem no estuário do Cávado; no entanto, no dia 14 de Fevereiro, após vários dias de temporal, este ganso abandonou o refúgio entre os canais do juncal e abrigou-se mesmo em frente à zona ribeirinha de Fão entre aquele desinteressante conjunto de anatídeos ferais e domesticados e agindo como os demais – à procura de alimento junto dos passantes (humanos); deste modo, e em nome da verdade, entendi permutar o seu lugar nesta lista, até que indicações noutro sentido me convençam do contrário
Tadorna ferruginea (Pato-ferrugíneo)
Cairina moschata (Pato-mudo)
Anas sibilatrix (Piadeira-do-chile) – supostamente híbrido