Lista anotada e ilustrada das aves observadas no Estuário do Cávado e habitats envolventes
(as ocorrências mais relevantes serão assinaladas a negrito)
(anotações a azul)
(as ilustrações seguem-se ao nome da espécie a que correspondem)
(para ver a foto com um pouco mais de detalhe clique em cima da imagem)
ESPÉCIES COM POPULAÇÕES EM ESTADO SELVAGEM
Ordem Anseriformes
Família Anatidae
Anas strepera (Frisada) – a fêmea que chegou em Agosto ainda se manteve nos primeiros dias deste mês junto à marginal de Fão
Anas crecca (Marrequinho) – até ao final do mês permaneceu a montante da ponte velha a fêmea chegada em Agosto
Anas platyrhynchos (Pato-real) – até ao final do mês não se notou qualquer aumento nas populações (conforme se espera para breve com a chegada dos invernantes genuinamente selvagens)
Aythya ferina (Zarro-comum) – durante todo o mês foi avistado o mesmo casal chegado há dois meses
Ordem Pelecaniformes
Família Sulidae
Morus bassanus (Ganso-patola) – além de dois indivíduos debilitados que se abrigaram na segunda semana no estuário, podiam ser observados facilmente indivíduos, sobretudo juvenis, a alimentarem-se precisamente em frente à foz, a poucas dezenas de metros do areal e também ao largo da praia das Pedrinhas a mergulharem nos recifes (número crescente até ao final do mês e a maioria em rota para sul)
Família Phalacrocoracidae
Phalacrocorax carbo (Corvo-marinho-de-faces-brancas) – no final do mês já se contavam mais de três dezenas de indivíduos
Ordem Ciconiiformes
Família Ardeidae
Será feita uma abordagem mais alongada em texto anexo que publicarei ainda este mês
Família Threskiornithidae
Platalea leucorodia (Colhereiro) – no dia 23 registei a passagem de um indivíduo isolado a sobrevoar a margem direita em direcção a jusante; no dia 26 foram observados 6 (seis) indivíduos a prepararem-se para pernoitar no sapal junto à ETAR; desde então tornou-se habitual avistar alguns pares pelo juncal
Ordem Accipitriformes
Família Accipitridae
Circus aeruginosus (Tartaranhão-dos-pauis ou Águia-sapeira) – no dia 21 e seguintes registei uma fêmea a sobrevoar o juncal e os campos de cultivo de Gandra; no dia 27 foi observado um macho no juncal que jamais voltei a detectar até ao final do mês
Accipiter nisus (Gavião)
Buteo buteo (Águia-de-asa-redonda)
Família Pandionidae
Pandion haliaetus (Águia-pesqueira) – chegada no início no mês, deixou de ser observada durante algumas semanas após o dia 23
Ordem Falconiformes
Família Falconidae
Falco tinnunculus (Peneireiro-vulgar)
Ordem Gruiformes
Família Rallidae
Fulica atra (Galeirão) – o primeiro foi registado no dia 21 e o segundo no dia 30
Ordem Charadriiformes
Família Haematopodidae
Haematopus ostralegus (Ostraceiro) – no dia 27 chegou ao sapal junto ao Forte de S. João Batista um indivíduo que passava os dias a alimentar-se neste habitat e a descansar no extremo da restinga (até ao final do mês manteve-se isolado entre os grandes bandos de borrelhos, de pilritos e de gaivotas)
Família Charadriidae
Charadrius hiaticula (Borrelho-grande-de-coleira) – muito numerosos, particularmente os juvenis
Charadrius alexandrinus (Borrelho-de-coleira-interrompida) – números já muito reduzidos no final do mês e sobretudo imaturos
Pluvialis squatarola (Tarambola-cinzenta) – no dia 12 contei dois indivíduos
Família Scolopacidae
Calidris canutus (Seixoeira)
Calidris alba (Pilrito-d’areia) – muito numerosos no sapal junto ao Forte de S. João Batista e no extremo da restinga
Calidris ferruginea (Pilrito-de-bico-comprido) – foi frequente avistar alguns pares nos lodaçais
Calidris alpina (Pilrito-comum) – bem distribuídos por todo o estuário
Philomachus pugnax (Combatente) – o mesmo par que chegou em Agosto ainda permaneceu na marginal de Fão e no Sapal junto à ETAR na margem oposta até à terceira semana do mês
Gallinago gallinago (Narceja) – observado um indivíduo no dia 3
Limosa limosa (Maçarico-de-bico-direito) – vários pequenos bandos até um máximo de dez observados em simultâneo
Limosa lapponica (Fuselo)
Numenius phaeopus (Maçarico-galego) – estranhamente este ano a sua passagem pós nupcial quase nem foi detectada; além de dois indivíduos que sobraram da passagem primaveril, apenas se notou a sua presença pelas vocalizações enquanto sobrevoavam, bem alto, esta zona húmida e as praias adjacentes em direcção a sul
Numenius arquata (Maçarico-real) – avistados dois indivíduos na margem direita e nos campos de cultivo de Gandra no dia 26
Tringa totanus (Perna-vermelha)
Tringa nebularia (Perna-verde)
Actitis hypoleucos (Maçarico-das-rochas)
Arenaria interpres (Rola-do-mar)
Família Laridae
Larus ridibundus (Guincho)
Larus fuscus (Gaivota-de-asa-escura)
Larus michahellis (Gaivota-de-patas-amarelas)
Família Sternidae
Sterna sandvicensis (Garajau-comum)
Sterna albifrons (Andorinha-do-mar-anã) – a partir do dia 23 e até ao final do mês foram observados alguns indivíduos até um máximo de três em simultâneo junto à ponte velha
Chlidonias niger (Gaivina-preta) – na madrugada do dia 30 foram observados dois indivíduos separados a subir o rio até à ponte da A28
Ordem Columbiformes
Família Columbidae
Columba livia (Pombo-da-rocha e Pombo-doméstico)
Columba palumbus (Pombo-torcaz) – um bando com mais de 30 (trinta) indivíduos “colonizou” a margem direita no extremo sul do PNLN junto à ponte da A28 (campos de cultivo ladeados por um eucaliptal e por um pinhal)
Streptopelia decaocto (Rola-turca)
Ordem Strigiformes
Família Tytonidae
Tyto alba (Coruja-das-torres) – vários avistamentos de indivíduos a atravessarem a EN13 desde a rotunda da Solidal até à freguesia da Estela
Ordem Caprimulgiformes
Família Caprimulgidae
Caprimulgus europaeus (Noitibó) – apenas foram ouvidos até ao final da primeira semana do mês
Ordem Apodiformes
Família Apodidae
Apus apus (Andorinhão-preto)
Ordem Coraciiformes
Família Alcedinidae
Alcedo atthis (Guarda-rios)
Família Upupidae
Upupa epops (Poupa) – desde o dia 12 jamais as avistei
Ordem Piciformes
Família Picidae
Picus viridis (Peto-verde) – um indivíduo foi muito assíduo no juncal e nos silvados junto aos campos das Pedreiras em Fão
Dendrocopus major (Pica-pau-malhado-grande)
Ordem Passeriformes
Família Alaudidae
Galerida cristata (Cotovia-de-poupa) – desde o dia 12, por altura das primeiras colheitas do milho, nos campos junto à margem direita, comecei a observar alguns indivíduos, até um máximo de quatro em simultâneo
Alauda arvensis (Laverca) – primeira observada no dia 30 junto ao antigo cais da draga na margem direita
Família Hirundinidae
Riparia riparia (Andorinha-das-barreiras)
Hirundo rustica (Andorinha-das-chaminés)
Hirundo daurica (Andorinha-dáurica) – observados um ou dois indivíduos ao longo de todo o mês sobre os campos das Pedreiras em Fão e em frente ao molhe do Caldeirão sobre o rio; no dia 30 foram aqui observados três indivíduos em simultâneo
Delichon urbicum (Andorinha-dos-beirais)
Família Motacillidae
Motacilla flava (Alvéola-amarela) – cada vez menos comuns e observados sobretudo imaturos
Motacilla alba (Alvéola-branca)
Família Troglodytidae
Troglodytes troglodytes (Carriça)
Família Prunellidae
Prunella modularis (Ferreirinha)
Família Turdidae
Erithacus rubecula (Pisco-de-peito-ruivo)
Luscinia svecica (Pisco-de-peito-azul) – muito conspícuo e bem distribuído
Phoenicurus ochruros (Rabirruivo-preto)
Saxicola rubetra (Cartaxo-do-norte) – apenas comecei a registar a sua passagem a partir do dia 26 e logo notei que na margem direita eram comuns abrigados nos campos com milho por cortar; é muito provável que tivessem chegado bastante mais cedo
Saxicola torquata (Cartaxo-comum)
Oenanthe oenanthe (Chasco-cinzento) – a partir do dia 12 passaram a ser comuns nas duas margens e nos campos de cultivo, ou até abundantes, sobretudo nas dunas
Turdus merula (Melro-preto)
Família Sylviidae
Cettia cetti (Rouxinol-bravo) – comecei a ouvi-los desde o dia 12 e até ao final do mês tornaram-se comuns
Cisticola juncidis (Fuinha-dos-juncos)
Acrocephalus scirpaceus (Rouxinol-pequeno-dos-caniços) – muito discretos, ainda os observei até ao final do mês
Sylvia atricapilla (Toutinegra-de-barrete-preto)
Sylvia communis (Papa-amoras)
Sylvia melanocephala (Toutinegra-de-cabeça-preta)
Phylloscopus trochilus (Felosa-musical)
Regulus ignicapillus (Estrelinha-real) – mais notada a sua presença na orla do pinhal
Família Muscicapidae
Muscicapa striata (Papa-moscas-cinzento) – desde o início do mês tornou-se comum
Ficedula hypoleuca (Papa-moscas-preto)
Família Paridae
Parus ater (Chapim-preto)
Parus major (Chapim-real)
Família Certhiidae
Certhia brachydactyla (Trepadeira-comum)
Família Corvidae
Garrulus glandarius (Gaio)
Pica pica (Pega)
Corvus corone (Gralha-preta)
Família Sturnidae
Sturnus vulgaris (Estorninho-malhado)
Sturnus unicolor (Estorninho-preto)
Família Passeridae
Passer domesticus (Pardal-comum ou Pardal-dos-telhados)
Passer montanus (Pardal-montês)
Família Estrildidae
Estrilda astrild (Bico-de-lacre)
Família Fringillidae
Serinus serinus (Chamariz)
Carduelis chloris (Verdilhão)
Carduelis cannabina (Pintarroxo)
Família Emberizidae
Emberiza cirlus (Escrevedeira-de-garganta-preta)
ESPÉCIES QUE OCORREM APENAS COMO RESULTADO DE UMA INTRODUÇÃO, FUGA AO CATIVEIRO OU POSSIVELMENTE PROVENIENTES DE POPULAÇÕES SELVAGENS MAS COM A SITUAÇÃO NÃO AVALIADA PELO COMITÉ PORTUGUÊS DE RARIDADES
Ordem Anseriformes
Família Anatidae
Cygnus olor (Cisne-mudo)
Cairina moschata (Pato-mudo) – reprodução inviabilizada; o único casal largado à “liberdade” entre os cais de Fão continua sem descendência, em oposição a um casal de um grande jardim a poucos metros de distância que este ano teve pelo menos duas ninhadas e com um sucesso notável
Anas sibilatrix (Piadeira-do-chile) – o mesmo indivíduo supostamente híbrido dos meses anteriores